A Vida é um Musical - Filmes Baseados em musicais da Broadway
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A Vida é um Musical – Filmes Baseados em musicais da Broadway

Conheça os filmes que foram baseados em musicais da Broadway

Você como eu é fã de musicais? O musical é meu gênero de filme favorito! Meu sonho é um dia assistir um musical da Broadway. Como esse é um sonho bem distante me contentaria em assistir uma montagem em São Paulo ou Rio de Janeiro, ou quem sabe até BH. Mas deixando meus sonhos de lado, a partir de agora, esse gênero tão discriminado, terá um espaço aqui no Cinem(ação). A partir de hoje, pelo menos uma vez por mês trarei um texto falando sobre musicais nesse espaço chamado: A Vida é um Musical. Aqui falaremos de filmes baseados musicais, musicais originais, musicais que gostaríamos de ver nas telonas, revisitaremos musicais clássicos, ou seja prometo pra vocês muita música, coreografias e histórias!

Para começar vamos para o berço dos musicais, a Broadway! Hoje vamos falar de filmes que foram baseados em peças da Broadway. Claro não iremos falar de tudo porque é muita coisa e alguns entrarão aqui em outras ocasiões. Então bora lá viajar no mundo dos musicais? Afinal “A Vida é um Musical”!

Chicago
Chicago Broadway

Chicago é em um musical de 1975, baseado em uma peça teatral de 1926, escrita pela jornalista Maurine Dallas Watkins, baseada em personagens reais, mas isso fica pra outra hora. Essa peça já ganhou duas adaptações para o cinema, a primeira em 1927, com o nome de Chicago, uma versão muda dirigida por Frank Urson e com produção de Cecil B. DeMille, e a segunda em 1942 chamada de Roxie Hart (no Brasil com o inexplicável título Pernas Provocantes). Em 1975, John Kander, Fred Ebb e o lendário Bob Fosse, se juntaram para criar o musical Chicago como uma sátira à corrupção na administração da justiça criminal e ao conceito de “celebridade criminal.” O musical estreou em 3 de julho de 75, teve 935 apresentações e foi indicado a 10 Tonys, mas não levou nenhum. Em 1996, o musical teve um revival, que fez ainda mais sucesso. Foi indicado a 8 Tonys, e dessa vez não saiu de mãos abanando, o musical ganhou 6 prêmios, incluindo Melhor Revival. Chicago é a segunda peça com o maior número de exibições ininterruptas na Broadway. Em 2004 ganhou montagem nacional, se não fosse a pandemia o Chicago ganharia um revival esse ano no Brasil.

O filme baseado na peça, estreou nos cinemas americanos em dezembro de 2002. Dirigido por Rob Marshall, Chicago é estrelado por Renée Zellweger como Roxie Hart, Catherine Zeta-Jones como Velma Kelly, Richard Gere como Billy Flynn, Queen Latifah como Mama Morton e George C. Reilly como Amos Hart. O filme foi um grande sucesso de público e crítica. Chicago custou US$ 45 milhões e arrecadou mais de US$ 306,7 milhões no mundo todo e tem 86% de aprovação no Rotten Tomatoes. Todo esse sucesso de público e crítica se refletiu nas premiações da época. O filme foi indicado a 13 Oscars e ganhou 6 incluindo Melhor Filme e Melhor Atriz Coadjuvante para Catherine Zeta-Jones. O filme é um verdadeiro espetáculo visual e filme indispensável para fãs de musical. Mas se você não é fã de musicais dê uma chance ao filme, vale a pena!

Sinopse: Velma Kelly (Catherine Zeta-Jones) é uma famosa dançarina que é também a principal atração da boate onde trabalha. Após matar seu marido, Velma entra em uma seleta lista de assassinas de Chicago, a qual é controlada por Billy Flynn (Richard Gere), um advogado que busca sempre se aproveitar ao máximo da situação. Ao contrário do se esperava, o assassinato faz com que a fama de Velma cresça ainda mais, tornando-a uma verdadeira celebridade do showbizz. Enquanto isso a aspirante a cantora Roxie Hart (Renée Zellweger) sonha com um mundo de glamour e fama, até que mata seu namorado após uma briga. Billy fica sabendo do crime e decide adiar ao máximo o julgamento de Velma, de forma a poder explorar os dois assassinatos ao máximo nos jornais. Assim como ocorreu com Velma, Roxie também se torna uma estrela por causa de seu crime cometido, iniciando uma disputa entre as duas pelo posto de maior celebridade do meio artístico.

