Crítica: Entre Mortes – 44ª Mostra de São Paulo
Imagine-se viajando por um dia por belas paisagens do Azerbaijão, refletindo sobre o amor verdadeiro, a vida e a morte. E em determinados momentos de sua aventura de descoberta interior você se depare com uma série de incidentes. Essa é a história de Davud, personagem central da lenta narrativa de Entre Mortes.
O diretor Hilal Baydarov cria uma viagem cheia de metáforas e reflexões poéticas sobre o sentido da vida. De forma lenta e contemplativa o longa é praticamente uma discussão filosófica e teológica.
Com câmeras estáticas e planos abertos, o espectador segue distante dos personagens ao longo de todo o filme. É raro os momentos que você vê o rosto de alguém. Sua lentidão é compensada pela bela fotografia, entretanto, em alguns momentos que se torna cansativo e excessivamente longa algumas cenas contemplativas.
E apesar de propor ao espectador reflexões interessantes, Entre Mortes acaba se alto explicando. Apesar do filme entregar as respostas, após terminar de assistir ainda fiquei um tempo pensando e refletindo sobre tudo.