Cinema movido a energia solar viaja por cidades brasileiras
Projeto conscientiza pessoas sobre a necessidade de ter fontes renováveis
É de conhecimento do mundo inteiro a necessidade de algumas mudanças para podermos preservar a vida no planeta terra. Um dos principais assuntos envolve o clima. Empresas de iniciativa privada, juntamente com governos, precisam ter políticas de desenvolvimento e implementação de tecnologias para minimizar diversos impactos.
Por isso, a energia solar é algo que pode ser fundamental para a sociedade e uma das melhores saídas. Em alguns países, é possível utilizá-la ao invés de hidrelétricas para fornecer energia para as residências. Algo muito importante, diante de diversas crises hídricas enfrentadas pelo mundo, não é?
Além disso, nos países europeus é muito comum utilizarem o gás como principal fonte de energia, o fornecimento do componente, por exemplo, foi muito afetado depois que a guerra na Ucrânia se iniciou há mais de um ano, em que governos sofrem com a crise de abastecimento iniciada.
Então, a tendência é de que a energia solar se popularize cada vez mais. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar (ABSOLAR), esse modelo de geração de eletricidade tornou-se a segunda maior fonte aqui no país em 2022. Em menos de um ano, houve um crescimento de 84%.
E para representar essa alta, ainda mais, surgiu o primeiro cinema itinerante do Brasil, movido a energia fotovoltaica. O projeto CineSolar, realizou a primeira sessão no início de março, em Campinas, no interior de São Paulo. O filme “Raya e o Último Dragão” foi exibido de graça. Quem foi ainda aproveitou a distribuição gratuita de pipoca e pode conhecer o furgão que se transforma em estação de ciências, arte, tecnologia e sustentabilidade.
O veículo tem placas fotovoltaicas instaladas no teto e é responsável por carregar todo o cinema. Ao todo, são 110 cadeiras e banquetas. Tudo isso conta com um sistema de armazenamento e conversão de energia para o bom funcionamento do som e projeção por até 20 horas.
De acordo com a idealizadora do projeto, Cynthia Alario, o objetivo é contribuir cada vez mais com a democratização cultural. Ela lançou o CineSolar em 2013 e já passou por mais de 450 cidades e exibiu 200 filmes. Tudo isso só foi possível graças ao financiamento solar, que tem aumentando no Brasil, como foi citado anteriormente.
Ainda segundo Cynthia, em vários municípios há uma escassez muito grande de equipamentos culturais e, principalmente, de acesso às energias renováveis. Com o andamento desse projeto, ela consegue sensibilizar e conscientizar as pessoas sobre a necessidade de evoluirmos com essas tecnologias. Além disso, há uma aproximação cultural muito interessante.