Curiosidade: Chicago foi o último musical a ganhar o Oscar de Melhor Filme, antes dele o último filme a ganhar o prêmio foi Oliver! em 1969.

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Amor Sublime Amor
amor-sublime-amor Broadway

Amor Sublime Amor, em inglês West Side Story, é um musical de 1957 escrito por Arthur Laurents, Leonard Bernstein e Stephen Sondheim. O musical é inspirado na tragédia Romeu e Julieta de Shakespeare. Mas aqui, sai a Verona renascentista e entra a Nova York da década de 50, sai a rivalidade entre famílias e entra a briga de gangues, sai o texto teatral shakespeariano e entra as coreografias Jerome Robbins. O musical foi indicado no ano seguinte a 6 Tonys e ganhou 2 prêmios. Amor Sublime Amor é um dos musicais mais amados da Broadway, tanto que já ganhou 8 revivals na Broadway, com isso no total o musical ganhou outras 9 indicações ao Tonys em outros anos, e ganhou o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante para Karen Olivo no Revival de 2009. Antes da pandemia, o musical estava em cartaz desde 20 de fevereiro, mas com a pandemia todas as peças da Broadway foram suspensas até janeiro 2021. Provavelmente o musical ganharia novas indicações ao Tony. Em 2008 Amor Sublime Amor ganhou uma montagem brasileira, e assim como seu antecessor na lista ganharia uma nova montagem em 2020, mas aí veio a pandemia.

No cinema, o filme saiu em 1961 com direção de Robert Wise e Jerome Robbins. O filme foi estrelado por Natalie Wood como Maria, Richard Beymer como Tony, Geoge Chakiris como Bernado e Rita Moreno como Anita. O filme foi um grande sucesso e entrou para a história e também para cultura popular, basta assistir aos clipes de Beat it e Bad, ambos de Michael Jackson, que vemos a claramente a influência do filme nas coreografias. No Oscar 1962 o filme fez bonito, o filme foi indicado a 11 categorias incluindo Melhor Filme, Diretor, Ator e Atriz Coadjuvantes, para George Chakiris e Rita Moreno respectivamente, e Roteiro Adaptado. O filme perdeu apenas essa última categoria, simplesmente para o excepcional O Julgamento de Nuremberg. Em 2021 está previsto para estrear um remake do filme dirigido por Steven Spielberg. O filme será estrelado por Ansel Elgort como Tony, já o restante do quarteto central foi dado a atores novatos. Maria, que foi imortalizada no cinema por Natalie Wood, será feita por Rachel Zagler, o papel de Bernardo, que deu o Oscar a George Chakiris, foi dado a David Avarez e Ariana DeBose fará Anita, papel imortalizado por Rita Moreno. E falando em Rita ela está de volta ao elenco no papel de Valentina, personagem que não existia no original.

Sinopse: No lado oeste de Nova York, à sombra dos arranha-céus, ficam os guetos de imigrantes e classes menos favorecidas. Duas gangues, os Sharks, de porto-riquenhos, e os Jets, de brancos de origem anglo-saxônica, disputam a área, seguindo um código próprio de guerra e honra. Tony (Richard Beymer), antigo líder dos Jets, se apaixona por Maria (Natalie Wood), irmã do líder dos Sharks, e tem seu amor correspondido. A paixão dos dois fere princípios em ambos os lados, acirrando ainda mais a disputa.

Curiosidade: Em 1962 foi a primeira vez que uma dupla de diretores ganhou o Oscar, fato repetido apenas em 2007. O prêmio foi dividido porque Robert Wise dirigiu as cenas com falas e Jerome Robins dirigiu as cenas com música e coreografias. Isso explica a presença de 6 atores que já tinham feito o musical nos palcos da Broadway, e também explica a perfeição das coreografias.

