CRÍTICA: DÍVIDA PERIGOSA
The Outsider leva bem a sério o próprio título, e mantém o seu protagonista bem longe do próprio filme.
Ficha técnica:
Direção: Martin Zandvliet
Roteiro: Andrew Baldwin
Elenco: Jared Leto, Tadanobu Asano, Shiori Kutsuna, Kippei Shiina e Emile Hirsch
Nacionalidade e lançamento: Estados Unidos, 9 de março de 2018 (mundial)
Sinopse: Após ser preso em território inimigo, o militar norte-americano Nick Lowell ajuda um companheiro de cela a escapar e acaba entrando para o sombrio e devastador mundo da Máfia Japonesa. Acompanhamos a sua jornada dentro da Yakuza em plena década de 1950.
Temos aqui a grande e aclamada Netflix em uma temática que já não é mais tão explorada como antigamente, de um argumento que traz uma ótica atraente e que tinha tudo para ser um grande diferencial, atores de peso em ambas as nacionalidades, Roteiro de Andrew Baldwin, que havia feito o recente Bastille Day (que por aqui ficou como Atentado em Paris) e tudo nas mãos do Diretor Martin Zandvliet, dinamarquês recém Indicado ao Oscar do ano passado como Melhor Filme Estrangeiro com o Under Sandet (abrasileirado para Terra de Minas), mas algo aparentemente deu bem errado no processo.

O prisioneiro que acompanhamos acaba ajudando um parceiro de cela a fugir da cadeia, com a promessa de que quando Nick sair, a sua ”família” irá lhe buscar para compensar o favor. Este companheiro de cárcere é Kiyoshi (Tadanobu Asano), membro de uma das facções mais importantes locais dentro da Yakuza. E quando passamos para a saída de Leto da cadeia e vamos conhecer a tal ”família”, tudo no Longa parece que vai melhorar, em partes de fato até ocorre, mas em partes. O desânimo pelo papel, nos traz um Leto esmorecido, monótono, sem sal. Realmente provando ser inconstante em sua própria carreira. Graças a isso, infelizmente somos tirados da imersão a cada vez que o ex-oficial precisa fazer algo pela trama.

Talvez se o Netflix tivesse mantido a ideia inicial, que era realmente trabalhar com um Diretor Oriental, no caso o Takashii Miike (de 13 Assassinos e o incrível Gozu), que poderíamos ter uma visão diferente e quem sabe até adicionado mais vida a tudo. O meu único medo neste caso era ele exagerar na violência, onde aqui, convivemos com algo bem satisfatório. Emile Hirsch seria um Nick Lowell muito melhor do que o Jared Leto foi, sem falar que na época em que o Roteiro foi comprado, o protagonista seria o Tom Hardy – no qual sou fã a ponto de ter uma tatuagem, o que me torna muito suspeito em comentar sobre ele dentro de um contexto que gosto tanto, como o da máfia nipônica.
Acabei assistindo este filme, não só pela temática que amo, mas por ouvir pessoas comparando o protagonista ao John Wick.
Nick Lowell está muito longe de ser John Wick, em cada passo, movimento, fala. Reeves trouxe um personagem cansado e desgastado e não um desinteressado.
Eu vou falar a verdade aqui… torci para que matassem o cachorro do Nick só para tentar achar algum resultado.


