Doctor Who – Entenda a série (Parte 1)
A série mais antiga da televisão está passando por uma fase de mudanças dignas de maratona, afinal, agora teremos uma Doutora. Mas é claro que com uma história tão grande e cheia de detalhes, as vezes a preguiça se torna maior do que a vontade de começar a acompanhar. Pensando nisso, vamos fazer uma inserção para os interessados nesse mundo maravilhoso e cheio de particularidades incríveis. Serão cinco partes de uma coleção de informações que vão deixar papinha para quem quer entender o universo de Doctor Who! Abaixo, a primeira será uma imersão super básica para entender o contexto das outras quatro partes.
PARTE 1
Como a história é um tanto complexa pela infinidade de detalhes, vamos começar com um resumo do básico. O Doctor é o personagem principal e tudo o que acontece gira em torno dele (ou dela agora). O ponto é que ele é um extraterrestre, um alien mesmo, de Gallifrey, planeta natal dos Senhores do Tempo. Mas esse Doctor em especial, fugiu de seu lugar de origem e vaga pelo universo em seu “””veículo”””, a TARDIS.
+ O que é a TARDIS?
A palavra é uma sigla para Time and Relative Dimension(s) in Space, que traduzindo literalmente, seria algo como Tempo e Dimensão Relativas no Espaço (esclarecedor, não?). A função da TARDIS é viajar no tempo e espaço. Isso mesmo, qualquer época, qualquer lugar. Além de dar dicas e ser a crush favorita do Doctor ;). O detalhe aqui é que ela parece pequena por fora mas é enorme por dentro. Por isso, quando encontrar um *whovian por aí, é bem capaz que acabe ouvindo a frase: “It’s bigger on the inside!”
*whovian: fã de Doctor Who
Poderia colocar outras formas que encontramos a TARDIS durante a série, mas daí seria spoiler, e whovian que é whovian, não tolera spoilers!
Bom, voltando ao Doctor. Não sei se já tiveram contato com alguma imagem da série, mas sempre mudam de atores para interpretar o Doctor, já tivemos oito doutores do tempo clássicos e, agora, já são cinco oficiais (fora mais um ou outro não vou dar spoiler para os iniciantes, whovians) – na ordem: Christopher Eccleston, David Tennant, Matt Smith, Peter Capaldi e Jodie Whittaker (em breve). Acontece que o Doctor quando está prestes a falecer, consegue se regenerar. Para isso, troca de aparência completamente. A escolha do próximo corpinho depende de como ele se sente em relação ao mundo. Cada vez que isso acontece ganha uma nova personalidade, mas preserva a memória. Então, temos vários estilos de Doctors, na contagem, estamos na 13ª. Tem uns mais brincalhões, outros sérios e até malucos. A próxima regeneração (vejam a data desta postagem, hein), será com a Jodie como 13ª Doctor.
Bom, o básicão está feito. Agora vamos entender a série? Primeiro, vamos dividir em duas categorias gigantes: a clássica (do 1º ao 8º Doctor) e a atual (9º à 13ª Doctor).
O começo
A série foi criada em 1963 pela BBC, com o intuito, não só de ser uma ficção científica para televisão (o que já era inovador para a época), mas também tinha um contexto histórico, no qual era possível aprender um pouco sobre a história da Inglaterra e países próximos. Claro que tudo bem simplão, já que o orçamento era baixíssimo.
Mas o Doctor não poderia sair por aí viajando no tempo sem criar confusão, não é mesmo? Então, foram surgindo vilões para ele enfrentar. Os mais famosos dessa época são os Daleks e Cybermans.
Daleks
São de origem do planeta Skaro, seus corpos são feitos de metal e parecem pequenos tanques com um “olho”. Essa raça de cyborgues foi criada para conquistar todo e qualquer lugar, por um cientista (Davros), durante a guerra. Obcecados por poder e sempre gritam “Exterminate!”, com uma voz de robô. O arqui-inimigo deles, claro, é o Doctor. Por motivos que vão sendo descobertos durante a série. Sério, tem vários acontecimento sobre os Daleks que o fazem ser um vilão incrível. Pessoalmente, não dava nada para esse robozinho, mas tem um episódio em especial, com a Clara que me deixou com medo deles. Enfim, o visual deles é inspirado em um vidro de pimenta e foi criado por Ray Cusick, que os construiu com uma verba de 250 libras.
Cybermans
A origem deles é de um planeta gêmeo da Terra, chamado Mondas, mas que a espécie foi tomada por uma necessidade de se preservar. Para tal, foram adicionando cada vez mais metal e partes sintéticas ao corpo, até virarem algo totalmente artificial. Durante a série aparecem outros dois tipos de Cybermans, os criados pela Cybus Industries e pela Missy. Mas isso é para quem quer se aventurar em uma maratona!
Bom, muita informação, não é mesmo? E a jornada nem começou. Antes de terminar a primeira parte, uma última coisa precisa ser apresentada: os companions! De uma visão mais cinéfila, sabemos que qualquer ser ou universo diferente precisa ser apresentado ao telespectador por meio de uma visão mais próxima dele. Isso acontece em várias histórias, por exemplo, Sherlock e Watson. Para acompanhar o raciocínio lógico e cheio de brainstorms, temos o Watson que nos representa, alguém que precisa ouvir as explicações e, assim, interpretar o caso. Ou então, temos o Harry, que aprende junto conosco o que é o mundo de magia e bruxaria de Hogwarts.
Enfim, o Doctor sempre está acompanhado de um companion, que geralmente é um ser humano. E com essa visão mais próxima nós entendemos o que está acontecendo. Porque vocês vão perceber, várias vezes ficamos só com cara de ué mesmo. ¯\_(ツ)_/¯
Foram mais de 30 companions até hoje e não existe uma regra para trocar esses personagens, vai de acordo com a sintonia da história e do Doctor atual. Muitas vezes acontece a regeneração e não dá muito certo a antiga companion com o novo Senhor do Tempo. Enfim, acontece. Mas ao longo da série, vários marcaram os fãs. E, sério, sempre dá briga para saber qual foi o melhor ou a melhor. Mas todos eles serão apresentados conforme for seguindo a lista de Doutores.
Para a Parte 2, vamos conhecer os oito primeiros doutores, suas companions, além de esclarecer a relação de Douglas Adams com a série e seu episódio, que virou livro recentemente: Shada.
Até a próxima!