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Clipe de Beat it de Michael Jackson
Clipe de Beat it de Michael Jackson
A Noviça Rebelde
A Noviça Rebelde Broadway

E vamos de clássico novamente! A Noviça Rebelde musical de 1959 criado por Richard Rodgers, Oscar Hammerstein II, Howard Lindsay e Russel Crouse. O musical foi baseado no livro de memórias de Maria von Trapp, The Story of the Trapp Family Singers, onde ela narra a história da família de cantores austríaca. Esse livro inclusive deu origem a dois filmes alemães, A Familia Trap, de 1956, e a sua continuação A Família Trap na América, de 1958, ambos dirigidos por Wolfgang Liebeneiner e estrelado por Ruth Leuwerik. Mesmo com algumas mudanças pontuais na trama, o musical foi um grande sucesso. A peça foi indicada a 9 Tonys, tendo ganho 5 prêmios. Além disso, o musical ganhou o Grammy de Melhor Álbum de Trilha Sonora Teatral. Tudo isso tornou o musical um dos mais amados do mundo todo. A Noviça Rebelde já ganhou duas adaptações no Brasil, a primeira em 2008 e a segunda em 2018.

O filme baseado no musical saiu em 1965. Dirigido por Robert Wise e estrelado por Julie Andrews como Maria e Christopher Plummer, A Noviça Rebelde é talvez o filme musical mais amado no mundo. Tanto é assim que a aprovaçaõ do publico no Rotten Tomatoes é de 91% e tem nota 8 no IMDB, algo raro para filmes musicais. O filme indicado a 10 Oscars e levou 5 prêmios para casa, entre eles Melhor Filme e Melhor Diretor. Em 2013, o musical ganhou uma versão de 3h transmitido pela NBC chamado de A Noviça Rebelde Ao Vivo! (The Sound of Music Live!). O programa, ganhador de um Emmy, é a peça teatral gravada ao vivo como um especial de TV. Isso mostra o quão amado o filme e o musical são!

Sinopse: No final da década de 1930, na Áustria, quando o pesadelo nazista estava prestes a se instaurar no país, uma noviça (Julie Andrews) que vive em um convento mas não consegue seguir as rígidas normas de conduta das religiosas, vai trabalhar como governanta na casa do capitão Von Trapp (Christopher Plummer), que tem sete filhos, viúvo e os educa como se fizessem parte de um regimento. Sua chegada modifica drasticamente o padrão da família, trazendo alegria novamente ao lar da família Von Trapp e conquistando o carinho e o respeito das crianças. Mas ela termina se apaixonando pelo capitão, que está comprometido com uma rica baronesa.

Curiosidade: A Noviça Rebelde foi responsável por salvar 20th Century Fox da falência. Cleópatra, de 1963, estrelado por Elizabeth Taylor, esvaziou todos os cofres do estúdio. O filme foi um dos mais caros realizados até aquela data pelo estúdio, custando US$ 44 milhões, e foi um fracasso de público, arrecadando apenas US$ 57,7 milhões. Isso quase levou o estúdio a fechar suas portas. Até que veio A Noviça Rebelde, um filme barato, que custou US$ 8,2 milhões, e foi um sucesso de público, faturou mais de US$ 159,4 milhões, cerca de 18 vezes o valor gasto na produção do filme. Esse grande retorno salvou a companhia da falência total.

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Dreamgirls – Em Busca de um Sonho

Dreamgirls foi um dos marcos da Broadway. Criado por Henry Krieger e Tom Eyen, o musical mostra os bastidores da ascensão do R&B nos Estados Unidos, tendo por base a história da gravadora Motown e dos astros James Brown, Jackie Wilson, dos grupos femininos The Supremes e The Shirelles, entre outros astros do R&B da década de 60. O musical foi um marco inovador, por ser um dos primeiros a ter um elenco predominantemente negro, antes dele apenas The Wiz, alguns anos antes, tinha feito isso. O musical teve uma excelente recepção do público e crítica. Ele ficou quase 4 anos ininterruptos em cartaz e foi indicado a 13 Tonys e levou 6 prêmios para casa, entre eles Melhor Roteiro Musical, Melhor Ator em Musical para Ben Harney, Melhor Atriz em Musical para Jennifer Holliday e Melhor Ator Coadjuvante para Cleavant Derricks. Além disso o musical levou 2 Grammys, Melhor Álbum de Trilha Sonora de Teatro Musical e Melhor Performance em R&B para Jennifer Holliday pela And I Am Telling You, que pertence a trilha sonora do musical. Dreamgirls ganhou alguns revivals, o mais famoso deles veio em 2017, em Londres, que teve Amber Riley de Glee no papel principal. No Brasil não tivemos montagem ainda, em 2020 Cláudia Raia estava produzindo uma montagem, mas mais uma vez a pandemia estragou os planos.

