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Histórias de amor sem final feliz

Se a vida imita a arte, a arte também imita a vida. Relacionamentos amorosos, principalmente nos dias de hoje, são verdadeiros desafios, promessas que se quebram, incompatibilidade que resultam em término, dificuldades além da possibilidade de serem suportadas a dois, e por aí vai. Mas, independentemente dos motivos que levam a não dar certo, a certeza que temos é que é preciso aproveitar todos os bons momentos durante o relacionamento, ou, como já dizia o grande poeta Vinícius de Moraes: “Que seja infinito enquanto dure”.

O cinema não poupou finais tristes em obras românticas que nos prometiam felicidade eterna. Quantas vezes torcemos tanto por aquele casal apaixonado, mas o destino se encarregou de separá-los de alguma forma.

Vamos lembrar (e relembrar) alguns desses filmes românticos, não citando o final deles (ainda que a maioria sejam filmes populares, pode haver alguém que ainda não tenha visto alguns deles).

 

(500) Dias com Ela (2009). Com Joseph Gordon-Levitt e Zooey Deschanel. Direção de Mark Webb.

Tinha tudo para ser uma comédia romântica com final feliz, mas o que vemos aqui é uma história sobre um relacionamento que começa muito bem, mas aos poucos as voltas que o mundo dá vão mostrando que o amor do romântico Tom por sua bela colega de trabalho é mais valorizado por ele do que por ela.

A Culpa é das Estrelas (2014). Com Shailene Woodley e Ansel Elgort. Direção de Joh Boone.

Dois jovens com câncer se conhecem durante uma terapia de grupo. O amor os aproximam e os fazem crer que podem ficar juntos, mesmo eles se dando conta de seus destinos. Uma história comovente. A cena em que ela recebe uma terrível notícia é de fazer chorar.

A Princesa e o Plebeu (1953). Com Gregory Peck e Audrey Hepburn. Direção de William Wyler.

Clássico inesquecível que retrata o amor como metáfora da liberdade. Uma princesa tem seu momento real de “conto de fada” quando resolve sair de sua “bolha” e ver o mundo como ele é. O que ela não esperava é que conheceria um jornalista que mudaria sua vida.

Amor (2012). Com Jean‑Louis Trintignant e Emmanuelle Riva. Direção de Michael Haneke.

Premiado com o Oscar de melhor filme estrangeiro, temos aqui a história de um casal de idosos que vivia feliz, até que um dia ela tem o corpo paralisado e ele começa a cuidar dela. À partir daí acompanhamos a triste realidade que se abateu sobre eles, culminando em um final inesperado.

Amor, Sublime Amor (1961). Com Natalie Wood e Richard Beymer. Direção de Robert Wise e Jerome Robbins.

A shakesperiana história de “Romeu e Julieta” ganha contornos épicos neste inesquecível musical que conta a proibida história de amor de Maria e Toni. Guerras de gangues comandam o local, enquanto o apaixonado casal só quer ficar junto. Mas o preço a pagar por isso pode ser caro.

A Culpa é das Estrelas (2014)

As Pontes de Madison (1995). Com Clint Eastwood e Meryl Streep. Direção de Clint Eastwood.

A paixão de uma mulher casada por um fotógrafo rende uma das histórias de amor mais profundas do cinema moderno. Paixão e renúncia estão presentes em um relacionamento impossível de ir adiante sem que alguém saia entimentalmente ferido. A cena do carro é emocionante.

Brilho de uma Paixão (2009). Com Ben Whishaw e Abbie Cornish. Direção de Jane Campion.

A história real do poeta John Keats e seu amor por Fanny Brawne. O filme mostra que o amor pode romper barreiras e suportar a tudo. Estar com a pessoa amada nos piores momentos de sua vida traz dor ao coração, mas acalento para a alma.

Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (2004). Com Jim Carrey e Kate Winslet. Direção de Michael Gondry.

Uma inusitada história de amor. Todos os casais têm seus momentos de crise, e para uma jovem, ela só queria apagar (literalmente) as lembranças que tinha de seu namorado. Ele faz o mesmo, mas algo sai errado, e as consequências disso traz à tona momentos bons e ruins do relacionamento.

Casablanca (1942). Com Humphrey Bogart e Ingrid Bergman. Direção de Michael Curtiz.

Um dos maiores clássicos românticos do cinema; conta a história de um dono de um bar em Marrocos, que certo dia vê chegar ali a mulher que foi seu grande amor no passado. Mas ela vem acompanhada do marido, o que acaba gerando uma situação de conflitos amorosos entre o ex-casal.

Clamor do Sexo (1961). Com Natalie Wood e Warren Beatty. Direção de Elia Kazan.

Ela e ele se gostam, se amam de verdade. Os anos 20 não facilitam para o casal que precisa lidar com barreiras num período de crise financeira no país. O que eles não sabiam é que a vida os separariam. O amor obsessivo dela por ele ganha contornos extremamente dramáticos. Uma obra para aplaudir de pé.

