O Brasil e o Oscar – Todas as indicações!
O Brasil já esteve presente com 23 filmes diferentes no Oscar. Inclusive já ganhou, você sabia disso?
Chega o final do ano e os olhos de todos os cinéfilos se dirigem para Hollywood e para o Oscar. A partir de agora começam as apostas, as previsões, as discussões. Sinceramente, essa é a parte que eu mais gosto. Podemos dizer então, que: “O Oscar Começou!”
Mas pra dizer a verdade, o Oscar para o Brasil começou no final de agosto, quando houve o anúncio dos filmes brasileiros inscritos para tentar uma vaga no Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. O Grande Circo Místico, de Cacá Diegues, foi o escolhido. Há algumas semanas tivemos uma grata surpresa ,Tito e os Pássaros, de Gustavo Steinberg, André Catoto e Gabriel Bitar, apareceu entre os 25 pré-indicados para a vaga de Melhor Animação. E a poucos dias atrás fomos novamente surpreendidos, 3 documentários brasileiros estão entre os pré-selecionados para a categoria Melhor Documentário Longa-metragem. São eles: O Processo, de Maria Augusta Ramos, Piripkura, de Mariana Oliva, Renata Terra e Bruno Jorge, e Nossa Chape, de Michael Zimbalist e Jeff Zimalist. Será que dessa vez vem?
O Histórico Brasileiro no Oscar
É bem verdade que o cinema brasileiro está em busca de um Oscar há muitos anos. Desde a primeira indicação em 1945 com a canção Rio de Janeiro, de Ary Barroso, para o filme Brazil, até 2018 com Me Chame Pelo Seu Nome em Melhor Filme e O Touro Ferdinando em melhor Animação, foram 23 filmes diferentes indicados. Alguns 100% brasileiros, outras produções nacionais em parceria com outros países, além de brasileiros trabalhando em filmes estrangeiros.
A primeira vez que o Brasil apareceu no Oscar foi em 1945. O Filme Brazil, de Joseph Santley, foi indicado ao Oscar de Melhor Canção Original pela a música Rio de Janeiro, de Ary Barroso. O filme musical estrelado por Tito Guízar e Viriginia Bruce, perdeu naquele ano o prêmio para o filme O Bom Pastor e a canção Swinging on a Star, filme esse que inclusive ganhou o Oscar de Melhor Filme.
Quinze anos depois, o Brasil voltava ao Oscar e saiu vencedor, mas o prêmio não veio para o Brasil. O filme Orfeu Negro é baseado na peça Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes, tem música de Tom Jobim, foi filmado no Rio de Janeiro, é todo falado em português e ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro! Mas o prêmio foi para França?! Sim, o prêmio foi para a França. ‘Mas por quê?’, talvez você se pergunte querido leitor. Isso aconteceu porque o diretor do filme, Marcel Camus, era francês, e quem recebe o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro? O diretor do filme. Ou seja, o Orfeu Negro é 99% brasileiro, mas aquele 1% francês venceu e levou todo o crédito.
Três anos depois a França estava novamente no nosso caminho (esses franceses viu?). O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte, foi o ganhador da Palma de Ouro, e era considerado o favorito daquele ano. Mas perdeu para o francês Sempre aos Domingos, de Serge Bourguignon. Até hoje muitos consideram essa uma das maiores injustiças do Oscar na categoria Melhor Filme Estrangeiro.