Com tanto sucesso até que demorou para o musical virar filme. Isso aconteceu em 2006, 25 anos após a estreia na Broadway. Dreamgirls – Em Busca de um Sonho foi dirigido por Bill Condon, e teve Beyoncè como Deena Jones, que é baseada em Diana Ross, Jamie Foxx como Curtis Taylor Jr, personagem baseado no criador da Motown, Eddie Murphy como James “Trovão” Early, baseado em James Brown, Little Richard, Jackie Wilson e Marvin Gaye, e Jennifer Hudson, em seu primeiro papel no cinema como Effie White, que foi baseada em Florence Ballard das Supremes, Etta James e Aretha Franklin. O filme recebeu críticas positivas, e impulsionado pela presença de Beyoncè na produção, Dreamgirls conseguiu um bom sucesso de público. Isso se refletiu no Oscar daquele ano. O filme foi indicado a 8 Oscars e ganhou 2 Melhor Mixagem de Som e Melhor Atriz Coadjuvante para Jennifer Hudson, mas incrivelmente o filme não esteve na categoria principal. Coisas de Oscar! O filme ainda ganhou o Grammy de Melhor Canção Para Cinema ou TV pela música Love You I Do, e foi indicado na categoria Melhor Trilha Sonora.

Sinopse: Detroit, década de 60. Curtis Taylor Jr. (Jamie Foxx) é um vendedor de carros, que sonha em deixar seu nome marcado no mundo da música. Ele deseja abrir sua própria gravadora, mas ainda não tem o formato e o produto certo para vender ao público. Curtis encontra o que procura ao conhecer o grupo The Dreamettes, formado pelas cantoras Deena Jones (Beyoncé Knowles), Lorrell Robinson (Anika Noni Rose) e Effie White (Jennifer Hudson). Elas se apresentam em um show de talentos local, usando perucas baratas e vestidos feitos em casa. Suas vidas mudam quando Curtis, já seu agente, consegue que elas façam o backup do show de James “Thunder” Early (Eddie Murphy), o pioneiro de um novo som em Detroit. Posteriormente o grupo alça vôo solo, mudando de nome para The Dreams. Porém Curtis sabe que para alcançar o sucesso o grupo precisará apostar na beleza provocante e tímida de Deena, mesmo que tenha que deixar de lado a voz potente de Effie.

Curiosidade: Foram compostas 4 músicas originais para o filme. São elas: Perfect World, Love You I Do, Patience e o sucesso Listen, que ficou internacionalmente conhecida na voz de Beyoncè. As 3 últimas foram indicadas ao Oscar de Melhor Canção, mas incrivelmente nenhuma delas foi premiada.

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Hairspray – Em Busca da Fama

Hairspray é um musical derivado do cinema. Sim, aqui vimos o contrário acontecendo, algo que acontece mais vezes do que podemos imaginar, mas isso é assunto pra outra hora. O musical foi baseado no filme Hairspray – E Éramos Todos Jovens ou Hairspray – No Tempo da Brilhantina (dependendo da versão), escrito e dirigido por John Waters, e foi criado por Marc Shaiman, Scott Wittman, Mark O’Donnell e Thomas Meehan. O musical estreou em circuito off-Broadway, ou seja fora da Broadway, a estreia ocorreu em 2002 em Seatle, com o sucesso, em agosto do mesmo ano o musical estreou na Broadway e foi um grande sucesso, tanto de público como de crítica. Tanto é que o musical ficou 7 anos em cartaz, só pra terem uma ideia 4 anos depois da estreia, em 2007, as apresentações estavam com a média de 86% de lotação nas apresentações. O musical foi indicado a 13 Tonys e ganhou 8 prêmios entre eles Melhor Musical, Melhor Atriz e Ator para Marissa Jaret Winokur e Harvey Fierstein respectivamente e Melhor ator Coadjuvante para Dick Latessa. No Brasil o musical recebeu uma montagem muito elogiada em 2010.

