"Scandal" - (2012) - Cinem(ação): filmes, podcasts, críticas e tudo sobre cinema
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“Scandal” – (2012)

Scandal, a primeira vista, tem um gostinho de How to Get Away With Murder – série produzida pelo mesmo canal, ABC e pela produtora executiva Shonda Rhimes; contudo, no decorrer dos seus acontecimentos, vamos encontrando peculiaridades e trejeitos tanto do enredo em si quanto dos personagens da narrativa.

Temos Olivia Pope (Kerry Washington) e Fitz (Tony Goldwyn) como centro das atenções e pontos-chave do desenrolar da história. Antes mesmo de adentrarmos um pouco no que me refiro como sendo o foco de luz do palco, temos que saber o porquê de fazer uma semelhança entre as séries citadas acima. Pope trabalha com um grupo de pessoas os quais se nomeiam como gladiadores de terno e o que isso quer dizer? Eles resolvem problemas pessoais os quais não podem ser resolvidas via modo tradicional – através das leis, das justiça, etc. Tal equipe é composta por Olivia, como chefe, por Huck (Guilhermo Díaz), por Abby Whelan (Darby Stanchfield), por Quinn Perkins (Katie Lowes) e por Harrison (Columbus Short). Todos eles tiveram problemas no passado e acabaram sendo ajudados por Olivia, e daí, o envolvimento e o começo dos trabalhos como gladiadores engravatados. Ademais, então, conseguimos entender um pouco dessa relação existente entre as séries citadas, já que temos um personagem central e ao seu redor, outros que trabalham pra tal pessoa, e sim resolvendo problemas, mas no caso de How to get away with murder, impasses que envolvem diretamente assassinatos.

Voltando para o cerne narrativo de Scandal.

Olivia é acessora de Fitz o qual, como atual governador da Flórida, tem por objetivo concorrer à presidência da República e ocupar desta forma a cadeira de presidente dos Estados Unidos. A princípio os acontecimentos são comuns, breves e em conjunto com o andamento do que está por vir, a história vai sendo contada com cautela e força. No decorrer das situações que gradualmente vão nos mostrando um maior envolvimento com o lado pessoal de cada um dos personagens, assim, nos aproximamos dos esteriótipos dos envolvidos, porém, não de uma forma à nos afastarmos da narrativa, e pelo contrário, passamos a nos interar mais dos acontecimentos e de seus porquês.

Mesmo  tendo citado Pope, ainda e somente como co-worker de Fitzgerald em sua campanha política, o que na verdade importa é o seu relacionamento pessoal com o candidato. Percebe-se que desde o início da trama ambos têm algo de importante e profundo entre si: amor. Só que os indícios e os poréns vão nos dando dicas quanto ao resultado desse verdadeiro sentir que Pope e Fitz sentem um pelo outro. A cada tropeço, uma lágrima e a cada beijo, uma esperança; são muitos problemas que os envolvem, a começar pelo fato de Fitzgerald ter um cargo público e ainda ser casado. A paixão enlouquecida dos dois parece não ter sentido, às vezes temos uma sensação gostosa, de prazer, de vontade de torcer pelos dois, como também, uma certa preguiça e um desconsolo para tanto sofrimento e tanto desamor que o próprio amor lhes trouxe. Talvez tal fato, ou seja, o exagero em contar essa história de amor e que ela dê certo ou que pelos menos que tenha como foco essa mensagem, isto é, que basta qualquer coisa, mesmo que muito sofrimento para um amor se instaurar e estabelecer os laços que o engloba, talvez tudo isso, nos afaste um pouco da trama e nos deixe um pouco com tédio.

Mesmo assim, recomendo a experiência.

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