Crítica: O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro
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Crítica: O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro

espetacular-homem-aranha-2_poster-brasileiroEmbora o primeiro filme da franquia “O Espetacular Homem-Aranha” tenha tido suas falhas, foi feliz em reinventar a trama de Peter Parker corrigindo os “erros” de adaptação dos quadrinhos. É claro que todos nós sabemos que esta nova franquia, iniciada em 2012 (cinco anos após a primeira franquia terminar), foi feita apenas para que a Sony/Columbia mantenha os direitos dos personagens e não precise devolvê-los à Marvel. Mesmo assim, é interessante analisar a pensar a maneira como o diretor Marc Webb está desenvolvendo sua leitura do universo Ultimate dos quadrinhos.

Se o primeiro filme trazia um ar de “mais do mesmo”, já que era obrigado a repetir elementos do primeiro filme da franquia anterior, desta vez isso não acontece. Podemos ver Peter Parker tendo uma relação diferente com sua tia May; brigando com Gwen Stacy porque precisa deixá-la para que ela não fique vulnerável (e para respeitar a promessa ao pai da garota); e tentando salvar os nova-iorquinos dos problemas diários.

Eficiente não apenas em mostrar todos os elementos necessários para que os obstáculos do herói sejam orgânicos, o filme também consegue extrair momentos engraçados e dramáticos graças ao bom texto (mesmo que algumas vezes repetitivo) e às atuações. Enquanto Andrew Garfield atua como o melhor Peter Parker dos cinemas (sabemos que ele era mais “nerd” nos quadrinhos, mas seu comportamento combina com o longa) e em ótima química com a sempre linda e carismática Emma Stone (por motivos óbvios), não podemos deixar de elogiar a profundidade de Electro e do Duende Verde oriunda respectivamente de Jamie Foxx e Dane DeHaan, além da atuação de Sally Field, sempre excelente.

espetacularhomemaranha1O que “O Espetacular Homem-Aranha 2” (e seu subtítulo brasileiro desnecessário) tem de interessante é que tudo o que é essencial para seu propósito funciona muito bem. Os vilões tem motivações minimamente aceitáveis e aparecem em momentos corretos (mesmo que nos últimos minutos pós-clímax), os personagens principais são muito bem orquestrados e o tom de aventura do filme se mantém durante toda a projeção, com oscilações bastante orgânicas, como o drama de Max Dillon e Harry Osborn, por exemplo.

No que diz respeito à jornada do herói Peter Parker, a trama deste segundo filme faz bem em adicionar elementos que podem enriquecer o personagem no próximo capítulo. Ao mesmo tempo em que ele conhece mais sobre seu passado e as motivações de seu pai, Peter também descobre uma informação que reforça sua condição de “herói predestinado” e de fonte de seus próprios problemas, já que boa parte de seus obstáculos se origina de suas próprias ações, de certa forma.

espetacularhomemaranha3Assim, “O Espetacular Homem-Aranha 2” consegue ser um bom filme, eficiente em sua proposta, e ainda empolga por prometer acontecimentos interessantes em suas continuações (o terceiro e quarto filmes serão lançados em 2016 e 2018). Já que é para a Sony ter seu direito aos caça-níqueis do mundo dos super-heróis, que seja com filmes bons.

 

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