Com todo esses sucesso, 5 anos após o lançamento do musical na Broadway foi lançado o filme baseado no musical, Hairspray – Em Busca da Fama (esses subtítulos brasileiros vou te falar viu). Dirigido por Adam Shankman, o filme tem um elenco estrelar: Jhon Travolta como Edna Turnblad, Michelle Pfeiffer como Velma von Tussle, Christopher Walken como Wilbur Turnblad, Queen Latifah como Motormouth Maybelle, James Marsden como Corny Collins, Zac Efron como Link Larkin e Amanda Bynes como Penny Pingleton. Para o papel principal, Tracy Turnblad, foi escolhida a novata Nikki Blonsky, que fez sua estreia no cinema com esse filme. O filme foi um grande sucesso de público e crítica. O filme custou US$ 75 milhões e arrecadou US$ 202,5 milhões, quase 3 vezes o seu valor. Na crítica o filme recebeu 81% de aprovação no Rotten.

Sinopse: 1962. O sonho de todo adolescente é aparecer no “The Corny Collins Show”, o programa de dança mais famoso da TV. Tracy Turnblad (Nikki Blonsky) é uma jovem gordinha que tem paixão pela dança. Ao fazer um teste ela impressiona os juízes e, desta forma, conquista um lugar no programa. Logo ela alcança o sucesso, ameaçando o reinado de Amber Von Tussle (Brittany Snow) no programa. As duas passam também a disputar o amor de Link Larkin (Zac Efron), enquanto duelam pela coroa de Miss Auto Show. No entanto os conceitos de Tracy mudam quando ela descobre o preconceito racial existente na TV, decidindo usar sua fama para promover a integração.

Curiosidade: A atriz Ricki Lake, intérprete de Tracy Turnblad em Hairspray – E Éramos Todos Jovens, aparece em uma pequena ponta. Jerry Stiller que deu vida a Wilbur Turnblad na primeira versão do filme interpreta o sr. Pinky em Hairspray – Em Busca da Fama. John Waters, diretor do filme original, aparece em uma pequena ponta, na abertura da sequência “Good Morning Baltimore”.

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Rock of Ages – O Filme

Continuando nos anos 2000, com mais um musical “novo”, vamos falar agora de Rock of Ages. Criado no formato de jukebox musical, quando as músicas, na sua maioria, são canções populares e bem conhecidas , em vez de música original, Rock of Ages foi criado em cima de sucessos do Rock dos anos 80. Assim como seu antecessor nessa lista, ele também estreou off-Brodway, escrito por Chris D’Arienzo, o musical estreou em 2005 em Los Angeles, aí foi para Las Vegas, daí em 2008 estreou em Nova York no circuito Off-Broadway e só em 2009 chegou de fato a Broadway. Com músicas de StyxJourneyBon JoviPat BenatarTwisted SisterSteve PerryPoison Europe , entre outras bandas de rock conhecidas, o musical se focou em músicas do glam metal, que dominou a década de 80. O musical foi um grande sucesso e emplacou 5 indicações ao Tony, incluindo Melhor Musical e Ator para Constantine Maroulis, embora não tenha ganho nenhum. Entre o público o musical foi um grande sucesso ficando 6 anos em cartaz de forma ininterrupta na Broadway e ganhou várias outras montagens em outros países e turnês pelos Estados Unidos e Reino Unido. No Brasil Rock of Ages ganhou uma montagem de sucesso em 2017.

Em 2012, Rock of Ages ganhou um filme. Dirigido por Adam Shankman, que também dirigiu Hairspray, o filme tem no elenco nomes como Tom Cruise, Catherine Zeta-Jones, Paul Giamantti, Bryan Cranston e Alec Baldwin. Diferentes dos outros filmes dessa lista que são unanimidade na crítica e grande sucesso de público, Rock of Ages, foi um desastre nas bilheterias e nas críticas. O filme custou US$ 75 milhões e arrecadou apenas US$ 59,4 milhões, ou seja, nem se pagou. No caso das críticas o filme tem apenas 55% de aprovação da crítica no Rotten. E não é pra menos, de todos os filmes dessa lista esse é o que menos gosto. Só que esse filme tinha de estar na lista porque a trilha sonora e as versões feitas para o filme são incríveis. Mas se você gosta de Rock dos anos 80 e é fã de musicais, pode ser que te agrade!

