Adeus a Ennio Morricone

Morreu nesta segunda-feira (6) aos 91 anos o maestro Ennio Morricone, um dos maiores compositores do cinema de todos os tempos. O italiano estava internado em uma clínica da cidade de Roma após fraturar o fêmur em um acidente doméstico.

Autor da trilha sonora de centenas de filmes, Morricone se destacou pela genialidade de suas composições nos filmes “western” de Sergio Leone, como “Por um Punhado de Dólares” (1964), “Por uns Dólares a mais” (1965), “Três Homens em Conflito” (1966) e “Era uma Vez no Oeste” (1968). Entre seus últimos trabalhos, estava “Os Oito Odiados“, de Quentin Tarantino, único filme pelo qual ganhou um Oscar (após ganhar um prêmio honorário em 2007).

Cinema Paradiso (Giuseppe Tornatore), Os Intocáveis (Brian de Palma), Teorema e Decameron (Pier Paolo Pasolini) estão entre os outros dos mais importantes da carreira de Morricone.

O compositor escreveu seu próprio obituário, segundo o G1, e no texto de despedida agradeceu ao cineasta parceiro Giuseppe Tornatore (com quem realizou um de seus últimos trabalhos, o filme Lembranças de Um Amor Eterno), a quem chamou que Peppuccio, e terminou agradecendo à sua esposa, Maria.

Perdemos um gênio

A morte de Ennio Morricone é mais um motivo de tristeza para os apaixonados por cinema, em um período que não é nada fácil para a área. No entanto, é importante saber canalizar a dor da perda de alguém que tanto fez pelo cinema. Ennio Morricone teve uma obra prolífica ao longo de sua vida e se tornou inesquecível.

Seria clichê, ainda que verdadeiro, dizer que “um grande artista nunca morre”. Mais importante do que isso é reconhecer que poucos têm a sorte de viver uma longa vida com tamanha produção artística. Podemos dizer que o compositor realizou tudo o que deveria.

Maior do que a tristeza, cada cinéfilo deve carregar a felicidade de ter vivido no mesmo tempo que ele, e principalmente de poder ouvir sua obra a qualquer momento.

Abaixo, algumas composições e uma explicação sobre o trabalho de Morricone: