Comédia “Abestalhados 2” estreia 29/10 “antes do 1”
Quem não se lembra do primeiro “Abestalhados”? Grande sucesso de bilheteria nacional, amado pela crítica, e adorado pelo público. A sequência seria inevitável, afinal era o que todos pediam. Acontece que este longa nunca existiu. Mas franquia bem-sucedida começa logo pelo 2o filme da série. As piadas em ABESTALHADOS 2 já estão logo no título, que brinca com o cinema com sagacidade e muito bom humor. Dirigido por Marcos Jorge (“Estômago”) e Marcelo Botta (“Adnet Viaja”), com produção da Zencrane Filmes, coprodução da Salvatore Filmes, e coprodução e distribuição da Buena Vista International, o longa chega aos cinemas brasileiros em 27 de outubro.
Anárquico e divertido, ABESTALHADOS 2 acompanha as aventuras e batalhas de uma pequena produtora nacional, Mother Fake, tentando fazer um blockbuster: “Acelerados 2”.
O primeiro também nunca existiu pois, acreditam eles, o primeiro filme só serve para preparar o sucesso das sequências, então, é melhor fazer direto o segundo.
Paulinho Serra interpreta o diretor Paulo Carmo, um sonhador, que faz de tudo para terminar seu filme. Manuel Oliveira (Raul Chequer) é o roteirista intelectual que não quer se vender às exigências do mercado. Leandro Ramos faz Eric Rios, diretor de produção e técnico de som, na verdade, um faz tudo, que está sempre preocupado com a falta de dinheiro. E, por fim, há o diretor de fotografia Alex Balas (Felipe Torres), um sujeito de bom coração mas ingênuo, repleto de talento que sabe filmar um noir como ninguém.
E há também o filme-dentro-do-filme. “Acelerados 2” é uma superprodução do cinema nacional, combinando algumas das maiores tendências da atualidade: filme de super-herói com filme policial e de favela. Um projeto caríssimo, cujo orçamento acaba com eles tendo filmado somente a primeira sequência, e tem no elenco Alexandre Rodrigues, José Loreto, Wanderlei Silva e Wellington Muniz, o Ceará.
Marcos Jorge, que além de diretor também é um dos roteiristas, diz que uma das coisas que mais o atraíram em ABESTALHADOS 2 foi a possibilidade de homenagear comediantes brasileiros de várias gerações. “Tínhamos, já no roteiro, uma boa quantidade de personagens e participações especiais. Assim, quando chegou o momento de escolhermos nosso elenco, fomos atrás de figuras carismáticas da comédia brasileira e acabamos reunindo um time realmente incrível, que mistura pessoas de várias idades vindas do teatro, da televisão, do standup e das novas mídias.”
O codiretor Marcelo Botta confessa que a união desses talentos tão variados resultou num filme diferente. “Fazer cinema é uma ciência e fazer comédia, independente da plataforma, é uma outra ciência. Acredito que fizemos um bom uso de ambas, espero que o público goste dessa mistura.”
Ele também explica que a mistura de diversos gêneros foi fundamental para o longa, combinando comédia e ação – tanto em ABESTALHADOS 2, como em “Acelerados 2”. “Não existe coisa melhor pra comédia do que um bom equívoco, um bom erro. E para o filme que nossos personagens estão tentando fazer ter essa cara de “vai dar errado”, o gênero ação parecia ser o mais adequado, já que é muito difícil e muito caro fazer filme de ação. No final das contas, vemos que nossos personagens filmam ação bem demais. As cenas do “filme deles” que vemos dentro do nosso filme são cenas de ação realmente empolgantes.”
A combinação de diversos gêneros, para Jorge, por sua vez, é um reflexo do que é fazer cinema. “Eu diria que fazer cinema é uma mistura de aventura, drama e comédia em qualquer lugar do mundo. E que no Brasil, às vezes, o aspecto dramático desta profissão suplanta os outros dois. De qualquer maneira, como eu digo sempre e o Paulo Carmo repete, fazer cinema é um privilégio e você tem que fazer por merecê-lo, agradando ao seu público com histórias interessantes. É o que buscamos neste filme.”
Além de Jorge e Botta, o roteiro também conta com Pedro Leite (“Choque de Cultura”) e Gabriel Di Giacomo (“Marcha Cega”). A produção é assinada por Cláudia da Natividade. A equipe criativa do filme traz Rhebling Junior, diretor de fotografia especializado em cenas de ação; Claudia Terçarolli (“Gosto se discute”), na direção de arte; Joaquim Moreno, na direção de efeitos visuais; e o maestro Ruriá Duprat assina a trilha sonora.