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Crítica Poética – Macbeth: Ambição & Guerra

“…o que está feito, não pode ser desfeito.”


Ficha Técnica
Direção: Justin Kurzel
Roteiro: Jacob Koskoff
Direção de Fotografia: Adam Arkapaw
Música: Jed Kurzel
Elenco: Michael Fassbender, Marion Cotillard, Sean Harris, Paddy Considine.

Sinopse: Macbeth, general do exército escocês, recebe a profecia três bruxas em que um dia ele viria a se tornar Rei da Escócia. Consumido pela ambição e estimulado a cometer à ação por influência da esposa, Macbeth mata o rei e toma o trono para si.


 

Era uma noite de domingo
Queria eu fugir, não aguentava mais babar nos livros,
Já estava tarde e a Netflix sussurrava:
“Anderson assista, Anderson assista”,
E eu dizia: “insista mais, insista mais”,
Em resposta ela disse:
“Macbeth: Ambição & Guerra” de 2015.
Com Michael Fassbender e Marion Cotillard,
Um filme com fotografia, câmera lenta e arte.

Confiança entreguei ao diretor Justin Kurzel,
Porém, quase adormeci com o ritmo cruel.
Fiquei encantado com a fotografia de nível elevado,
Feliz seja Adam Arkapaw por ter se empenhado.
Por uma trilha sonora envolvente Jed Kurzel convence,
Mas com o roteiro de Jacob Koskoff apenas reflito:
“Depende”.

O difícil é descrever as atuações da obra adaptada,
Como Marion Cotillard com sua Lady Macbeth sufocada,
Atuação foi salva pela dublagem brasileira,
Infelizmente não vi o nome da dubladora creditada,
Duvido que você ache, mesmo que queira.

No caso de Michael Fassbender vemos uma boa atuação,
Com teus pontos altos e outros não.
Soube realmente trazer um olhar de louco,
Em cenas que a culpa estimula o pouco.
Vi a loucura ser tratada como embriagues,
Por onde a culpa deveria ter sua vez.
Fassbender sustenta o filme na lágrima de teu olho esquerdo,
Destoando todo o enredo com sentimento do medo.
É complicado tentar explicar tal personagem,
E imaginar que estou falando bobagem.
Seu Macbeth me deixa confuso,
Indo aos extremos,
De fraco
À bruto.

Macbeth é um filme que lhe imerge nos cenários,
Uma ambientação cativante, com cortes necessários,
Porém, me senti deslocado com o movimento de câmera,
Bem insegura,
Rastros de patologia,
Num plano sequência crua.

O laranja fúria, o vermelho violência,
Mais simbolismo por favor, estou ficando sem paciência,
Muito bonito o final com o seu vermelho-alaranjado,
Reencontrando junto a areia com o personagem cansado.

Ao fim do filme fico sem entender,
Realizo novamente o “play” para compreender,
Digerir novamente a obra com todo o cuidado,
Para que eu entenda não estando cansado.
A trama está longe de ser enérgica,
Me apedrejem, Macbeth apenas acerta na estética.

Deixe aqui a sua opinião, sua crítica ou sua arte sobre o filme. Ou parafraseie o filme como:

“O que resta fazer? Mantém-te inocente e ignorante, pombinha, até aplaudires o feito. Escorpiões infestam minha mente”.

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