3 Filmes sobre o poder da Literatura
A Literatura fornece ao Cinema inúmeros textos para a (re)leitura ou inspiração na criação de filmes. Aliás, já discutimos aqui as 3 formas (transposição, analogia e comentário) de adaptação de um livro para o cinema.
Também já foi tema de conversa aqui no site se a produção de filmes impacta no(a) comércio/venda de livros que foram transportados para as telonas.
É claro que há belíssimos roteiros originais, mas a Literatura parece ser uma fonte inesgotável de matéria-prima para os cineastas. Como esse casamento é tão exitoso, resolvi colocar aqui 3 filmes sobre o poder da Literatura.
Mas, qual o meu critério? Bom, os textos literários têm força humanizadora e são capazes de exprimir o homem e a formação dele. Quem disse isso foi o crítico literário Antonio Candido no ensaio “A Função da Literatura”.
Para ele, a Literatura tem a função “psicológica” (pois sempre estamos criando e imaginando), “formadora” (na construção do ser) e no “reconhecimento do mundo” ao decifrar os papéis que os seres desempenham.
A partir dessa visão, indico 3 filmes em que compreendo a função humanizadora da Literatura:
Minhas Tardes com Margueritte
Um cinquentão quase analfabeto e uma senhorinha apaixonada por livros conduzem essa narrativa de descoberta, cumplicidade, amizade e muito humor. A atuação de Gerard Depardieu é de um carisma e simplicidade digna de um lirismo retirado dos poemas de Mário Quintana. Trama leve, inspiradora e bastante reflexiva.
O Leitor
O direito à Literatura é uma das questões mais importantes para Antonio Candido e penso que em “O Leitor” esse tópico é fundamental. O filme parece ser uma síntese do pensamento do ensaísta brasileiro. A barbárie nazista é tratada paralelamente ao impacto causado pela inserção no mundo literário. Um grande filme.
Meia-noite em Paris
Imagine poder sentar num bar com Salvador Dali, Gertrude Stein, Picasso, T.S Eliot, Ernest Hemingway etc? Para o protagonista do filme, um nostálgico apaixonado pelo fazer literário, isso foi possível graças à capacidade imaginativa da Literatura. Quer você encare essa jornada de maneira metafórica ou verossímil, esse filme é um convite a adentrar no universo de autores, pintores e viver a Belle Époque e experienciar processos criativos artísticos.
Lembrou algum filme que trata do poder de transformação da Literatura? Cite nos comentários! Já assistiu a algum desses? Comente o que achou.
Até a próxima.