Sinopse: Sherrie (Julianne Hough) é uma jovem que chega em Los Angeles vinda de uma cidade pequena. Ela sonha se tornar uma cantora de sucesso, mas pouco após desembarcar do ônibus tem sua mala roubada. Quem a ajuda é Drew (Diego Boneta), que consegue para ela uma vaga como garçonete na famosa casa de shows Bourbon, ícone do cenário rock da cidade. Drew também trabalha no lugar e não demora muito para que eles engatem o namoro. Só que o Bourbon enfrenta problemas financeiros e seu dono, Dennis Dupree (Alec Baldwin), acredita que possa salvar o local com a renda do último show de Stacee Jaxx (Tom Cruise) com a banda Arsenal, já que ele pretende seguir carreira solo. Entretanto, a esposa do prefeito (Bryan Cranston), Patricia Whitmore (Catherine Zeta-Jones), pretende fazer o que estiver ao seu alcance para fechar o Bourbon, já que o considera um antro de perdição para os jovens.

Curiosidade: Constantine Maroulis desempenha um executivo de gravadora neste filme. Ele interpretou Drew Boley na produção da Broadway e foi indicado para o Tony de Melhor Ator Principal em um Musical para seu desempenho.

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My Fair Lady

Vamos voltar aos clássicos, mais precisamente para o ano de 1956 quando foi lançado um dos maiores clássicos da Broadway My Fair Lady. Baseado na peça Pigmaleão de 1913, o musical foi criado por  Alan Jay Lerner e Frederick Loewe. Estrelado por Rex Harrison e Julie Andrews, o musical foi um grande sucesso de público e crítica. My Fair Lady ficou 6 anos em cartaz e já ganhou diversos revivais na Broadway, o último deles em 2018 e ganhou no ano passado uma turnê pelos Estados Unidos. A montagem original foi indicado a 10 Tonys e ganhou 6, entre eles Melhor Musical e Melhor Ator para Rex Harrison. Os revivais também foram premiados o de 1976 ganhou o prêmio de Melhor Ator para George Rose e o de 2018 foi indicado a 10 prêmios e ganhou o prêmio de Melhor Figurino. Considerado o musical perfeito, no Brasil, My Fair Lady já ganhou 3 montagens. A primeira foi em 1962 com os inesquecíveis e saudosos Bibi Ferreira e Paulo Autran no elenco, outra em 2007 e a mais recente em 2016.

No cinema My Fair Lady, ou Minha Bela Dama como ficou conhecido no Brasil, estreou em 1964. O filme, dirigido por George Cukor, tem Rex Harrinson, revivendo o papel que lhe deu o Tony, e Audrey Hepburn como Eliza Dollittle. Aqui cabe um adendo, a ideia inicial era que Julie Andrews fosse Eliza, mas os produtores da Warner não quiseram colocá-la no elenco, porque na época ela era uma estreante no cinema, e acharam que ela não daria conta do recado. Acho que eles devem ter se arrependido amargamente, uma vez que Julie Andrews ganhou o Oscar de Melhor Atriz por Mary Poppins, e Audrey, injustamente, sequer foi lembrada. Mas cabe também incluir aqui, que segundo outra versão, Julie Andrews se recusou a fazer um teste de cena, por isso foi recusada. E já que estamos falando de Oscar, o filme foi indicado a 12 estatuetas douradas e levou 8, entre elas Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator, para Harrison, que se tornou o segundo ator a ganhar um Tony e um Oscar por um mesmo papel, antes dele apenas Yul Brynner, por O Rei e Eu, havia conseguido esse feito. Embora no caso de Yul ele ganhou o Tony de Coadjuvante e o Oscar de Ator Principal, no caso de Harrison ele ganhou o Oscar e Tony por Ator Principal.

Sinopse: Henry Higgins (Rex Harrison), um intelectual e professor de fonética, aposta que conseguirá, no período máximo de seis meses, transformar Eliza Doolittle (Audrey Hepburn), uma simples florista de rua que não sabe falar direito, em uma dama. Mas a tarefa se mostra muito mais difícil do que tinha sido imaginada originalmente.

