Crítica: Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge

De qualquer forma, “Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge” mostra o retorno de Bruce Wayne ao uniforme preto, após oito anos de paz em Gotham City, graças ao que acreditam ter sido uma vitória de Harvey Dent.

Preocupado em amarrar todas as pontas, o filme é feliz ao realmente ter todas as tramas explicadas, detalhes das histórias e elementos claros ao espectador. No entanto, somos obrigados a aceitar alguns fatos como elementos do “mundo dos super heróis” – como uma prisão no meio de um deserto com homens vivendo décadas dentro dela – mesmo sendo uma trilogia tão realista e preocupada com a verossimilhança. O filme também se vê obrigado a utilizar o clichê do personagem que explica algo importante à beira da morte.

A partir de uma série de acontecimentos, o mercenário da Liga das Sombras deixa claro o desejo de destruir Gotham, o que traz Batman de volta. Aliás, Bale consegue vivenciar o “novo” Batman com muito realismo ao mostrar as dificuldades físicas de voltar à forma antiga. O filme não hesita em utilizar Bane para fazer referências a ditaduras de cunho socialista, transformando Gotham em uma mistura de Cuba com Líbia do hemisfério norte.
Nos momentos finais, o filme ainda traz uma reviravolta ao estilo “aquele personagem não é o que você pensava que era”. No fim das contas, “Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge” funciona lindamente como um fechamento da trilogia, mas não sem antes trazer elementos que deixem o espectador com aquela “pulga atrás da orelha” com a possibilidade de continuações – afinal, Nolan precisava agradar os executivos, mesmo dando a certeza de que não voltará a dirigir filmes do Batman.
Com a retumbante trilha sonora de Hans Zimmer, o longa serve para solidificar a maneira realista e sombria de se fazer adaptações de quadrinhos, que diferencia a DC/Warner da Marvel/Disney, e deve se repetir com o Super-Homem.

Nota: 04 Claquetes
