Crítica – Annabelle
Dirigido por John R. Leonetti, produzido por James Wan (“Jogos Mortais”, “Sobrenatural”) e escrito por Gary Dauberman, Annabelle é um spin-off lançado recentemente do filme “Invocação do Mal” (The Conjuring – 2013). Como achei sensacional o último filme, não poderia deixar de assistir a esse longa no cinema. Lembrando que, assim como “Invocação do Mal”, Annabelle é baseado em fatos reais… Aí o negócio ficou sério. Porém, acho que a verdadeira parte dos “fatos reais” nós veremos na continuação.
John e Mia (Ward Horton e Annabelle Wallace) estão esperando sua primeira filha, e John compra uma boneca (nada simpática) para sua esposa. Antes de proceder, devo demonstrar minha única incredulidade com o filme: quem, no mundo inteiro, compraria uma boneca tão horrível e assustadora para sua esposa e filha? Raios! Aquela boneca é um insulto. Na vida real, a boneca não é sinistra como no filme. Mas vamos continuar. Logo depois, a casa deles é invadida por um casal de uma seita satânica, e a boneca acaba se tornando um canal para uma entidade maligna que quer se apossar de almas.
No começo, senti falta do casal Warren (“Invocação do Mal”), mas não me decepcionei com a ausência deles. A história foi muito bem contada, e os sustos são mais do que garantidos. Mesmo que Wan tenha se afastado da direção nesse spin-off, o filme cumpre o que promete, e claramente percebemos o seu toque na produção. A fotografia e o modo como as câmeras se movem contribuem intensamente para acentuar o medo e a apreensão dos espectadores.
Annabelle é completamente diferente dos filmes de terror com brinquedos. A boneca representa apenas a presença de algo maligno na casa e na vida daquele casal, mas ela não é possuída, como explica o casal Warren em “Invocação do Mal”. Espíritos não podem possuir objetos, mas somente utilizá-los. Portanto, não esperem encontrar uma boneca demoníaca falando e caminhando pela casa durante o filme. Mas isso não deixa o filme menos assustador, acreditem.
Embora muitas pessoas não fiquem totalmente satisfeitas com a atuação de Horton e Wallace, eu penso que eles realizaram um bom trabalho. Wallace intepreta Mia como a típica mãe que acabou de ter o seu primeiro filho, sendo extremamente protetora e preocupada. Não vejo isso como um exagero, mas como algo que realmente acontece na vida de muitas mães.
No geral, eu gostei bastante do filme. O final é muito legal, e aqueles que assistiram “Invocação do Mal” vão se surpreender. E, na provável continuação, veremos a verdadeira história de Annabelle, registrada no livro The Demonologist: The Extraordinary Career of Ed and Lorraine Warren.