Bombardeio de imagens

É compreensível que as distribuidoras querem fazer o público desejar ver o filme nos cinemas. Causar expectativa no público é algo importante e, diga-se de passagem, o cinema brasileiro ainda sabe fazer pouco.
Os grandes estúdios de Hollywood gastam em marketing quase a mesma quantia gasta na produção. Pesquisadores japoneses chegaram a uma fórmula matemática que calcula as melhores bilheterias como as que fizeram marketing mais próximo da data de lançamento.
No afã de encantar os olhos do público, os grandes estúdios estão liberando para a imprensa cada vez mais cartazes, fotos e vídeos dos mais diversos tipos, na tentativa de conquistar o público e conquistar bilheteria.
Mas parece que as distribuidoras estão exagerando muito. A quantidade de cartazes, banners, fotos, vídeos, making of, clipes e todo tipo possível de divulgação dos filmes chega a cansar o público. Embora isso também movimente o mercado de notícias de cinema em sites especializados, o excesso de imagens chega a saturar o público e, quando o resultado não é bom, isso causa ainda mais males: afinal, o excesso de expectativa é sempre ruim quando o resultado é menos que o esperado.

Enquanto isso, seremos obrigados a ver herois dos cinemas em milhões de imagens espalhadas por aí, obrigando-nos a assistir ao fim do filme na sala escura, já que quase metade estará disponível na rede.