Crítica – O Exterminador do Futuro: Gênesis
Quando se fala em filmes de ficção científica, um filme que sempre é lembrado por 10 a cada 10 pessoas perguntadas é sem dúvida “O Exterminador do Futuro“.
A franquia que começou lá em 1984, 30 anos atrás, dirigido por James Cameron é conhecido pelas frases marcantes, ou vai dizer que você não sabe de onde veio o “hasta la vista baby”, passando pela protagonista feminina forte, Sarah Connor, interpretada pela Linda Hamilton, no começo dos filmes com protagonistas fortes que veio desde a Tenente Ripley da Sigourney Weaver em “Alien – O Oitavo Passageiro” de 1979.
Agora, a grande alma da franquia certamente é o androide, praticamente indestrutível interpretado por Arnold Schwarzenegger, sendo que foi esse filme certamente um dos grandes marcos do seu início de carreira como ator internacional.
Mas como toda a franquia, após alguns filmes, e passado algumas décadas, a história precisava ser recontada, ou pelo menos reinventada, isso para chamar a atenção do público e lotar as salas do cinema.
E esse espírito de reinvenção é um dos grandes acertos do filme “O Exterminador do Futuro: Gênesis”, quinto filme da franquia, que estreou no último dia 02/07/2015, dirigido por Alan Taylor e escrito por Laeta Kalogridis e Patrick Lussier.
A essência dos filmes “O Exterminador do Futuro” sempre foi sobre viagens no tempo e esse tema, se bem explorado, pode trazer, TEORICAMENTE, infinitas possibilidades. Tivemos uma prova disso com a franquia “Star Trek” recriada magistralmente pelo diretor J. J. Abrams.
Com essa ideia em mente, somos apresentados a um filme que recria muitas cenas do primeiro filme e expande a ideia afim de criar uma nova linha temporal que pode ser explorada anos a fio, desde que bem pensado e roteirizado.
No elenco temos novamente o ator Arnold Schwarzenegger agora interpretando o andróide modelo T-800, chamado carinhosamente de “Papi”, e trazendo um Schwarzenegger que sabe que o peso da idade começa a cair sobre seus ombros, mas como repete diversas vezes no filme está “velho, mas não obsoleto”, e se podemos ter Sylvester Stallone revivendo sempre que possível Rocky Balboa e Rambo então o velho Arnold pode ser o andróide quantas vezes quiser.
No papel de Sarah Connor, eternizada por Linda Hamilton, temos a atriz Emilia Clarke, conhecida por sua personagem Daenarys Targaryan na série da HBO “Game of Thrones”. Emilia até surpreende no filme, mas fica evidente que a jovem atriz tem que ganhar mais experiência para conseguir incorporar personagens que tem que transpirar adrenalina.
No elenco ainda temos nomes como Jason Clark, no papel de John Connor, Jail Courtney como Kyle Reese (interpretado por Michael Biehn no filme original), e uma surpresa agradável com o grande J. K. Simmons em um papel que poderia ter sido melhor explorado, mas que ganha força pela capacidade do ator.
Sem dúvidas “O Exterminador do Futuro: Gênesis” é um filmaço de ação e que pode sim se tornar um dos favoritos de muita gente, mas peca principalmente por depender de um conhecimento prévio dos outros filmes.
Nota: 4 claquetes