Em 1979, o Brasil voltava ao Oscar. Dessa vez com o Documentário Raoni, do diretor brasileiro Luiz Carlos Saldanha em parceria com o belga Jean-Pierre Dutilleux. A produção Brasil / Bélgica / França, que mostra a história do Cacique Raoni e narrado por ninguém menos que Don Vito Corleone, Marlon Brando, foi indicada ao Oscar de Melhor Documentário. Mas a produção perdeu o prêmio para o americano Scared Straight!, de Arnold Shapiro. Ainda surfando na onda dos documentários, três anos depois a brasileira Tetê Vasconcellos foi nossa representante na Terra do Tio Sam. A diretora brasileira foi indicada ao Oscar pelo documentário El Salvador: Another Vietnam. No documentário, em que Teté dividiu a direção com o americano Glen Silber, ela faz um exame da guerra civil em El Salvador comparando com o Vietnã. Talvez por fazer alusão a uma ferida tão recente na nação americana, a Guerra do Vietnã, o filme acabou perdendo para o Australiano Genocidio, de Arnold Schwartzman, que trata do assunto favorito da Academia, o holocausto, e é narrado por ninguém menos que Orson Welles e Elizabeth Taylor.
Quatro anos depois, em 1986, o Brasil voltava ao Oscar com o filme O Beijo da Mulher Aranha, de Hector Babenco. O filme conseguiu 4 indicações: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator e Melhor Roteiro Adaptado. O filme é todo falado em inglês, por isso não pode ser indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. O filme acabou levando o Oscar de Melhor Ator, para William Hurt, no papel do homossexual condenado por corrupção de menores, que distrai o personagem de Raul Julia com suas histórias. Mas no caso de O Beijo da Mulher Aranha, o Oscar só viria para o Brasil caso Hector Babenco ganhasse o prêmio de Melhor Diretor ou de Melhor Filme, o que era quase impossível de acontecer, uma vez que ele concorria com Sidney Pollack e seu Entre Dois Amores.
O Brasil voltaria ao Oscar propriamente dito em 1996, com O Quatrilho de Fábio Barreto. Mas três anos antes “estivemos” lá e “saímos” vencedores! ‘Como assim? O Brasil já ganhou o Oscar e eu não sabia?’, talvez você fale. Mas deixa eu explicar melhor.
Em 1993 O Retorno a Howard’s End ganhou o Oscar de Melhor Direção de Arte, e uma das premiadas pelo filme foi Luciana Arrighi. A Diretora de Arte nasceu no Rio de Janeiro em 1940. Seu pai era um diplomata italiano e sua mãe australiana. Enquanto seus pais moravam no Brasil, ela nasceu. Eles ficaram aqui até os 2 anos de Luciana e então se mudaram para Austrália, onde ela passou sua infância. Ou seja, ela não é cidadã brasileira, embora tenha nascido aqui. Além desse Oscar, Luciana Arrighi ainda foi indicada outras duas vezes: em 1994 por Vestígios do Dia e em 2000 por Anna e o Rei. Mais uma vez que o Brasil ganhou, mas não levou o Oscar.
Voltando a 1996, O Quatrilho, de Fábio Barreto, foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Mas o filme acabou perdendo para o holandês A Excêntrica Família de Antonia, de Marleen Gorris. Dois anos depois, em 1998, o Brasil voltou ao Oscar, com outro Barreto na direção. Dessa vez Bruno Barreto viu seu filme, O que é Isso Companheiro?, ser indicado ao Oscar. Mas tínhamos novamente um holandês no caminho. Dessa vez o prêmio foi para o filme Caráter, de Mike van Diem.
Em 1999, há cerca de 20 anos, o Brasil conseguia sua última indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Central do Brasil, foi o filme escolhido pelo Brasil e um dos 5 finalistas. Ainda de quebra o filme conseguiu mais uma indicação, a de Melhor Atriz para Fernanda Montenegro. Mas todos nós sabemos o final dessa a história: tínhamos uma certa Miramax e um tal de Harvey Weinsten em nosso caminho, e o Brasil perdeu. O Oscar de Melhor Filme Estrangeiro foi para outro europeu, dessa vez para Itália e A Vida é Bela. Já o Oscar de Melhor Atriz foi para Gwyneth Paltrow por Shakespeare Apaixonado, em uma das cerimônias mais contestadas da história. Como assim Gwyneth Paltrow ganhar de Fernanda Montenegro, Cate Blanchet, Meryl Streep e Emily Watson?
