Everything Everywhere All at Once: o multiverso de uma mãe chinesa
De maneira grandiosa, o longa transforma um tema batido em algo interessante e nunca antes visto
O filme Everything Everywhere All at Once tem conquistado os críticos e os fãs de cinema nos Estados Unidos. De maneira esquisita e também brilhante, o filme aborda a temática de multiversos, muito popular nas histórias em quadrinhos. No entanto, aqui, esse conceito não é explorado para incluir personagens famosos da fantasia. A proposta dos cineastas, os Daniels, é explorar as diferentes realidades e nuances de uma pessoa comum, uma imigrante chinesa que passa dificuldades no trabalho, no casamento e criando sua filha. Confira mais detalhes sobre essa produção a seguir.
O longa é distribuído pela A24, produtora de filmes independentes que vêm conquistando, nos últimos anos, cada vez mais sucesso com seus projetos. Dentre alguns filmes de destaque da empresa, estão Moonlight (vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2017), O Quarto de Jack, Lady Bird, Hereditário e Midsommar. O lançamento oficial do longa foi dia 25 de março nos cinemas norte-americanos, e sua distribuição tem sido ampliada para novas salas aos poucos, conquistando seu espaço. No Brasil, a estreia ainda não possui data prevista.
Everything Everywhere All at Once marca a segunda colaboração para os cinemas de Dan Kwan e Daniel Scheinert, os Daniels, que se conheceram na faculdade e, desde então, buscam desenvolver projetos em conjunto. A dupla é encarregada da direção e do roteiro do filme, o que dá a ele um tom único, pois se interessam por contar histórias estranhas, malucas e inusitadas, como já visto em seu primeiro filme. Em “Um Cadáver para Sobreviver” (2016), estrelado por Paul Dano e Daniel Radcliffe, um homem isolado em uma ilha encontra um cadáver cheio de gases, e, aos poucos, descobre que pode utilizá-lo como uma arma para sair daquele lugar.
No novo lançamento de 2022, a dupla de cineastas explora um conceito muito utilizado nos quadrinhos, o multiverso. Aqui, no entanto, ele não é explorado para justificar a participação de personagens famosos da fantasia ou seus intérpretes do cinema. O conceito é aplicado para contar uma história única, com premissa inovadora, centrada em uma pessoa comum.
Evelyn Wang (Michelle Yeoh) é uma imigrante chinesa vivendo nos Estados Unidos e enfrentando uma série de dificuldades em sua vida familiar e financeira. Evelyn é dona de uma lavanderia com seu marido Waymond Wang (Ke Huy Quan), e eles são pegos por uma fiscal da Receita Federal norte-americana, Deirdre (Jamie Lee Curtis), como tendo declarado seus impostos erroneamente. Além disso, ela passa dificuldades com sua família, seu marido Waymond deseja divorciar-se, sua filha Joy Wang (Stephanie Hsu) deseja apresentar à família sua nova namorada, e seu pai Gong Gong (James Hong) acaba de chegar da China para visitá-los.
Em meio a todo esse caos em sua vida, Evelyn descobre que existe uma entidade que ameaça o mundo e que ela é a única pessoa capaz de detê-la. Tendo a habilidade de transitar entre o multiverso, a protagonista acaba conhecendo outras versões de si mesma, dando a oportunidade perfeita para que Michelle Yeoh e todo o elenco mostrem sua versatilidade e seu talento, com um enredo cheio de reviravoltas e acontecimentos chocantes.
O longa toca em um problema bastante comum na nossa sociedade, que é não conseguir pagar as contas e os impostos corretamente. Assim como Evelyn, muitas pessoas acabam sendo prejudicadas por não terem recebido orientações corretas ou não saberem ir atrás dessas informações, o que pode acarretar em multas, que consomem nossas economias. Uma forma de se precaver e pensar no futuro é realizando investimentos, como em previdência privada, que, além de fazer o dinheiro render, pode ser usado para tomar conta de sua família em um momento de necessidade