Crítica: J. Edgar
Neste filme de Clint Eastwood, que contou com as presenças de Leonardo DiCaprio, Naomi Watts, Armie Hammer e Josh Lucas, vemos a história profissional de um homem ser contada do início ao fim.
O filme se chama “J. Edgar”, nome do personagem principal, e figura de um dos homens mais enigmáticos do século XX: John Edgar Hoover, interpretado por Leonardo DiCaprio. Edgar era um dos principais responsáveis pela criação do FBI e seu homem forte por 48 anos, ele foi temido e admirado por várias décadas, mas em sua vida pessoal mantinha segredos grandes o bastante para acabar com sua reputação e sua carreira.
O filme é biográfico e tem muitos eventos reais sendo destacados nele, afinal, J. Edgar ficou no cargo de diretor do FBI por 48 anos e conheceu inúmeros casos envolvendo presidentes e conspirações contra os EUA. Um dos elementos que se destaca no filme é a educação rígida que Edgar teve de sua mãe, uma católica fervenha que colocava crenças e ideias acima de qualquer coisa. Além disso, vemos também o pulso forte como o Diretor do FBI teve de lidar com situações de bastante pressão e desconfiança.
John Edgar Hoover era conhecido por manter arquivos secretos de presidentes e pessoas influentes para se manter no cargo, criando assim uma situação de ameaça, tornando-se quase intocável. Clint Eastwood retrata isso com muita maestria no filme e mostra que antes de pensar em cobiça ou poder, Edgar era um paixonado pelo trabalho, e tinha nele seu pilar para o crescimento pessoal.
Eastwood, como de costume, foca muito bem na história e no roteiro. “J. Edgar” é um filme que conta a história do homem por trás do FBI de uma maneira muito dinâmica, isto é, Clint buscou mesclar os dramas vividos por Edgar tanto no passado quanto no presente. O filme tem uma direção segura e nos faz entender muito sobre a própria cultura americana, que tem, por si só, uma certe tendência para o pânico.
O filme já foi indicado este ano ao Globo de Ouro na categoria Melhor Ator, com Leonardo DiCaprio, que realmente merece uma atenção especial. DiCaprio, conduz o personagem com uma grandeza muito nobre. É um ator que amadureceu muito nos últimos anos e tem se reinventado a cada longa.
Não diria que este é o melhor filme de Clint Eastwood, porém não é o pior. Sem dúvida o filme retrata de forma muito clara a imagem do personagem, porém deixa um pouco a desejar nas fotografias e no climax, pois, ao tentar contar uma história de um John Edgar Hoover mais velho e um mais novo em paralelo, o filme acaba perdendo o timing do climax em alguns momentos, ou seja, não passa para o espectador o sendo de “urgência” que os prende a tela.
Confira o trailer de “J. Edgar”:
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Nota: 3 Claquetes