"Santiago, Itália" estreia nesta quinta - Cinem(ação)
Cena do documentário "Santiago, Itália", de Nanni Moretti: homem olha de um lugar alto para uma paisagem da cidade de Santiago
Cinema Mundial

“Santiago, Itália” estreia nesta quinta

“SANTIAGO, ITÁLIA”, documentário de Nanni Moretti, destaca a importância da embaixada da Itália em Santiago, no Chile, durante os anos seguintes ao golpe militar que derrubou o presidente Salvador Allende. Com distribuição da Pandora Filmes o filme estreia nesta quinta-feira, dia 20 de junho, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Recife e Porto Alegre.

Estreia exclusiva nos cinemas:

  • Petra Belas Artes (São Paulo)
  • Estação Net Rio (Rio de Janeiro)
  • Cine Belas Artes (Belo Horizonte)
  • Espaço Itaú Brasília (Brasília)
  • Cine São Luiz (Recife)
  • Espaço Itaú Porto Alegre (Porto Alegre)

O longa foi o vencedor do prêmio Davi de Donatello na categoria Melhor Documentário, além de render a Moretti o prêmio Nastro d’Argento, concedido pelo Sindicato Nacional dos Jornalistas de Cinema Italianos.

Com estilo particular, o diretor relembra os anos pré-golpe, quando o Chile de Allende era próspero e contava com o apoio popular. Por meio de depoimentos de personalidades que viveram à época, retrata o fatídico 11 de setembro de 1973, quando pressionado a renunciar e com o Palácio de La Moneda – sede do governo chileno – sendo bombardeado pelas forças armadas nacionais, o presidente é morto (ainda hoje não está comprovado se foi suicídio ou assassinato).

Com a instauração da ditadura militar no país, sob o comando do general Augusto Pinochet, teve início o estado de exceção e os opositores ao regime instaurado passaram a ser perseguidos pela polícia, presos e torturados. Neste momento, a embaixada da Itália na capital chilena teve papel importante ao acolher essas pessoas.

À época, Piero De Masi e Roberto Toscano eram os embaixadores italianos em Santiago. Eles contam que começaram a receber pessoas aos poucos, mas que em pouco tempo já eram centenas de refugiados políticos morando na embaixada, muitos com suas famílias, inclusive crianças. “Não tínhamos mais controle, as pessoas pulavam o muro da embaixada para entrar”, lembra De Masi. Quando um incidente coloca a vida dos exilados e a reputação da embaixada em risco, os diplomatas percebem que chegou a hora de conceder asilo a essas famílias na Itália.

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