Crítica: Me Chama Que Eu Vou – 48º Festival de Gramado
Me Chama Que Eu Vou é um documentário que sintetiza a vida de Sidney Magal e seu significado para a cultura popular brasileira.
Ficha técnica:
Direção: Joana Mariani
Nacionalidade e Lançamento: Brasil, 23 de setembro de 2020 (Festival de Gramado)
Sinopse: Os momentos mais significativos da vida do cantor, dançarino e ator Sidney Magal, que se tornou um ícone da música popular no Brasil. O homem por trás do ídolo.
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Não tem um brasileiro que não saiba emular os gestos de Sydney Magal ao ouvir canções como “Sandra Roda Madalena” ou “Meu Sangue Ferve por Você”.
Sidney Magal se tornou, ao longo das últimas décadas, um símbolo da música popular brasileira, especialmente quando se fala do conceito de “brega”. O documentário “Me Chama Que Eu Vou” busca adentrar a vida de um Sidney Magal já consolidado, e tenta entender como a persona Magal se difere do homem Sidney de Magalhães.
O documentário não tenta redescobrir a roda: segue entrevistas realizadas com o cantor e as alterna com diversas imagens de arquivo, incluindo momentos de entrevistas anteriores na TV e no rádio.
Mesmo relembrando episódios levemente sensíveis da história de Magal, o filme funciona como homenagem e se volta apenas ao lado positivo. Sem grandes arroubos ou momentos marcantes, ele ganha ao trazer emoções do filho do cantor, quando o documentário parece fazer algo além do feijão com arroz.
Me Chama Que Eu Vou segue uma toada agradável, especialmente pelo carisma do biografado, e funciona bem como documento, já que reúne em seu conjunto um episódio curioso e importante da música brasileira, cujos representantes mais populares demoram a ser valorizados pela sociedade elitista e preconceituosa. E se o filme não vai além do “apenas bom”, ao menos consegue deixar o espectador com vontade de sorrir, cantar e dançar sem parar.