Crítica: Além da Escuridão – Star Trek
“Espaço A Fronteira Final. Estas são as viagens da nava estelar U.S.S. Enterprise em sua missão de 5 anos para explorar o novos mundos, pesquisar novas vidas, novas civilizações, audaciosamente indo aonde nenhum homem jamais esteve”.
Era com essa frase que o seriado Star Trek, ou Jornada nas Estrelas, como ficou conhecido aqui no Brasil, começava e toda a semana era mostrada uma aventura da nave estelar U.S.S. Enterprise e de sua fiel tripulação comandada pelo Capitão James T. Kirk, seu primeiro comandante Spock, além do chefe médico McCoy, a tenente Uhura, Sulu, Checov e o chefe da engenharia Montgomery Scott.
Além da Escuridão – Star trek é a continuação do filme Star Trek, novamente dirigido por J. J. Abrams e que continua a narrativa da narrativa temporal paralela a série clássica estabelecido pelo primeiro filme.
Sobre o filme é difícil dar muitos detalhes sobre a trama sem contar spoilers e revelar surpresas que, sim, são muitas, e que dão um excelente charme ao filme. Star Trek sempre foi focado em mostrar mais a parte de exploração, deixando o lado o tema de guerras e batalhas épicas em segundo plano. Mas aqui temos o oposto. O filme é repleto de cenas de ação de tirar o fôlego do começo ao fim. E também ele faz um paralelo a um dos filmes clássicos que é formidável.
No elenco temos novamente Chris Pine como o Capitão Kirk, um personagem interessante, pois um cara mulherengo, mentiroso, egocêntrico nunca poderia ser capitão de uma nave e ter a responsabilidade de cuidar da vida de toda a sua tripulação.
Zachary Quinto mais uma vez na pele do sr. Spock, e que também tem a participação breve mas especialíssima de Leonard Nimoy, o personagem está bem fiel a série clássica, mas também vemos que o diretor e os roteiristas querem explorar sua parte meio humana o que é muito interessante. Suas melhores cenas são junto de Kirk, mas também junto com o ator Karl Urban que interpreta o chefe médico Leonard “Magro/Bones” McCoy.
No filme ainda temos a belíssima Zoe Saldana interpretando a ten. Uhura, com grande espaço até mesmo nas cenas de ação e o fato dela ter um relacionamento com o com Spock, algo que já havia sido mostrado no primeiro filme mas é melhor explorado em Além da Escuridão nos faz torcer ainda mais pelos personagens. Ainda temos John Cho no papel de Hikaru Sulu, Anton Yelchin como Pavel Checov e Simon Pegg como Montgomery Scott, esse último sem dúvida o personagem mais engraçado do filme e que tem as cenas mais divertidas do longa.
Mas o grande destaque fica a cargo do excelente Benedict Cubembarch, que traz no misterioso vilão John Harrison, um inimigo formidável não só para a tripulação da Enterprise mas para todos os mundos.
Uma das características legais do filme é que os diálogos são inteligentes e cheios de referências à série clássica, assim como trejeitos dos personagens como o dr. McCoy dizendo “eu sou um médico e não um (preencha aqui com qualquer outra profissão ou ofício)”.
As referências aos outros filmes e as séries são um deleite à parte. O filme apresenta a nova versão de um dos maiores inimigos da Federação, os Klingons, além de novas versões de outros personagens interessantes.
Além da Escuridão – Star Trek é um filme completo, muito bem dirigido, com efeitos especiais de tirar o fôlego e um dos raros filmes em que o 3D realmente vale a pena, portanto aconselho: se possível assista nesse formato.
Se J. J. Abrams consegue fazer um filme tão legal com uma série em que ele, como já disse uma vez nem é tão fã. Imagine o que fará com os novos filmes de Star Wars, série da qual é fã confesso.
Para conhecer mais o universo de Star Trek recomendo que ouçam o nosso podcast #37.
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