Curiosidade: Audrey Hepburn se preparou como nunca para cantar as músicas do filme. Quando ela percebeu que ela havia sido dublada em todas as canções a atriz ficou extremamente decepcionada. Mas na versão para o DVD é possível ouvir a voz de Audrey interpretando a todas as músicas. É bem provável que essa dublagem prejudicou um possível chance de indicação ao Oscar para Audrey Hepburn.

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https://www.youtube.com/watch?v=3f2_QzmUYyQ&ab_channel=TrungNguyen
Grease – Nos Tempos da Brilhantina

Pra fechar nossa lista vamos com mais um clássico! Agora é hora de voltar aos anos 50 com Grease. Um dos queridinhos dentre todos os musicais, ele também é um dos queridinhos quando o assunto é adaptação da Broadway. O musical é mais um que começou fora da Broadway e estourou quando chegou em Nova York. Escrito por Jim Jacobs e Warren Casey, o musical estreou em 1971 em Chicago, no ano seguinte ele entrou na Broadway. Mas a versão de Chicago, é diferente do musical que chegou a Broadway, números musicais foram trocados e o musical se tornou menos inocente, uma vez que várias coisas mais ousadas foram censuradas em Chicago. O musical foi um sucesso instantâneo, concorreu a 7 Tonys, mas não levou nenhum. Mas mesmo assim o musical foi um sucesso tremendo, ficando 12 anos ininterruptos em cartaz na Broadway. Em terras tupiniquins Grease ganhou uma montagem em 2003, no início do boom dos musicais no Brasil, e em 2017 ganhou outra montagem com o objetivo de lançar novos talentos.

O filme Grease – Nos Tempos da Brilhantina, saiu em 1978, época que os musicais estavam começando a decair, o filme deu uma sobrevida ao gênero. Mas podemos dizer que o filme foi o último musical de sucesso, antes de um hiato de 23 anos sem musicais de destaque. Dirigido por Randal Kleiser, o musical foi estrelado por John Travolta e Olivia Newton Jhon, vivendo os inesquecíveis Danny Zuko e Sandy. O filme foi um megassucesso, custou apenas US$ 6 milhões e arrecadou US$ 397,2 milhões mais de 60 vezes o seu valor. Sucesso com o público, e com a crítica também, o filme tem aprovação de 75% no Rotten. Tudo isso faz de Grease um dos maiores e mais amados musicais de todos os tempos, mesmo tendo uma história bem datada.

Sinopse: Na Califórnia na década de 50, Danny (John Travolta) e Sandy (Olivia Newton-John), um casal de estudantes, trocam juras de amor mas se separam, pois ela voltará para a Austrália. Entretanto, os planos mudam e Sandy por acaso se matricula na escola de Danny. Para fazer gênero ele infantilmente lhe dá uma esnobada, mas os dois continuam apaixonados, apesar do relacionamento ter ficado em crise. Esta trama serve como pano de fundo para retratar o comportamento dos jovens da época.

Curiosidade: A trilha sonora bem sucedida do filme emplacou quatro canções no top 10 da Billboard. Durante anos Grease foi o filme musical de maior bilheteria de todos os tempos só foi perdeu o posto em 2008 com o filme Mamma Mia!.

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https://www.youtube.com/watch?v=3WggAh2XfFk&ab_channel=LeonardoDanielRuizGaleano

Então é isso amigos nossa viagem musical termina por aqui! Talvez vocês estejam sentido falta de filmes musicais como Alô Dolly!, Funny Girl, Annie, Um Violinista no Telhado, Cabaret, Rent, mas esses filmes musicais ainda não assisti, com exceção de Funny Girl e Annie que assisti faz muitos anos e não me lembro deles, por isso eles não entraram na lista. Assim que assisti-los, falo deles por aqui. Já O Fantasma da Ópera, Mamma Mia!, Evita, The Horror Picture Show, Les Miserables, não são originais da Broadway, com exceção de Le Mis, que é original da França, esses são musicais originais de West End, a Broadway Britânica. E esse vai ser o assunto do nosso próximo encontro, uma viagem pelos musicais originais de West End que se tornaram filmes! Até lá!

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