Crítica: A Suprema Felicidade
No final de 2010, Arnaldo Jabor lançou seu primeiro filme depois de Eu Sei que Vou te Amar (1986). Tratava-se de A Suprema Felicidade, notíciada aqui no Cinem(ação).
O filme é um drama que mostra um Rio de Janeiro nos anos 50 e conta a história dos 8 aos 20 anos de Paulo. Que cresce em torno da festa pelo fim da 2ª Guerra Mundial até a época de ouro carioca. Paulo se aproxima se seu avô boêmio que o leva para a vida noturna, e acaba o ajudando a entender um pouco mais sobre a vida em geral.
Suprema Felicidade não foi muito bem aceito pela crítica em geral, e recebeu como nota máxima um 8 para muitos críticos. Porém trata-se de um filme cotidiano, que retrata a vida carioca em uma época onde a cidade ainda podia prover de forma tranquilo e sedutora um entretenimento puro. Além disso Jabor faz uma viagem no tempo, e traz no roteiro a mesma coerência e clareza de informações como em seus textos habituais. Questões como prostituição, cultura nacional, gripe espanhola, iniciação sexual, são abordadas de forma muito informativa.
O grande ponto forte do filme é sua fotografia e principalmente a Trilha Sonora, que da um toque todo romantizado ao filme. O filme é todo pautado no talento dos atores, podemos dizer que é um filme para atores, pois o elenco ajudou muito, Marco Nanini por exemplo, é o que mais chama atenção, com uma atuação segura, talentosíssima como o ator que é, Nanini conduz o personagem de uma forma muito relevante e rouba a cena.
Suprema Felicidade realmente não é uma obra-prima, e em vários momentos é bastante cansativo. Por isso também é um filme que não caiu no no gosto do grande público, porém foi bem assimilado pelas pessoas que gostam de filmes mais intelectualizados e lineares, prova disso é que alcançou uma bilheteria de apenas 173.800.
Arnaldo Jabor dirigiu e escreveu o filme, e contou com Maria Luisa Mendonça, Marco Nanini, João Miguel, Maria Flor, Dan Stulbach e Mariana Lima.
Confira o Trailer abaixo:
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Nota: 2 Claquetes
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Sobre o autor
Rafael Arinelli
Designer, empresário, roteirista, produtor e podcaster. Graduado em Comunicação Social e pós-graduado em Design Estratégico pela ESPM-SP. Possui uma empresa de design e marketing digital chamada ISSOaí. Criou o Cinem(ação) em 2010 como um blog e começou a apresentar o podcast em 2012, assumindo as funções de editor e produtor. Atua como produtor de vídeos, tendo ganhado um prêmio internacional em 2023 com o curta-metragem: “Dragged Holidays“.
