Filmes de Maria Augusta Ramos na Netflix!
A premiada diretora e documentarista Maria Augusta Ramos terá cinco dos seus filmes disponíveis na Netflix: “Juízo”, “Justiça”, “Futuro Junho”, “O Processo” e “Morro dos Prazeres”. Os três primeiros já podem ser assistidos na plataforma, os outros dois estreiam em breve no serviço. “Acredito que essa será uma oportunidade importante de fazer com que os filmes cheguem a um público mais amplo e a novas gerações. São filmes que trazem, em seu conjunto, um olhar atento e preocupado para o nosso país e a nossa sociedade. Esses não têm sido tempos fáceis para o Brasil, mas sigo acreditando no cinema como uma ferramenta fundamental de reflexão sobre o passado e construção de futuro”, afirma a diretora.
“O Processo” retrata os bastidores do julgamento que culminou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 31 de agosto de 2016. O longa venceu o prêmio de melhor longa-metragem internacional no Festival Documenta Madri, na Espanha, levou o Prêmio Silvestre e o Prêmio do Público de melhor longa-metragem no Festival Indie Lisboa, em Portugal, e conquistou o de Melhor Longa Metragem na Competição Internacional do Festival Internacional de Documentários Visions du Reel em Nyon, na Suíça.
“Juízo” acompanha a trajetória de jovens com menos de 18 anos de idade diante da lei. Meninas e meninos pobres entre o instante da prisão e o do julgamento por roubo, tráfico e homicídio. Como a identificação de jovens infratores é vedada por lei, no filme eles são representados por jovens não-infratores que vivem em condições sociais similares.
“Justiça” coloca uma câmera onde muitos brasileiros nunca estiveram: um tribunal criminal no Rio de Janeiro, seguindo a rotina diária de vários personagens. Existem aqueles que trabalham lá todos os dias (advogados públicos, juízes e promotores) e aqueles que estão apenas de passagem (o acusado). A câmera é usada como um instrumento que vê o teatro social e as estruturas de poder – o que, em geral, é invisível para nós.
Em “Futuro Junho”, Maria Augusta Ramos continua a radiografar a realidade social e política brasileira. André Perfeito, analista financeiro; Alex Fernandes, metroviário; Anderson dos Anjos, metalúrgico; Alex Cientista, motoboy: quatro homens seguidos no dia a dia particular de cada um, semanas antes da abertura da Copa do Mundo FIFA de 2014.
Já “Morro dos Prazeres” é uma crônica sobre o dia a dia de uma comunidade do Rio de Janeiro um ano depois da instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Durante quatro meses, entre abril e julho de 2012, a cineasta e sua equipe acompanharam o cotidiano da favela que dá nome ao filme, em Santa Teresa, observando o processo de pacificação a partir do ponto de vista de seus protagonistas: de um lado, os moradores da comunidade, que experimentam uma nova rotina, e de outro, os policiais, que representam a presença da lei em um espaço até então marcado por sua ausência.
Quem é Maria Augusta Ramos:
Maria Augusta Ramos é uma diretora de cinema premiada internacionalmente. Em 2014, recebeu o Prêmio Marek Nowicki outorgado pela Helsinki Foundation of Human Rights pela sua obra. Formou-se em música na Universidade de Brasília e cinema na Netherlands Film and Television Academy, em Amsterdã. Seus documentários foram exibidos nos mais importantes festivais de cinema e documentário do mundo, incluindo retrospectivas.