Crítica: Capitão América 2 – O Soldado Invernal
Com a chegada de Os Guardiões da Galáxia aos cinemas nesta quinta-feira, nada mais justo do que revisitar o último longa do Marvel Studios lançado: Capitão América 2 – O soldado Invernal.
Nick Fury foge, num carro descontrolado. Não de aliens, ou de seres ultradimensionais, mas sim de viaturas, carros de polícia. As feridas: tiros de bala, braço quebrado. A câmera é inquieta, trêmula. A tensão da cena é crescente, embalada por uma excelente trilha sonora, composta pelo sempre competente Henry Jackman. Por um momento, não tememos mais por Samuel L. Jackson e suas frases icônicas e carisma sempre habitual, e sim, por Nick Fury, diretor da SHIELD, que tem sua vida colocada em risco ao cruzar com o Soldado Invernal do título.
Há, em Capitão América 2 – O Soldado Invernal, a desmistificação do ícone. Se nos filmes anteriores da Marvel, lá no seu início, com o primeiro Homem de Ferro, Nick Fury sempre aparecia mais numa ponta, um “cameo” como uma figura respeitável, que ficava de fora da ação e servia, em parte, para recrutar os personagens que posteriormente formariam o grupo “Os Vingadores”, além de fazer algumas piadas aqui e lá, neste filme, o vemos realmente fazer algo. Nos longas anteriores não víamos Nick Fury, agente da Shield, e sim o Samuel “malditas cobras nesse maldito avião” L. Jackson interpretando Nick Fury, agente da Shield. E há grande diferença nisso. Não há mais o ângulo baixo de “Os Vingadores” que endeusava Fury, o transformando numa figura quase intocável. Essa desmistificação ocorre diversas vezes, com diversos personagens ao longo do filme, mas por que começar este texto com um enfoque tão grande no personagem de Jackson? Simplesmente porque o arco de Fury é o mais interessante e relevante do filme.
Resumo
Além de ser o filme mais sério da Marvel (ao lado do subestimado “O Incrível Hulk”), Capitão América 2 – O Soldado Invernal, é também um dos mais coesos, interessantes e bem construídos do universo compartilhado iniciado lá trás, em Homem de Ferro. Com roteiro, direção e efeitos de primeira, Capitão América 2 representa não só um avanço ao seu antecessor, como também aos outros erros do Marvel Studios. É um filme que abre caminho interessante para estes personagens e deixa uma grande ponta para “Os Vingadores 2”. E qualquer filme de HQs que conte com a música Trouble Man, do Marvin Gaye, merece aplausos.