A importância do cinema: faturamento de shoppings cresce 10,3%

O faturamento do Varejo em shoppings no Brasil cresceu 10,3% após o lançamento do filme “Divertida Mente 2”, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). A comparação foi feita entre os primeiros dias de exibição (20 a 23 de julho) da película e período similar de 2023.

O principal destaque foi o setor de Alimentação (Bares e Restaurantes), com alta de 22,2%. Na sequência, estão Varejo Alimentício Especializado (+16,9%) e Recreação e Lazer (+16,6%).

Em sua primeira semana nos cinemas brasileiros, 4,5 milhões de pessoas já assistiram ao filme nas salas do país. No mundo todo, a esta altura, o filme da Pixar já ultrapassou US$ 1 bilhão em bilheteria.

A importância do cinema e da diversidade

É importante ponderar algumas coisas com base em acontecimentos recentes, como ocorreu dois meses atrás. Entre os dias 25 e 28 de abril de 2024, o faturamento das salas ao redor do Brasil foi de R$ 15,6 milhões, queda de 20,8% sobre o fim de semana anterior e uma das piores bilheterias do ano. O motivo para isso foi basicamente a falta de grandes estreias estadunidenses nas salas, algo que decorre da crise enfrentada por Hollywood, e ainda considerada resquício das greves ocorridas ao longo do último ano. Isso significa uma coisa básica: o faturamento dos cinemas no Brasil é muito dependente da produção de Hollywood. Consequentemente, o consumo dos bares e restaurantes tende a seguir nessa queda.

Isso só reforça como é importante que as salas de cinema sejam menos dependentes de um único mercado, abrindo suas portas para a diversidade de origens de filmes.

Em janeiro deste ano, por exemplo, a venda de ingressos nas salas de cinema do Brasil foi de 8,56 milhões, totalizando R$ 172,7 milhões de faturamento. Os números representaram uma queda de 6,4% do público e também foram reflexo dos atrasos de estreias em função das greves em Hollywood, mas poderiam ter sido muito piores: foi o cinema nacional que salvou as salas exibidoras. Em janeiro de 2024, 2,62 milhões de ingressos foram vendidos para filmes brasileiros, número que representou 30,6 de market share e um aumento de 2198% (sim, mais de dois mil por cento) na bilheteria de filmes brasileiros.

Se não fosse a presença de filmes como “Minha Irmã e Eu”, “Nosso Lar 2”, “Mamonas Assassinas” e “Turma da Mônica Jovem”, o mercado exibidor teria entrado em apuros, mesmo com o sucesso razoável de filmes gringos como “Patos”, “Wish” e “Aquaman 2”.