20 anos sem indicação, mas ainda no Oscar e sem Oscar
Depois de 1999, tivemos várias indicações, mas nunca para o de Melhor Filme Estrangeiro. Em 2001 Uma História de Futebol, de Paulo Machline, foi indicado ao Oscar de Melhor Curta-metragem, numa lúdica história da infância de Pelé. Mas infelizmente não conquistou a Academia, o prêmio foi para o Mexicano Quiero Ser. Dois anos depois foi a vez da primeira indicação de Carlos Saldanha ao Oscar. O brasileiro com o maior número de indicações, 3 até agora. Saldanha foi indicado junto com Chris Wedge, ao Oscar de Melhor Animação por A Era do Gelo. O filme era o favorito, mas o prêmio acabou indo para A Viagem de Chihiro, de Hayao Miyazaki. Um ano depois, Saldanha voltou ao Oscar com a animação em curta-metragem A Aventura Perdida de Scrat, mas a animação acabou perdendo para a animação em stop-motion australiana Harvie Krumpt de Adam Elliot. A terceira indicação de Saldanha veio esse ano, com o filme O Touro Ferdinando, também indicado na categoria Melhor Animação. Mas uma tal de Pixar (conhecem?rsrsrsrs) estava no caminho, e o filme perdeu para Viva – A Vida é Uma Festa, de Lee Unkrich.
Mas o grande ano do Brasil do Oscar foi 2004. Cidade de Deus, que no ano anterior havia sido desprezado pela Academia na categoria Melhor Filme Estrangeiro, nos surpreendeu com quatro indicações: Melhor Edição, Melhor Fotografia, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Diretor para Fernando Meirelles. Cabe aqui um adendo Kátia Lund deveria ter sido indicada junto com Meirelles, algo similar ao que ocorreu com os Irmãos Coen em 2008, mas ela foi esnobada injustamente. Mas tinha um tal de Peter Jackson e Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei no caminho, que fez o limpa naquela edição e não deu nem chances para o filme brasileiro. Aí eu me pergunto: ‘Por que sempre tem um grande filme no nosso caminho, principalmente quando temos alguma chance?’ Mas de toda forma Cidade de Deus entrou para história. Ele é o filme 100% nacional com maior número de indicação na história do cinema nacional, Meirelles é o primeiro e único diretor brasileiro a ser indicado ao Oscar até agora, isso porque Hector Babenco é argentino com cidadania brasileira. Além disso, foi a primeira e única vez que um filme que havia sido inscrito na categoria Melhor Filme Estrangeiro em um ano foi indicado a outras categorias no ano seguinte.
Em 2005 o Brasil estava de certa forma novamente no Oscar. Diários de Motocicleta, dirigido por Walter Salles foi indicado a 2 prêmios e levou o Oscar de Melhor Canção, com a música Al Otro Lado Del Río, composta por Jorge Drexler que é uruguaio. O Brasil voltaria o Oscar 6 anos depois, com o documentário Lixo Extraordinário, uma produção Brasil / Reino Unido, dirigido por João Jardim junto com Lucy Walker e Angus Aynsley. O filme, que faz um registro das obras de Vik Muniz no Jardim Gramacho, foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário. Mas o prêmio foi para Trabalho Interno, de Charles H. Ferguson. Ainda falando em documentário, em 2015 o filme O Sal da Terra, uma produção Brasil / França / Itália, dirigido Juliano Salgado e Wim Wenders, foi indicado na mesma categoria. O filme mostra a trajetória do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, foi premiado no Festival de Cannes, mas perdeu o Oscar para Citizenfour, o premiado documentário sobre Edward Snowden e o escândalo do vazamento de documentos de espionagem feito pela NSA (Agência de Segurança Nacional Americana).
