Assistir “Creed” na CCXP
Eu queria falar sobre algumas coisas relacionadas à Comic Con Experience. Sobre a forma pacífica como as coisas acontecem, e o respeito que o público tem entre si e para com os astros – e eu vi pessoalmente o Marcelo Forlani agradecendo a todos por isso. Sobre o caso de intolerância de um certo programa “de humor”. E sobre a história de um rapaz que escreve aqui no Cinem(ação) e já gravou vários podcasts com a gente, e que envolve uma tatuagem. No entanto, o Pablo Villaça escreveu um ótimo texto sobre a empatia dos geeks no evento, o caso de intolerância foi rapidamente resolvido pela própria organização da CCXP, e o Cauê Petito possivelmente vai escrever aqui no Cinem(ação) sobre sua história – ou então você ouvirá em um tipo de podcast especial que estamos preparando (ôps, deixei escapar).
O que eu quero, aqui, é falar sobre a experiência de assistir ao filme “Creed – Nascido para Lutar” na sessão de pré-estreia. Optei por acordar de madrugada e pegar o primeiro ônibus até São Paulo para garantir um espaço por lá, e por pouco não consegui. O que eu pude experimentar na primeira vez em que entrei no espaço dos painéis foi realmente épico – os caras escolheram a palavra certa para usar nas campanhas.
Como se não bastasse o fato de ser um filme simplesmente espetacular – publicarei uma crítica antes da estreia no dia 7 de janeiro – a simples presença do público contagia a todos. Os gritos e a empolgação de tanta gente me fizeram pensar que eu assistia a uma luta real, e os aplausos nos momentos mais empolgantes apenas aumentavam os arrepios que o filme consegue provocar.
Não foi simplesmente ver um filme. Foi mais que isso. Foi uma comunhão de pessoas que estavam por lá apenas para ter sensações positivas. Uma espécie de união catártica de gente que quer aproveitar apenas o que é bom no mundo, e alavancar estas sensações de frio na espinha quando um fato temeroso é mostrado ao Rocky; ou de ansiedade quando Creed parece estar no fim da luta; ou de puro êxtase quando são ditas algumas frases emocionantes.
O que fez desta experiência especial não foi a projeção nas três telas ou a falta de isolamento acústico da estrutura, nem mesmo as mais de quatro horas de fila. Foi o público.
Aliás, em toda a CCXP, o público faz toda a diferença.