Os 10 melhores vencedores do Oscar de Melhor Filme - Cinem(ação): filmes, podcasts, críticas e tudo sobre cinema
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Os 10 melhores vencedores do Oscar de Melhor Filme

Do final dos anos 20 até os dias atuais, a Academia premiou quase 90 produções com o Oscar de melhor filme. Muitos clássicos memoráveis entraram para a história da premiação, assim também como alguns filmes não tão memoráveis que, com o passar dos anos, só demonstraram que a Academia não acertou em todas. Entre os premiados tivemos de tudo: Drama, romance, aventura, policial, comédia, western, suspense, musical…

Em uma pesquisa que fizemos nas redes sociais, os votantes (todos eles cinéfilos) escolheram os melhores filmes vencedores do prêmio máximo da Academia. Somando os resultados, separamos os 10 mais votados.

Claro que nenhuma lista dos melhores filmes agradará a todos; porque lista, antes de tudo, é gosto pessoal.

Os escolhidos você confere abaixo:

 

E o Vento Levou (1939), direção: Victor Fleming

O filme mais famoso de todos os tempos é também o mais querido e o preferido de muitos admiradores da Sétima Arte. “E o Vento Levou” é um caso à parte em tudo que se refere ao cinema. Filmagens tumultuadas, elenco escolhido entre vários concorrentes, troca de diretores, um produtor persistente; tudo isso de alguma forma contribuiu para o sucesso da obra que concorreu ao Oscar no melhor ano da premiação, onde também estavam na competição clássicos como “O Morro dos ventos Uivantes”, “A Mulher Faz o Homem”, “No Tempo das Diligências”, “O Mágico de Oz” e Ninotchka”, entre outros. O astro Clark Gable foi exigido no papel pelos inúmeros fãs, enquanto Vivien Leigh foi descoberta quando milhares de atrizes e aspirantes haviam feito o teste para o papel feminino mais famoso e cobiçado da história. Vencedor de 10 Oscars, “E o Vento Levou” é o modelo máximo de clássico que resistiu muito bem ao tempo, sendo sucesso até os dias de hoje.

 

2º O Poderoso Chefão (1972), direção: Francis Ford Coppola

Único filme da lista em que o diretor também não foi premiado (O Oscar de direção foi para Bob Fosse, por “Cabaret”), “O Poderoso Chefão” foi outra obra tumultuada durante sua produção, mas que acabou dando muito certo, gerando duas continuações. O filme mais célebre sobre a máfia tem em seu elenco o grande Marlon Brando (que vinha de uma fase em que era desacreditado pelos grandes estúdios), dando um show no papel de Don Vito Corleone, e levando para casa seu segundo Oscar de melhor ator. O elenco inteiro está ótimo, com o jovem Al Pacino em um de seus primeiros filmes. Muitos consideram o filme melhor que o livro (de Mario Puzo). O diretor Coppola inovou ao mostrar uma família de criminosos (alguns agindo de forma ‘sutil’) tentando se adequar aos tempos de mudança, lidando com traições e rivalidades. Sem dúvida, um dos melhores filmes de todos os tempos.

 

3º Ben-Hur (1959), direção: William Wyler

3º Ben-Hur é um dos três recordistas de prêmios no Oscar (11 estatuetas) e também um dos mais excepcionais filmes já feitos. Não é difícil entender porque a obra-prima de William Wyler impressiona até os dias de hoje. Dos cenários grandiosos às cenas de multidão, tudo é feito de verdade, sem uso de efeitos visuais que recriam lugares e multiplicam pessoas. Charlton Heston está ótimo no papel do príncipe judeu que se revolta com o ex-amigo de infância que o condenou, colocando-o como escravo nas galés romanas, além de prender sua mãe e irmã. É uma história de vingança como poucas vezes foi vista no cinema, com o ápice sendo uma fantástica e antológica corrida de biga, onde ocorre o esperado acerto de contas. Uma das maiores superproduções da era de ouro de Hollywood, com um final capaz de arrancar lágrimas.

 

4º O Silêncio dos Inocentes (1991), direção: Jonathan Demme

Para alguns é terror, para outros é suspense. A certeza que temos é que “O Silêncio dos Inocentes” é um dos melhores filmes dos anos 90, e um dos mais célebres a utilizar a figura de um serial killer. O que algumas pessoas não sabem é que antes deste, outro filme já havia apresentado a figura do doutor Hannibal Lecter: “Caçador de Assassinos” (“Manhunter“, 1986. Direção de Michael Mann). Outros filmes sobre o temível assassino vieram depois, mas a obra de Jonathan Demme é insuperável, apresentando um complexo jogo de perguntas e respostas entre uma agente do FBI (Jodie Foster, vencendo aqui seu segundo Oscar) e Lecter (Anthony Hopkins, sinistro e marcante, vencedor do Oscar). Muito bem dirigido, a obra tem uma das melhores sequências de fuga de todos os tempos.

 

5º Casablanca (1942), direção: Michael Curtiz

Um dos mais queridos romances do cinema, com Humphrey Bogart e Ingrid Bergman em uma ótima química. Não é uma história de amor convencional, mas uma sucessão de idas e vindas, onde através de flashbacks ficamos sabemos que no passado Rick foi muito feliz ao lado da bela Ilsa. No presente, ele é surpreendido em seu bar com a chegada dela e o marido. Isso reacende o que ele achava ter ficado para trás. O diretor Curtiz não é um gênio do cinema, mas aqui ele tomou as melhores decisões, escalando um elenco exemplar que dá um ótimo reforço ao carismático casal de protagonistas. Produzido em 1942, “Casablanca” concorreu ao Oscar não no ano seguinte, mas em 1944. Um clássico imperdível e inesquecível.

