LISTA - Cinco filmes “natalinos” para quem não curte o Natal
Dica de Filme

Cinco filmes “natalinos” para quem não curte o Natal

O cheiro de tender e chester e uvas-passas espalha-se pelo ar. A ínfima luminosidade colorida, quase caótica, de milhões de pequenas lâmpadas cintilam em caminhos e paisagens aleatórias. Pelos ventos, o eco do meio-soprano romântico de Simone ulula impiedosamente. Simulações de neve, pinheiros megalomaníacos e ornamentos brilhosos viralizam em shoppings e avenidas. Tons de vermelho e dourado contaminam ambientes e pessoas. Ordinários gorros alvirrubros, barbas pruridas e ho-ho-hos mecânicos são oferecidos aleatoriamente… É natal…

O Natal jamais chega desacompanhando. Com ele, produtos, muitos produtos. E dentre todos esses produtos, está o cinema com os obrigatórios filmes natalinos que acotovelam-se por espaço e atenção durante os meses finais do ano. Uma overdose diabética de papais noel e todos seus derivados.

Mas há aqueles, como eu, que não simpatizam com a data. Assim, pensando em você, amigo grinch, aqui vai a minha lista (anti)natalina. Filmes onde o espírito natalino é alvo de chacotas e indiferenças.

Sem mais delongas, aqui está! E não esqueça de comentar abaixo! Vamos maldizer o Natal juntos! =D

 


 

Noite de Terror (Bob Clark, 1974)

Um clássico subestimado e pouco mencionado. Noite de Terror não é apenas um suspense qualquer. Longe disso. É o filme que antecedeu e inspirou o subgênero slasher, equivocadamente creditado ao magnífico John Carpenter e seu assustador Halloween (1978). Noite de Terror é um thriller atmosférico que conta a história de um assassino que mata garotas de uma fraternidade na noite de Natal. Com momentos angustiantes (os telefonemas e a cena do olho, por exemplo), Noite de Terror inspirou diversos filmes posteriores. E não é pra menos. Assista e entenderá!

Monty Phyton – A Vida de Brian (Terry Jones, 1979)

O filme começa no primeiro natal, no nascimento do bebê Jesus. Só que é centrado na manjedoura ao lado, a de Brian Cohen (Graham Chapman), que acaba confundido com o Messias. Pode não ser sobre o Natal, mas merece figurar nessa lista, afinal A Vida de Brian é uma das comédias mais geniais já produzidas. Os inigualáveis Pytons satirizam a história bíblica e a sociedade da época (e atual) com esse filme. Diferentes formas de risos e sorrisos brotam ao assistir A Vida de Brian. Inigualável!

Aliás, tem texto aqui no Cinem(ação) sobre esse clássico. É só clicar no link a seguir: TRASH FREAK #7: A VIDA DE BRIAN, A POLÊMICA PARÓDIA CRISTÃ DO MONTY PYTHON.

Papai Noel às Avessas (Terry Zwigoff, 2003)

Billy Bob Thornton é Willie, um alcoólatra ladrão que todo natal se fantasia para assaltar grandes lojas durante as festividades. Produzido pelos irmãos Coen, Papai Noel às Avessas é uma comédia de humor negro divertida e irreverente. Os personagens esdrúxulos possuem uma química cativante. Mas o melhor é o quanto o filme satiriza a época alegre que é (ou deveria ser ) o Natal. Não é contra a data, mas certamente mostra que há muito mais do que as felicidades utópicas sugeridas por quase todo mundo durante a data.

Beijos e Tiros (Shane Black, 2008)

Uma comédia de Shane Black. Para quem conhece o diretor e roteirista (roteirista e diretor dos dois primeiros Máquina Mortífera – e também de Homem de Ferro 3, mas esse a gente faz vista grossa), isso é o suficiente para resumir o filme. Mas para quem não conhece, aí vai: Robert Downey Jr. é Harry Lockhart, um ladrão insignificante que decide roubar uma loja na véspera de Natal para presentear seu sobrinho. Essa ação acarreta numa série de equívocos e coincidências que culminam numa história divertida, excêntrica, cheia de humor ácido, diálogos tão cômicos quanto dinâmicos e violência (e ainda, uma pequena e boa dose de metalinguagem). Aliás, esse é apenas um exemplo dos filmes natalinos de Black. Vale a pena pesquisar e conhecer os demais!

Krampus: O Terror do Natal (Michael Dougherty, 2015)

Você acha que o natal é apenas Papai Noel, bonança, presentes e alegrias? Não, não é. Em 25 de dezembro, o Bom Velhinho visita lares pelo mundo presenteando às crianças boazinhas. Enquanto isso, o bestial Krampus, o antinoel, àquelas que foram más. E é sobre esse ser mitológico que o suspense/terror natalino Krampus: O Terror do Natal se apoia. Há boas doses de comédia no filme, assim como algumas ironias. É um pouco instável na sua narrativa, mas consegue apresentar criaturas assustadoras (e umas cômicas) e um final curioso. E aí, você foi bonzinho ou levado neste ano?

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