“Ursinho Pooh: Sangue e Mel” chega aos cinemas pela California Filmes em 10/8
Terror de Rhys Frake-Waterfield traz uma história assustadora protagonizada por personagem clássico da literatura infantil
O mais famoso urso da literatura infantil ganha uma roupagem de terror no novo filme de Rhys Frake-Waterfield. Ursinho Pooh: Sangue e Mel chega aos cinemas brasileiros em 10 de agosto, com distribuição da California Filmes.
Criado por A. A. Milne, o personagem entrou em domínio público no ano passado e essa é a primeira adaptação que leva o público aos cantos mais sombrios da mente do urso que, revoltado após ser abandonado por seu amigo Christopher, que foi para a faculdade, se une ao porquinho Piglet para matar qualquer pessoa que se aproxime do Bosque dos Cem Acres.
O inglês Frake-Waterfield é um especialista em filmes de terror, mas foi só com Ursinho Pooh: Sangue e Mel que seu trabalho começou a ser mais conhecido. Ele conta, em entrevista, que a ideia aqui era fazer um filme que contrastasse com a concepção mais comum, como todos imaginam Pooh e seus amigos, como animais divertidos e fofinhos.
“Quando perguntávamos às pessoas se queriam ver um filme de terror com o Pooh, nove entre dez diziam que sim, e daí imaginamos que havia um público para esse tema. Depois encontrei uma máscara de um urso, na internet, e ela era assustadora, e assim fizemos a roupa do personagem em torno dela”, explica.
O principal tema do filme é o abandono. Quando Pooh e seus amigos são deixados por Christopher, sem ter ninguém para cuidar deles, acabam enlouquecendo e devorando o burrinho Ió, e, depois, com sede de sangue, atacam qualquer um que se aproxime.
Depois que as primeiras imagens do filme começaram a circular na internet, o filme viralizou e se tornou o terror mais esperado do ano, especialmente por trazer essa reviravolta macabra à ideia do personagem querido por muita gente desde a infância.
“Ao viralizar e todos ficaram sabendo, meu e-mail se dividiu entre dois tipos de pessoas. Metade adorou e me disse que era a melhor coisa do mundo. Eles estavam obcecados com isso, e alguns estavam fazendo cosplay dos personagens. A outra metade odiava e se sentia como ‘eu sou o diabo’, ‘eu sou o puro mal’ e estou destruindo muitas memórias da infância”, diverte-se relembrando.