Crítica – Pixels
Trinta anos após os humanos enviarem um vídeo para o espaço, onde mostram todos jogando vídeo games, os extraterrestres decidem atacar a Terra. Eles entenderam a mensagem como uma ameaça, e atacam o nosso planeta com os vídeo games exibidos no vídeo. E aí está a parte mais interessante do filme: a lembrança dos jogos mais clássicos de vídeo game, como Pac-Man, Donkey Kong, Space Invaders, Tetris e outros.
A idéia de antigos personagens de jogos representando extraterrestres atacando a Terra é brilhante. Uma pena que o desenvolvimento não seja tão bom assim. Parece que houve a necessidade de encaixar o complemento clichê aqui. Aqueles meninos nerds da década de 80 já estão crescidos, e o protagonista Sam Brenner, interpretado por Adam Sandler, tornou-se um instalador de TV, um emprego considerado de pessoas losers. Temos o típico elemento de que os nerds continuam sendo os fracassados e excluídos da sociedade. Com exceção do melhor amigo do protagonista, William Cooper, que se torna o presidente dos EUA (interpretado por Kevin James). Aliás, é Cooper quem pede a ajuda de Brenner quando descobre sobre a estranha invasão.
Posso confessar que só o fato de o filme contar com Adam Sandler como ator e produtor já me deixa com um olhar mais crítico. O ator conhecido por suas comédias características não surpreende nesse novo longa, que acaba sendo como todos os outros filmes que Sandler atua, com um enredo sem sentido e um final com uma mensagem motivadora. Inclusive, com Sandler no longa, já nos preparamos para o fato de não ser um grande filme e não criamos expectativas. Com esse pensamento, é até possível aproveitar mais ao assisti-lo.
Chris Columbus dirigiu “Pixels” (2015) e também participou da produção. Talvez isso tenha auxiliado o longa a não ficar tão batido. Outro grande chamativo do filme é a participação de Peter Dinklage (Tyrion, Game of Thrones). Sem dúvidas ele conseguiu grande publicidade para o filme, devido a essa época em que todo fã de Game of Thrones considera Tyrion um de seus personagens favoritos. Em “Pixles” ele interpreta o rival de Brenner, Eddie Plant, um campeão em Donkey Kong.
Não espere um grande desenvolvimento da história. Os efeitos são legais, os espectadores (pelo menos os mais velhos) sentem aquela nostalgia dos vídeo games antigos, e o filme promete algumas cenas engraçadas. Mas o enredo é simples, Sandler é Sandler e atua com as mesmas expressões de sempre (algumas pessoas consideram isso bom, outras consideram irritante, vai do gosto de cada um), várias piadas são exageradas e o final não chega nem perto de ser dos melhores. É um filme nerd? Não. É um filme divertido? Sim. Se você está procurando isso, vale a pena dar uma olhada.