 

6º O Poderoso Chefão – Parte II (1974), direção: Francis Ford Coppola

Única continuação a repetir o feito da primeira parte, ganhando o Oscar principal, é também uma das continuações que se iguala em qualidade ao original. Dando seguimento à saga da família Corleone, Coppola optou por mostrar em flahbacks a trajetória de Don Vito quando jovem (feito por Robert De Niro), enquanto no presente, Michael (Al Pacino) dá continuidade aos “negócios” deixados por seu pai. Vencedor de 6 Oscars, essa segunda parte é mais longa que o original, e deu o esperado Oscar de direção para Coppola (que no mesmo ano teve seu filme “A Conversação” também entre os indicados a melhor filme). Em uma diferença de dois anos entre a primeira e a segunda parte, a terceira parte só foi produzida 16 anos depois, em 1990.

 

7º Lawrence da Arábia (1962), direção: David Lean

Diretor de épicos inesquecíveis como “A Ponte do Rio Kwai” (1957) e “Doutor Jivago” (1965), David Lean ajudou a criar algumas das maiores obras do cinema. “Lawrence da Arábia” é sua obra-prima, uma superprodução majestosa que tem uma das melhores fotografias da história. É impossível não ficar deslumbrado com as belíssimas imagens do deserto (é muito difícil filmar em locais naturais cheio de areia). A obra não evita mostrar as falhas do herói (o escritor e militar T. E. Lawrence, feito pelo ilustre Peter O’Toole). A história é exemplar e a trilha sonora é belíssima, além do elenco perfeito que inclui ainda nomes como Alec Guiness, Omar Sharif e Anthony Quinn. “Lawrence da Arábia” é frequentemente eleito um dos melhores filmes de todos os tempos.

 

8º A Lista de Schindler (1993), direção: Steven Spielberg

O mais recente entre os filmes votados, “A Lista de Schindler” se destaca como o melhor trabalho da longa e bem-sucedida carreira do diretor Spielberg. É uma obra impactante, dolorosa, porém necessária. Conta a história real do empresário alemão Oskar Schindler (Liam Neeson), que a princípio só se importava com dinheiro e status, até perceber que, diante do massacre de milhares de pessoas pelas mãos dos nazistas, ele precisava fazer algo para mudar isso. Spielberg fez a maior obra sobre o Holocausto, investindo todo o seu talento em um projeto arriscado (filmagem em preto e branco, um tema que afasta muitas pessoas); mas  o filme acabou sendo sucesso de bilheteria. É o filme mais premiado do diretor, e seu trabalho mais importante e pessoal.

 

9º Um Estranho no Ninho (1975), direção: Milos Forman

Jack Nicholson ganhou seu primeiro Oscar de melhor ator por sua incrível atuação nesse drama que denuncia os maus tratos a pacientes em manicômios. Mas a obra acaba sendo algo maior, se colocando como um símbolo de luta pela liberdade e contra a intolerância. Produzido por Michael Douglas, o filme do prestigiado diretor Milos Forman se tornou a segunda produção a ganhar os 5 Oscars principais (filme, direção, ator, atriz e roteiro). No elenco, nomes como Danny DeVito, Christopher Lloyd, Scatman Crothers, Brad Dourif e Vincent Schiavelli. A atriz Louise Fletcher (que faz a temível enfermeira Ratched) ficou marcada por esse filme, não conseguindo outros papéis memoráveis em sua longa carreira no cinema e na TV.

 

10º Como Era Verde meu Vale (1941), direção: John Ford

O lendário John Ford foi o recordista de Oscars de direção, vencendo quatro vezes; porém, apenas “Como Era Verde meu Vale” levou o prêmio de melhor filme. Essa obra ficou marcada também por ter derrotado “Cidadão Kane” – o clássico revolucionário de Orson Welles é frequentemente eleito pelos críticos o melhor filme de todos os tempos -. Polêmicas e discussões à parte, “Como Era Verde meu Vale” é uma encantadora obra que relata a história de mineradores em uma pequena cidade. Ford imprimiu um tom nostálgico à obra (o protagonista relembrando sua infância), se cercando de um ótimo elenco: Maureen O’Hara, Walter Pidgeon, Barry Fitzgerald, Donald Crisp e o menino Roddy McDowall. Belo filme que marcou época.

 

Outros 10 filmes que ficaram entre os mais votados:

A Malvada (1950), direção de Joseph L. Mankiewicz

Aconteceu Naquela Noite (1934), direção de Frank Capra

Se meu Apartamento Falasse (1960), direção de Billy Wilder

Amadeus (1984), direção de Milos Forman

Onde os Fracos Não Têm Vez (2007), direção de Ethan Coen & Joel Coen

Titanic (1997), direção de James Cameron

Amor, Sublime Amor (1961), direção de Robert Wise e Jerome Robbins

Os Imperdoáveis (1992), direção de Clint Eastwood

Rocky – Um Lutador (1976), direção de John G. Avildsen

Forrest Gump, o Contador de Histórias (1994), direção de Robert Zemeckis

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