Irã proíbe atrizes de se vestirem diferente fora do país
Como se não bastasse proibir filmes com frango, o Irã também tomou mais uma atitude nada democrática.
O procurador geral do Irã, Gholam Hossein Mohseni-Ejei, sem citar nomes, afirmou que as mulheres que viajarem para fora do país a fim de concorrer a prêmios, e não utilizarem a hijab (roupa islâmica para mulheres), serão banidas de sair do país novamente.
A atitude é certamente reflexo dos questionamentos recentes acerca da atriz Leila Hatami, do filme “A Separação”, que foi ao Festival de Cannes, onde apareceu vestindo um longo vestido e um pano cobrindo a cabeça, mas com o pescoço à mostra e maquiagem forte. Ela também foi criticada por “apertar a mão de homens”.
O pronunciamento apenas corrobora as atitudes extremas do governo do país, cujo cinema tem produzido filmes cada vez melhores. A atriz Fatameh Motamed-Arya foi proibida de sair do país logo após aparecer no Festival de Cannes de 2010 com as pernas à mostra. A atriz Golshifteh Farahani fez algo ainda maior: após voltar a poder sair do país, a atriz posou nua para a revista francesa Madame Le Figaro, como protesto contra o regime iraniano. Após isso, o governo iraniano anunciou que ela não é mais bem-vinda por lá, fazendo exatamente o oposto: proibindo-a de entrar no seu próprio país.
Fonte: The Telegraph