Crítica: A Era do Gelo 4
Em muitas sequências de animação, os personagens e as tramas acabam perdendo fôlego por volta do terceiro filme. Mas “A Era do Gelo 4”, quarta aventura – obviamente – da série com animais pré-históricos da Blue Sky, mantém o fôlego do primeiro filme.
Em uma aventura nada cansativa e cheia de piadas, o espectador acompanha Sid, Diego e Manny em uma aventura pelos mares em navios-icebergs em busca do reencontro com a família de Manny, separada após um dos derretimentos frequentes da época em que a história se passa.
O filme apresenta conceitos absurdos – e divertidos – da formação de continentes e outras paisagens famosas, todas elas influenciadas pelo famoso esquilo Scrat e sua incansável busca por uma noz.
Como já imaginávamos, “A Era do Gelo 4” termina com possibilidades de continuação, e sempre mostra a migração dos animais em busca de terras mais quentes e menos inóspitas que as novas formações rochosas do planeta, e eu imagino que o “verdadeiro fim” de tais animais não seja mostrado nos eventuais próximos filmes, para não traumatizar as crianças.
Apesar de muitos personagens novos que trazem um pouco de frescor à trama, com destaque para a avó de Sid, o filme falha em dedicar tanto tempo à trama “água com açúcar” de Amora, filha de Manny.
As diversas referências a filmes e “clichês típicos” vão do divertido esquilo com um rosto ao estilo “Coração Valente”, à relação nada imaginativa de Manny com sua filha (típica de dramas-família).
Sem criar a sensação de perigo verdadeiro, como é de se esperar em um filme-família, “A Era do Gelo 4” traz diversão, aprofundamento nos personagens já conhecidos do público, cenas divertidas e um desenrolar da trama muitas vezes surreal, mas não por isso menos crível no mundo criado pela equipe de Carlos Saldanha.
Nota: 04 claquetes