https://www.youtube.com/watch?v=PZheNUuK8jg
O Brasil também esteve presente no Oscar em 2012 com a animação Rio, de Carlos Saldanha. Mas curiosamente o filme não entrou na categoria Melhor Animação, mas Gato de Botas sim, coisas de Oscar. Mas o filme de Saldanha foi indicado ao Oscar de Melhor Canção Original pela música Real in Rio, de Carlinhos Brown e Sérgio Mendes. Naquele ano, eram só duas canções indicadas, mas a outra canção era do filme Muppets, que é o grande xodó dos americanos. Então a chance passou de 50 a 50 para 95 a 5 contra o Brasil, e Man or Muppet, uma musiquinha chata que dói, ganhou o Oscar. Ainda entre as animações 2016 foi a vez do lindo e espetacular O Menino e o Mundo, de Alê Abreu, premiado no Festival de Anecy e no Annie Awards, surpreender com uma indicação ao Oscar na categoria Melhor Animação. Mas tinha uma tal de Pixar e Divertidamente, no nosso caminho. De novo um clássico moderno no caminho!
Esse ano o Brasil esteve duplamente presente no Oscar. Além de O Touro Ferdinando, de Carlos Saldanha, Me Chame Pelo Seu Nome, de Lucas Guadagnino, também era o representante brasileiro da vez. O brasileiro Rodrigo Texeira, dono da produtora RT Features, foi um dos responsáveis pela produção do Filme que foi indicado 4 Oscars, incluindo Melhor Filme, categoria na qual Rodrigo seria premiado. Mas A Forma da Água, de Guilhermo Del Toro estava no caminho. Mas pergunta que todos nos fazemos é: ‘E em 2019? Será que temos chances?’
O que nos reserva 2019?
Na categoria Melhor Filme Estrangeiro O Grande Circo Místico conseguir a vaga é quase impossível. Os motivos para as chances serem remotas vocês podem ler nesse texto aqui, mas para resumir: o filme disputa a vaga com 87 outros filmes, entre os quais temos vencedores em Cannes, Berlim, Veneza e Toronto, festivais que são apostas certeiras na vaga de Melhor Filme Estrangeiro. Junte isso com a recepção fria da crítica internacional e nacional. Ou seja, o filme de Cacá Diegues tem chances mínimas de chegar entre os pré-indicados, mas nunca se sabe, é difícil entender a Academia.
Se para O Grande Circo Místico está difícil, para Tito e os Pássaros a tarefa é ainda mais difícil. O filme que conta a história de um menino que é responsável, junto com seu pai, por achar a cura para uma doença que é contraída após a pessoa tomar um susto, tem pela sua frente Os Incrívies, da Pixar, WiFi Ralph, da Disney, Homem-Aranha no Aranhaverso, da Sony, Ilha dos Cachorros , de Win Wenders, que foi o vencedor do Urso de Prata em Berlim, filmes dados como certos entre os cinco finalistas. Além de ter que enfrentar O Homem das Cavernas, mais novo trabalho do oscarizado Nick Park (Wallace & Gromit – A Batalha dos Vegetais). Ou seja, o caminho da animação brasileira não é nada fácil, que ainda tem pela frente os sucessos de bilheteria Hotel Transilvânia 3, O Grinch e Pé Pequeno. Já que a Academia quer parecer mais acessível, os grandes sucessos de público ganham certa vantagem. Mas sempre entre as animações, a Academia costuma escolher uma ‘animação de arte’, e é nessa vaga que Tito pode se beneficiar. O filme passou no Festival de Aneccy, o mais importante para a animação mundial e tem sido visto em diversos festivais mundo a fora, o que tem sido uma grande vitrine para o mesmo. Quem sabe ele não entra na vaga da animação de arte igual ao que aconteceu com O Menino e o Mundo?
