SPCine Play tem filmes de Rogério Sganzerla! Saiba quais: - Cinem(ação)
Cinema Nacional

SPCine Play tem filmes de Rogério Sganzerla! Saiba quais:

A partir de hoje, 4 de junho, os apreciadores do cinema nacional poderão conferir o “Foco Sganzerla” na Spcine Play. Ao todo, serão disponibilizados 10 títulos, divididos entre longas e curtas-metragens, dirigidos por Rogério Sganzerla, morto em 2004, ou que tenham alguma ligação com a obra deste grande nome do cinema marginal brasileiro.

As produções dirigidas por Sganzerla que integram o catálogo da Spcine Play percorrem as décadas de 1960 a 2000, como “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), que ocupa 6ª posição na lista dos melhores filmes brasileiros da Associação Brasileira de Críticos de Cinema(Abraccine). Este grande clássico do cinema nacional ganhou uma sequência em 2010: “A Volta do Bandido da Luz Vermelha”, dirigida por Helena Ignez, viúva de Sganzerla, ao lado de Ícaro Martins.

Arte de “O Bandido da Luz Vermelha”

Além dessas duas obras, serão disponibilizados os longas-metragens “Sem Essa Aranha” e “Copacabana Mon Amour”, ambos de 1970, e Abismu (1977). Completam o foco os curtas-metragens “Documentário” (1966), “Viagem e Descrição do Rio Guanabara por Ocasião da França Antártica (Villegagnon)” (1976), “História em Quadrinhos” (1969), “Brasil” (1981) e “B2”, codireção de Sganzerla e Sylvio Renoldi.

Confira abaixo a sinopse de todos os títulos que integram o “Foco Sganzerla”:

1 – Documentário (Rogério Sganzerla)

11 min. 1966
Direção, roteiro, montagem, produção e narração: Rogério Sganzerla.
Sinopse: Numa tarde de ócio, pouco dinheiro e falta de rumo pelas ruas de São Paulo, dois jovens dialogam sobre o que fazer, tendo somente como motivação aquilo de que trata esta estreia de Sganzerla no cinema: o próprio cinema.

2 – O bandido da luz vermelha

92 min, 1968
Direção, roteiro e seleção musical: Rogério Sganzerla
Restaurado digitalmente.
Sinopse: Segundo o diretor, o filme “é um far-west sobre o terceiro mundo. Isto é, fusão e mixagem de vários gêneros. (…) um filme-soma; um far-west, mas também musical, documentário, policial, comédia (ou chanchada?) e ficção científica”. Rogério Sganzerla, no seu primeiro longa-metragem, traça um panorama geral e atemporal do Brasil através da trajetória de um foragido da polícia em crise de identidade. Welles, Godard, policial noir, chanchada, Jimi Hendrix, história em quadrinhos, terrorismo, miséria, corrupção política e desespero compõem um painel apocalíptico do país.

3 – B2 (Rogério Sganzerla e Sylvio Renoldi)

11 min. 2001
Direção e montagem: Rogério Sganzerla e Sylvio Renoldi.
Sinopse: Curta-metragem com precioso material inédito, realizado a partir das sobras de O Bandido da Luz Vermelha e Carnaval na lama. Espécie de mostruário do método de trabalho de Sganzerla, em muito calcado em técnicas singulares de montagem. Sylvio Renoldi, montador do Bandido e deste curta, assina também a codireção. Mais uma vez, Jimi Hendrix na trilha sonora.
Elenco: Paulo Villaça, Helena Ignez, Lanny Gordin, Gal Costa, Jards Macalé.

4 – A volta do bandido da luz vermelha (Helena Ignez)

83 min, 2010
Um filme de Helena Ignez. Direção: Ícaro C. Martins e Helena Ignez
Sinopse: Luz nas Trevas, continuação do clássico O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla, narra a história de dois dos mais famosos marginais de São Paulo. Seu filho o bandido Tudo-ou-Nada é o fio condutor que atravessa essa história política e existencial. Adorado pelas mulheres, Tudo-ou-Nada segue a “carreira” de seu pai a fim de desfrutar de uma ampla variedade de prazeres mundanos.

5 – História em quadrinhos (Rogério Sganzerla)

7 min. 1969
Direção: Rogério Sganzerla e Álvaro de Moya.
Sinopse: Primeiro documentário em curta-metragem de Sganzerla, e sobre uma forma de expressão artística muito presente na sua cinematografia: os quadrinhos. Guiada pelo texto de caráter histórico do especialista Álvaro de Moya, a câmera passeia pelos traços de artistas como Will Eisner, Milton Cannif, Alex Raymond, Al Capp etc.

6- Sem essa aranha (Rogério Sganzerla)

96 min. 1970
Direção e roteiro: Rogério Sganzerla
Sinopse: Sem essa, Aranha é um experimento radical de linguagem e interpretação. O filme reflete, muito singularmente, a situação pela qual o país atravessava no período (1970) num total de aproximadamente quinze planos sequências.

7 – Copacabana Mon Amour (Rogério Sganzerla)

85 min. 1970
Restaurado
Sinopse: Sônia Silk sonha ser cantora da Rádio Nacional e para conseguir sobreviver se entrega a turistas em Copacabana. Seu irmão Vidimar, empregado doméstico do Dr. Grilo apaixona-se pelo patrão. A mãe de Sônia e Vidimar acha que ambos estão possuídos pelo demônio. Sônia, que vê espíritos baixarem em seres e objetos os mais estranhos, resolve procurar o pai de Santo Joãozinho da Goméia.É um filme brasileiro em CinemaScope, rodado, em boa parte, em favelas do Rio de Janeiro. A trilha sonora original é de Gilberto Gil.

Copacabana Mon Amour

8 – Viagem e Descrição do Rio Guanabara por Ocasião da França Antártica (Villegagnon) –

17 min. 1976
Roteiro (baseado em Viagem à terra do Brasil), produção e direção: Rogério Sganzerla.
Sinopse: Inspirado em Viagem à terra do Brasil, de Jean de Léry, este curta-metragem aborda a trajetória do aventureiro Nicolas Durand de Villegagnon e a formação da colôniafrancesa no Rio de Janeiro, composta predominantemente por piratas sob o seu comando, no século XVI. Rodado nos locais onde se sucederam os episódios históricos,como o Forte Coligny, na Ilha das Cabras, Viagem conta com Paulo Villaça no papel de Villegagnon.

9- Abismu

80 min. 1977
Direção, roteiro, produção e montagem: Rogério Sganzerla
Sinopse: Inscrições em algumas das cavernas da Pedra da Gávea que remontam ao período pré- colonial são o ponto de partida para este tributo a Jimi Hendrix e ao poder de Mu, divindade fenícia celebrada por um fanatizado e intergaláctico Zé Bonitinho. Com acento experimental, trilha sonora de Hendrix e atuação de José Mojica Marins no papel de um cientista egocêntrico, este filme marca o retorno de Sganzerla ao longa-metragem após um considerável período afastado das telas.

10- Brasil (Rogério Sganzerla)

12 min. 1981
Direção, roteiro e produção: Rogério Sganzerla.
Sinopse: Curta-metragem que registra os bastidores da gravação do disco Brasil, de João Gilberto, de 1981, com a presença de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia no estúdio. Dorival Caymmi, Ary Barroso, Grande Otelo e Eros Volúsia, em performances raramente registradas, e Orson Welles, no carnaval do Rio, compõem o quadro visual deste curta que apresenta uma imagem singular do país.
Elenco: João Gilberto, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia.

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