Por que Denis Villeneuve é o melhor diretor da atualidade?
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Por que Denis Villeneuve é o melhor diretor da atualidade?

O canadense Denis Villeneuve, que com 54 anos de idade e 22 anos de carreira, conta com mais de dezoito obras, sendo elas longas-metragens, curtas e documentários em seu currículo, pode ser, SIM, considerado um dos maiores cineastas da atualidade – e ouso dizer que de todos os tempos.

Além de diretor, Villeneuve é roteirista e produtor de muitos de seus filmes, como em seu mais recente longa lançado em 2021, Duna, em que exerceu as duas atividades de direção e produção.

Em sua atividade com a direção, realizou longas aclamados pela crítica especializada, como: Os Suspeitos (2013), indicado a Melhor Fotografia no Oscar; A Chegada (2016), indicado a oito categorias do Oscar, entre elas de Melhor Filme; Blade Runner 2049 (2017), sequência do icónico Blade Runner da década de 80 de Ridley Scott, que levou para casa um Oscar de Melhor Fotografia.  

Mas saindo um pouco do apanhado geral de Denis Villeneuve em sua carreira extensa e significativa na sétima arte, gostaria de me aprofundar em por que a sua linguagem cinematográfica pode ser considerada ímpar e extremamente ousada.

Isso porque o diretor canadense consegue levar o espectador a vivenciar uma narrativa sofisticada de um cinema de arte, com uma mescla melodramática, que consegue também cativar o grande público e adicionar o gênero ficção dentro desta realidade fílmica.

A Chegada, de 2016, é um exemplo perfeito disso: o filme consegue trazer em sua narrativa, o mais alto nível de uma linguagem sofisticada, não só pelo enredo ficcional em que somos encaminhados às tentativas de uma professora (Amy Adams) a decifrar uma língua de ETs nunca antes vistos na Terra, como também pelo ritmo do filme mais lento- planos gerais com panorâmicas lentas ou planos gerais fixos em profundidade de campo-, e com características estéticas sombrias.

Porém, é neste tipo de exemplo que a genialidade de Villeneuve se sobressai: ele consegue levar o grande público ao delírio, mesmo com uma pegada mais artística que se opõe ao ritmo Hollywoodiano, em longas como A Chegada. E muito disso se deve a atmosfera criada pelo próprio diretor, ao investir em elementos clássicos como o amor, a morte ou a amizade, envoltos dentro das relações humanas dos protagonistas.

Caso este também visto em Blade Runner 2049, que, em minha modesta opinião é a maior obra já realizada do diretor, e pessoalmente acredito que tenha superado a de Ridley Scott. O longa pode ser visto como uma ficção científica sobre androides e humanos, mas consegue ir muito além ao abordar as relações entre ambos, chegando ao ponto de refletirmos, como espectadores, sobre sermos ou não reais dentro de um mundo tecnológico e capitalizado.

ganhar o Oscar - previsão - Blade Runner 2049

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