Amor (2012)

Desejo e Reparação (2007). Com James McAvoy e Keira Knightley. Direção de Joe Wright.

Um dos filmes com final mais tristes do cinema da última década, conta a história de dois jovens apaixonados que são separados depois que a irmã dela espalha um boato que acaba com a vida deles. Tocante e sincero, o amor aqui é tão intenso e profundo, porém não resiste às artimanhas da vida.

Desencanto (1945). Com Trevor Howard e Celia Johnson. Direção de David Lean.

Ele é casado, ela também, mas isso parece não ser uma barreira para ambos viverem uma grande história de amor. A atração pelo proibido, que começa com uma amizade, ao poucos vai se mostrando impossível de seguir adiante. Um dos romances mais belos de todos os tempos.

Doutor Jivago (1965). Com Omar Sharif e Julie Christie. Direção de David Lean.

O médico Jivago é comprometido, mas ao se encantar pela bela Lara, ele não tem dúvida em viver esse amor. A turbulenta Revolução Russa é pano de fundo para um das mais poderosas histórias de amor do cinema, com uma excelente trilha sonora e uma belíssima fotografia.

E o Vento Levou (1939). Com Clark Gable e Vivien Leigh. Direção de Victor Fleming.

O maior dos clássicos apresenta a história de Scarlett O’Hara, uma mulher cortejada por diversos homens; porém, quem ela gosta é comprometido. O capitão Rhett Butler faz de tudo para conquista-la. O amor reconhecido de forma tardia pode não trazer de volta a pessoa amada, como é visto nessa grande obra-prima.

Ela (2013). Com Joaquin Phoenix e Scarlett Johansson. Direção de Spike Jonze.

Um homem se apaixona pela voz feminina de seu novo sistema operacional. Esta improvável história de amor explora a relação do homem moderno com a busca pela felicidade e a solidão que o cerca. Um dos roteiros mais inteligentes dos últimos anos.

Doutor Jivago (1965)

Em Algum Lugar do Passado (1980). Com Christopher Reeve e Jane Seymour. Direção de Jeannot Szwarc.

Um dramaturgo se apaixona por uma atriz que viu em um quadro. Ao descobrir que ela (já idosa) faleceu, ele regressa no tempo e passa a conhecê-la. Uma das histórias de amor mais comoventes dos anos 80. O final é um doa mais tristes do gênero.

Ghost – Do Outro Lado da Vida (1990). Com Patrick Swayze e Demi Moore. Direção de Jerry Zucker.

Impossível não se emocionar com o final deste filme que conta a história de um casal que vivia muito feliz, até ele ser morto durante um assalto. Com a ajuda de uma médium, ele tenta livrar sua amada de perigosos bandidos, ao mesmo tempo em que tenta se aproximar dela, tendo ele seus últimos momentos na terra.

Inocência (1983). Com Edson Celulari e Fernanda Torres. Direção de Walter Lima Jr.

A emocionante história de um amor proibido entre um médico e uma paciente em uma área rural do Brasil do século 19. Os melhores e os piores sentimentos humanos estão presentes nesta obra adaptada de um dos grandes clássicos da literatura romântica brasileira.

La La Land: Cantando Estações (2016). Com Ryan Gosling e Emma Stone. Direção de Damien Chazelle.

Premiado musical moderno, embalado por inesquecíveis sequências de danças e canções, mostrando o amor entre um casal formado por um músico e uma atriz. Um mosaico dos altos e baixos dos relacionamentos amorosos modernos, culminando em um final inesperado.

Love Story – Uma História de Amor (1970). Com Ryan O’Neal e Ali MacGraw. Direção de Arthur Hiller.

Um jovem casal resolve se casar, mesmo ele sendo deserdado pelo pai, por este não aceitar a nora que vem de família pobre. A felicidade não dura muito quando ela descobre estar com uma grave doença. Uma história de amor sincera e emocionante que encantou plateias do mundo inteiro.

Ghost – Do Outro Lado da Vida (1990)

Moulin Rouge – Amor em Vermelho (2001). Com Nicole Kidman e Ewan McGregor. Direção de Baz Luhrmann.

Musical frenético com ótimas canções que conta a história de amor de um escritor por uma dançarina na badalada Paris do final do século 19. Paixão, intrigas e muita dança em um grande espetáculo com um visual arrebatador.

Namorados para Sempre (2011). Com Ryan Gosling e Michelle Williams. Direção de Derek Cianfrance.

Geralmente se tem a ideia de que a mulher é quem mais sofre com o término de um relacionamento, mas o que vemos aqui é a dor de um homem tentando salvar um casamento que não está mais dando certo. Um doloroso retrato dos conflitos amorosos na linha “A vida como ela é”.

Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977). Com Woody Allen e Diane Keaton. Direção de Woody Allen.

A inusitada e complicada relação entre uma cantora e um humorista rende alguns dos melhores momentos do cinema dos anos 70. Tudo aqui é muito espontâneo, com doses de humor e drama na medida certa.

Nosso Amor de Ontem (1973). Com Barbra Streisand e Robert Redford. Direção de Sidney Pollack.

Obra que marcou época e se estabelece como um dos maiores exemplares do cinema romântico, com um casal de atores no auge de suas carreiras. A história não se fixa em um único período, mas vai atravessando o tempo, moldando e mudando o comportamento daquele casal.

O Casamento do Meu Melhor Amigo (1997). Com Julia Roberts e Dermot Mulroney. Direção de P. J. Hogan.

Quando um homem convida sua melhor amiga para o seu casamento, ele não esperava que ela fosse fazer de tudo para sabotar a cerimônia e ficar com ele. Muita confusão e romance nesta comédia que agradou os críticos e o público.

Nosso Amor de Ontem (1973)

O Jardineiro Fiel (2005). Com Ralph Fiennes e Rachel Weisz. Direção de Fernando Meirelles.

Um homem tem sua esposa assassinada e descobre que ela pode ter sido infiel a ele. Para saber o que de fato aconteceu, ele empreende uma viagem pela África. Ainda acreditando no amor, suas descobertas o levarão a revelações surpreendentes.

O Morro dos Ventos Uivantes (1939). Com Laurence Olivier e Merle Oberon. Direção de William Wyler.

Considerada a melhor versão da obra-prima da escritora inglesa Emily Bontë, conta uma história de amor diferente de tudo que já foi mostrado. O amor (que beira o sobrenatural) do rude Heathcliff pela rica Catherine segue um caminho tortuoso e inevitavelmente trágico

O Paciente Inglês (1996). Com Ralph Fiennes e Kristin Scott Thomas. Direção de Anthony Minghella.

Durante a Segunda Guerra, um piloto sofre um grave acidente de aviação, e rememora seu intenso e proibido romance com a esposa de um amigo. Idas e vindas no tempo em uma premiada superprodução. Destaque para o elenco afinado e a boa reconstituição de época.

O Piano (1993). Com Holly Hunter e Harvey Keitel. Direção de Jane Campion.

O amor como negação e aceitação na história de uma mulher muda que vai morar (juntamente com a filha) com o seu futuro marido; mas, através de seu piano, sua vida se transforma quando ela se relaciona com outro homem. Um dos mais belos filmes dos anos 90.

Romeu e Julieta (1968). Com Leonard Whiting e Olivia Hussey. Direção de Franco Zeffirelli.

A mais romântica obra já escrita ganha aqui sua mais adorável versão. O lendário e shakespeariano casal de jovens apaixonados luta pelo amor, mas se esbarra na eterna adversidade entre suas famílias.

O Morro dos Ventos Uivantes (1939)

Suplício de uma Saudade (1955). Com William Holden e Jennifer Jones. Direção de Henry King.

Um dos maiores clássicos românticos do cinema, eternizado por sua inesquecível canção “Love is a Many-Splendored Thing”. No final dos anos 40, um correspondente estrangeiro se apaixona por uma viúva na conturbada China comunista.

Titanic (1997). Com Leonardo DiCaprio e Kate Winslet. Direção de James Cameron.

O slogan do filme dizia: “Não poderia haver nada que os separasse”; mas não é bem assim que termina a história de amor de Jack e Rose. Em meio à viagem do maior transatlântico da época, o casal é perseguido pelo noivo da moça; porém, algo muito pior os esperam.

Um Amor para Recordar (2002). Com Shane West e Mandy Moore. Direção de Adam Shankman.

Um rapaz sem perspectiva se apaixona por uma jovem. Com o tempo elefica sabendo que ela tem leucemia. Ele não desiste de seu grande amor e segue até o fim com sua amada, mesmo diante de todas as barreiras. Uma das mais tristes histórias de amor do cinema moderno.

Um Dia (2011). Com Anne Hathaway e Jim Sturgess. Direção de Lone Scherfig.

Durante 20 anos, sempre no dia 15 de julho, um casal de amigos, com um caso de amor mal resolvido entre eles, se reencontram. Ambos nutrem uma paixão pelo outro, mas o tempo passa e eles não sabem exatamente o que fazer. Só resta ao casal lidar com a sensação de oportunidades perdidas.

Uma História de Amor (1988). Com James Wilby e Imogen Stubbs. Direção de Piers Haggard.

Um homem retorna a um pequeno vilarejo e relembra seu passado ali, quando teve um relacionamento com uma jovem camponesa. Este filme deveria se chamar “Uma História de Amor e Covardia”, devido ao desfecho triste e injusto de um dos personagens.

 

 

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