Pedágio faz estreia europeia em San Sebastián
Cinema Nacional

Pedágio, de Carolina Markowicz, faz estreia europeia em San Sebastián

Segundo longa-metragem da carreira de Carolina Markowicz, o ainda inédito PEDÁGIO terá sua première europeia no prestigiado Festival de Cinema de San Sebastián (22 a 30 de setembro). A cineasta retorna ao evento espanhol, na mostra Horizontes Latinos, um ano após apresentar seu filme de estreia “Carvão”, com o qual conquistou diversos prêmios no Festival do Rio e percorreu uma série de outros festivais pelo mundo, como o Toronto Film Festival e o Fipresci, em Toulouse. Antes de ser finalizado, o projeto participou de relevantes laboratórios de apoio ao desenvolvimento audiovisual, como o Tribeca All Access, Torino Film Lab e Berlinale Coproduction Market.

Estrelado por Maeve Jinkings e Kauan Alvarenga, o novo projeto – escrito e dirigido por Carolina – tem produção da Biônica Filmes e O Som e a Fúria, com coprodução da Globo Filmes e Paramount Pictures. A distribuição é da Paris Filmes. A produção conta a história de uma atendente de pedágio que, inconformada com a orientação sexual do filho, comete delitos na tentativa de financiar uma cura para a sua “doença”.

De acordo com a diretora, o longa-metragem é “um drama permeado por humor ácido”, além de ser um retrato da opressão e violência sofrida pela população LGBTQIA+ diante das incoerências e atrocidades promovidas por alguns setores da sociedade, de forma mais explícita nos últimos anos.

“Em pleno 2023 com todos adventos e tecnologias e avanços, chega a ser chocante a preocupação com quem o outro se relaciona sexualmente. O fosso conservador que vivemos nos últimos tempos serviu para deixar bem à vontade cada indivíduo que se achasse no direito de proferir críticas e até agressões à população LGBTQIA+”, analisa Carolina. “Além da violência, há práticas absurdas e patéticas, como as retratadas pelo filme, que parecem ser ficção, mas estão muito próximas à realidade surreal do brasileiro LGBT, gerando sequelas físicas e emocionais irreparáveis.”

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