Na categoria Melhor Documentário, as coisas não estão tão fáceis assim, mesmo com 3 pré-selecionados. Isso porque são 166 filmes entre os pré-selecionados. Então o caminho não é tão fácil assim! Ainda mais concorrendo com fortes concorrentes como Won’t You Be My Neighbor? e RBG que tem sido considerados os favoritos do público. Outros que são considerados francos favoritos na disputa são: Três Estranhos Idênticos, Free Solo, Crime + Punishment, Amazing Grace, Be Natural, Jane Fonda em Cinco Atos e A Valsa de Waldheim. E claro não podemos descartar Rithhy Panh, o diretor do indicado ao Oscar A Imagem que Falta, aparece na lista com o filme Túmulos Sem Nome, e o oscarizado Michael Moore, que ganhou o Oscar por Tiros em Columbine, que também aparece na lista com Fahrenheit 11/9, que faz um olhar provocador da eleição de Donald Trump. Ou seja, não está nada fácil para os brasileiros entrarem na lista dos 15 semifinalistas que sai dia 15/12, quiçá entre os 5 finalistas. Mas será que podemos esperar algo bom nessa categoria? Vamos analisar.
O Processo, de Maria Augusta Ramos, mostra os bastidores do impeachment da ex-presidente Dilma, foi premiado nos festivais de Madrid e Buenos Aires, e foi um dos destaques da Mostra Panorama no Festival de Berlim esse ano, o que pode dar ao filme certa força. Levando-se em conta a temática politica, abordando o assunto em forma de denúncia contra um ataque a democracia, o filme ganha ainda mais pontos. O que pode afastar suas chances é o fato de se tratar de um filme de interesse 100% nacional. Piripkura, de Mariana Oliva, Renata Terra e Bruno Jorge, mostra a luta pela sobrevivência dos últimos sobreviventes do povo Piripkura em uma reserva da FUNAI no Mato Grosso, e também tem uma bela carreira no exterior. O filme passou nos festivais de Amsterdam, Cartagena, Endiburgo e Tessalônica tendo uma ótima recepção. Mas o que ainda dá mais credencial ao filme é o fato de ele ter ganho o prêmio de Melhor Documentário Internacional no Docville, um dos mais importantes festivais de Documentários, que é realizado anualmente em Leuven, na Bélgica. Mas novamente temos um assunto mais regional, mais nacional, o que pode dar a ele uma desvantagem ao disputar uma vaga entre os filmes americanos. E nosso último concorrente Nossa Chape, dirigido pelos irmãos Jeff e Michael Zimbalist, mostra o processo de superação após a tragédia da Chapecoense em 2016, e talvez tenha a melhor chance entre os três. O filme foi premiado no Los Angeles Film Award, é dirigido por uma dupla de irmãos americanos, aborda um assunto que comoveu o mundo todo, tem um tema universal, o esporte e o futebol, fala de superação e tem um dos mais carismáticos atores da atualidade, Dwayne Johnson, o The Rock, apresentando o Documentário. Mas o filme não passou nos principais festivais mundo a fora, o que lhe dá certa desvantagem sobre os outros.
Ou seja, é difícil cravar quem pode ficar entre os semifinalistas. Na verdade se Ex-Pajé, de Luiz Bolognesi, estivesse entre os pré-selecionados eu apostaria nele. Mas como para minha surpresa ele não apareceu aqui, principalmente depois de ter ganhado um prêmio no Festival de Berlim e o Festival É Tudo Verdade, é ainda mais difícil cravar uma possível indicação. Mas vale ressaltar que nos últimos anos tivemos documentários nacionais indicados duas vezes e agora temos 3 entre os pré-selecionados, além disso conseguimosd emplacar uma animação entre os cinco finalistas e outras duas entre os semifinalistas nos últimos 3 anos. Será que não deveríamos focar nos documentários e nas animações? É algo a se pensar!
A verdade é que por enquanto nós temos 5 filmes na briga por uma vaga entre os indicados ao Oscar em suas respectivas categorias. Esse número pode aumentar, nas categorias de Curta-Metragem, mas é mais provável que diminua conforme os semifinalistas forem saindo. Mas enquanto isso não ocorre, estamos na torcida. Afinal O Grande Circo Místico¸ Tito e os Pássaros, O Processo, Piripkura e Nossa Chape são o Brasil no Oscar. As chances são mínimas, sabemos disso, mas somos brasileiros e não desistimos nunca!