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Gentleman Jack e Miss Anne Lister

Um brinde à Miss Anne Lister, a primeira lésbica moderna!

Se eu já falo há anos de representatividade nas produções, quando falamos de vida real, é bem mais importante. Miss Anne Lister (1791-1840) é considerada a “primeira lésbica da era moderna” e deixou diversos diários com anotações da sua vida amorosa no século 19.

Anne Lister, chamada de Gentleman Jack pelos homens da época (por puro deboche de seus desejos por mulheres), é uma personagem histórica tão rica que sua vida transformou-se em 2 produções pela BBC. A primeira, de 2010, é Os diários secretos de Miss Anne Lister.

O filme foi produzido somente para a TV e não teve muita repercussão por aqui, mas é interessante acompanhar a jornada da personagem, considerando que ela viveu no século 19. Se já é transgressor uma mulher amar outra hoje, imagina 180 anos atrás!

9 anos depois, Anne Lister volta a ser referência e ter sua história contada, apesar de ter maior relevância hoje. Ousada e popular com as mulheres, a Gentleman Jack da série é de fato um preeito cavalheiro da época. Apoiando-se na sua chamada arrogância, Anne vem como uma personagem elegante e cortante ao mesmo tempo, afiada e pronta. Apesar de não conformar-se e recusar obedecer os padrões da sociedade da época, Anne é “lembrada” o tempo todo que é uma mulher e não pode escapar dos laços da feminilidade.


Quando o elenco foi anunciado, não imaginaca como Suranne Jones retrataria essa personagem, mas ela faz a diferença no papel, trazendo peculiridades em suas expressões e nas manias que colocou na personagem, no melhor modelo lesbian erotic, haha.


Ah, um ponto de atenção: assim como os romances da Saraha Waters que a BBC adaptou, Gentleman Jack não é uma série para se assistir com os pais, avós e até irmãos. Na verdade, não assista com nenhum parente por motivos de cenas de sexo francas, quentes e incríveis!

Ainda assim, Gentleman Jack é uma narrativa extremamente importante e emocionandte, reconhecendo e mostrando que existem mulheres lésbicas há muits anos e que uma conformomidade e um gênero não devem definir sexualidade. Anne Lister andou por aqui “só conseguindo amar no feminino” há 180 anos, deixando seus registros em diários escritos em cósigos que demoraram anos para serem decifrados.

A 1ª temporada já acabou, com exibição na HBO, em junho, porém a série já está renovada para sua segunda temporada!

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