Crítica: Tudo Pelo Poder


O filme conta com uma trama política cheia de artimanhas orquestradas como em um complexo jogo de xadrez. Peões, reis, torres e bispos não medem esforços para dar um xeque-mate. Para total aproveitamento, nada como atuações impactantes, e Hoffman, Clooney, Gosling e Paul Giamatti desenvolvem tão bem os personagens que nos fazem crer ser o melhor elenco para o filme. O drama vivido pela bela estagiária Molly (Evan Rachel Wood) acrescenta ainda mais elementos para aumentar a tensão.
A direção de Clooney ainda permite algumas sutilezas: a imagem do candidato Morris em sua foto de campanha é extremamente parecida com a de Obama, tal qual sua candidatura. Mesmo sendo quase responsável por uma morte importante, Stephen continua em sua luta pelo poder conquistado por suas inteligentes artimanhas, mostrando como é frio e ganancioso. Paul, após sofrer a demissão, não se mostra totalmente desapontado, mostrando como entende os meandros da política, onde atua há tanto tempo.
Corajoso por mostrar detalhes da política americana, “Tudo Pelo Poder” se une a “Boa Noite e Boa Sorte” para comprovar como George Clooney é um ótimo diretor de filmes de caráter político, e ainda nos brinda com mais uma denúncia de como funcionam as campanhas políticas… embora não mude muita coisa.
Nota: 05 Claquetes

