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Pacific Rim: Uprising (Crítica)

Guillermo Del Toro trouxe para o ocidente, em 2013, uma das relíquias da cultura oriental, os mechas e monstros gigantes que atacam a Terra (aparentemente sem motivo nenhum). Estou falando de Pacific Rim (Círculo de Fogo), que recentemente teve a sequência lançada nos cinemas com o nome de Pacific Rim: Uprising (Círculo de Fogo – A Revolta) e direção de Steven DeKnight.

Essa música está presente no filme, mas muita coisa mudou do primeiro, a começar pelo público alvo, a faixa etária partiu do que eram fãs adultos de cultura pop japonesa, para adolescentes e jovens adultos que não tem o hábito de consumir esses produtos. Mais ou menos o que acontece com os filmes de heróis. Tem seu ponto ruim, que é deixar um pouco de lado as tão esperadas referências a mangás e animes, mas o bom é que isso leva esse pouquinho para quem está começando a consumir esse tipo de entretenimento.

O ritmo da história é rápido e se atropela muitas vezes nos acontecimentos, não temos tempo de reviver a história do primeiro filme, a não ser pelos personagens que reaparecem. Ao mesmo tempo que a nova trama chega desenfreada, sem deixar os novos personagens nos conquistarem. Um exemplo bem claro é como foi construído o passado de Mako, foi uma cena curta, mas com muito fôlego e nos simpatizamos pela mulher forte que se tornou mesmo com tanto sofrimento. A nova piloto principal, Amara Namani (Cailee Spaeny), é muito jovem e compete em desvantagem com Jake (John Boyega) nas cenas, o que deixa um buraco no vínculo entre os dois personagens. Aliás, as ligações afetivas entre os personagens são fracas, a começar pelo luto pouco visível de todos, principalmente quando uma das personagens mais marcantes falece. Parece que falta uma parte da história.

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Mas vamos falar sobre o mais importante de tudo isso, os mechas, ou melhor, Jaegers. Pacific Rim tem tudo para conquistar uma legião de fãs e vender vários toys desse robôs gigantes, que são deslumbrantes à vista. Porém, toda a energia e beleza das batalhas ficaram no primeiro filme, o segundo tem combates menos tensos e mais corpo a corpo. Isso acontece provavelmente por causa da correria com a história. Mas aparecem novas máquinas incríveis, só faltou uma apresentação mais justa do que apenas falar os nomes delas.

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E com o que ficamos depois de quase duas horas de filme? Um final um tanto quanto provável, mas com uma promessa de continuidade. Também é possível notar alguns resquícios de Evangelion (amém), como as cenas em que a base é atacada. Outro ponto que ficou bem construído foi a ligação forte com a China, uma coisa que Pacific Rim trouxe é um enredo multicultural, com atores de várias nacionalidades se encaixando naturalmente na narrativa. Isso voltou a ficar claro na sequência. Esperamos um terceiro Pacific Rim com uma história melhor explorada, com personagens mais aproveitados e mais Jaegars. Quem sabe.

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