Crítica: Persona

Persona, de 1966, é um filme minimalista. Conta com 5 atores, dos quais duas mulheres carregam a trama principal. Muitas vezes tem-se a impressão de se estar assistindo a uma peça de teatro. A história gira em torno de Elizabet, uma atriz internada em estado catatônico e a enfermeira Alma, que é designada a cuidá-la, e as duas se isolam em uma casa a beira-mar onde se desenrola a trama. Sensibilizada e intrigada pelo silêncio de Elizabet, Alma resolve então se por a falar, se abrindo, usando a paciente como um divã, confidenciando-a segredos, decepções e arrependimentos acerca de sua vida e buscando assim criar uma ambiente empático e encorajá-la a quebrar o silêncio.


Bergman é um diretor que fez escola. Vários dos grandes nomes do cinema atual demonstram apreço por sua obra. Seus filmes sempre exploram grandes questões humanas, provocam o espectador e os convida a raciocinar. “Persona” é assim: por mais parado que seja, você não quer parar de ver até encontrar as respostas. Pra finalizar, Jean-Luc Godard traduziu Bergman com um comentário muito interessante: “O cinema não é um ofício. É uma arte. Cinema não é um trabalho de equipe. O diretor está só diante de uma página em branco. Para Bergman estar só é se fazer perguntas; filmar é encontrar as respostas. Nada poderia ser mais classicamente romântico”
Gostei: Atmosfera envolvente, grandes interpretações, provocativo
Não gostei: Nada não, tá bom assim
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