Crítica: 300 – A Ascensão do Império

Diferente das continuações e pré-continuações (prequels) que recheiam Hollywood, este filme ao menos faz algo raro: um filme que se passa ao mesmo tempo que o anterior. Em vez de ser focado na batalha dos 300 soldados espartanos que se juntaram a Leônidas, o filme se volta a Temístocles (Sullivan Stapleton), que se vê em meio a batalhas marítimas contra Artemísia (Eva Green), a comandante naval do deus-rei Xerxes (Rodrigo Santoro).
Se o diretor Noam Murro mantém a qualidade que Zack Snyder (apenas roteirista, desta vez) imprimiu no filme anterior, o mesmo não pode ser dito sobre o próprio Snyder, que teve alguns tombos ao longo do roteiro.
As flechas que voam pelos céus da Grécia Antiga e fictícia formam belas imagens, assim como os remos que refletem na água. Embora uma luz amarelada insista em causar alguns incômodos, provavelmente de forma a disfarçar as imperfeições de um mundo inteiro criado em CGI, há de se valorizar algumas escolhas do diretor, como a câmera em primeira pessoa em alguns momentos. O excesso de câmera lenta incomoda em alguns momentos, mas já era esperado.

Preocupado em abrir possibilidades para o personagem Xerxes (possivelmente de olho em mais uma continuação), o roteiro parece incompleto por simplesmente se esquecer de ao menos sugerir a reação do personagem de Santoro ao que acontece durante a guerra.
Ao menos Snyder ousa novamente em repetir o que já fez em “300” e “Watchmen”: uma cena de sexo mais ousada que o normal nos típicos blockbusters.
