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Notturno - 44ª Mostra de São Paulo
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Crítica: Notturno – 44ª Mostra de São Paulo

É muito difícil uma produção que retrate a realidade do Oriente Médio não impressionar e impactar. Notturno, um documentário filmado ao longo de três anos nas fronteiras entre Iraque, Curdistão, Síria e Líbano, mostra a rotina de pessoas que tentar viver mesmo em meio as constantes guerras e ditaduras, das interferências estrangeiras e do rastro de morte causado pelo Estado Islâmico.

É um retrato interessante. Onde as pessoas convivem com os sons de tiros e bombas, como se fosse algo comum. Algo que já estão acostumadas. O documentário traz em suas entrelinhas diversas reflexões, contudo ele não possui linearidade e uma história a ser contada. É quase que um apanhado de cenas ou situações impactantes juntadas em um filme para impressionar o espectador.

O ponto alto de Notturno são os relatos de crianças sobre os momentos de terror que passaram quando estiveram nas mãos do Estado Islâmico. É o momento mais duro e sensível do documentário. Quem sabe, se o diretor Gianfranco Rosi tivesse se aprofundado nesse aspecto o documentário poderia ser e ter um grande impacto de denúncia.

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