Crítica: Os Candidatos

A comédia estrelada por Will Ferrell e Zach Galifianakis, intitulada “Os Candidatos”, chegou aos cinemas no dia 19 de Outubro de 2012 e trazia em seu enredo uma história onde colocaria a disputa eleitoral de dois candidatos muito loucos em busca da tão sonhada vaga no congresso.

Cam Brady (Will) já é experiente, conhece bem suas estratégias e não tem adversário, isto lhe proporciona uma auto-confiança gigantesca, porém, quando resolve se candidatar para mais um mandato e vê sua vitória certa, Cam é surpreendido pelo inexperiente Marty Huggins (Zach), que acaba entrando para a política para tentar agradar seu pai, que além de ex-político, também tem interesse em negócios na região. Porém, tanto Cam quanto Marty começam a levar a disputa para um plano que ninguém esperava, e isto gerará reviravoltas e situações completamente inusitadas.

Um dos destaques do filme é sem dúvida o ator Zach Galifianakis, que já é bastante conhecido do públic0 por “Se Beber não Case”. Galifianakis começou na televisão em 1996 e por isso podemos até dizer que é uma novidade no mercado, mesmo porque ele começou a  chamar a atenção quando entrou para a produção de Saturday Night Live como escritor e saiu apenas duas semanas depois para ir atrás do seu verdadeiro sonho, o cinema. O ator é a obra de arte do filme. Além de ser muito divertido e ter uma atuação muito mais presencial que Will Ferrell, o personagem de Zach também lhe da abertura para demostrar algumas de suas principais características, como por exemplo em sua primeira cena, onde o personagem vem andando em direção a sua loja no centro da cidade, ali já é possível observar várias características do personagem, como seu jeito sensível, sua atenção com o próximo, sua vontade de fazer tudo certo, e sua ingenuidade. No caso de Will Ferrell, o ator mantém o nível de sua atuação, sem grandes surpresas. O personagem é montado para o ator, tem grande auto-estima, é reconhecido, rico e arrogante, ou seja, completamente oposto a Zach.

A ideia central do filme é impor um embate sobre eleições, candidatos e políticos, mostrando tudo com sarcasmo e muita sátira. Esta ideia, para uma comédia, é muito bem trabalhada, porque conta com o elemento do exagero como principal ingrediente do fiilme, como na cena em que o personagem Cam Brady (Will) corre em direção a um bebê em disputa com Marty, e em meio a empurrões e agarrões, e culmina em um soco acidental na cara da criança, ou seja, o contra-ponto da imagem dos políticos beijando bebês.

Além destes elementos do exagero, o filme também explora um pouco dos “políticos de fachadas” que acabam se colocando como candidatos para ajudar um grupo de empresários a conseguir algum tipo de negócio. Mais uma vez, o filme trata com exagero, pois exemplifica este grupo de empresários como dois irmãos que não se desgrudam e praticamente se completam que são interpretados por Dan Aykroyd e John Lithgow.

O filme não é um primor de comédia, pois estes exageros acabam cansando em alguns momentos, como em reações de personagens ou até em suas características. Neste caso, Will Ferrell vira o centro das atenções. O seu personagem ganha ao decorrer do filme um certo nível de stress, que não é perceptível para o público até que seja dito verbalmente. Pois obviamente temos ali uma situação conflituosa, mas de certa forma, normal, como no caso de quando sua mulher vai embora porque acha que ele perderá as eleições. São tantas caras e bocas que o ator coloca em cena, que percebemos que o personagem está estressado e magoado, mas parece ser parte de algo que ele já esta acostumado.

Enfim, “Os Candidatos” é dirigido por Jay Roach, mesmo diretor de “Entrando Numa Fria Maior Ainda com a Família” e “Um Jantar para Idiotas”.

O elenco conta com nomes como Jason Sudeikis, Dylan McDermott, John Lithgow, Dan Aykroyd, Brian Cox e Jack McBrayer.

Confira o trailer de “Os Candidatos”:

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Nota: 3 Claquetes