Ranking dos Filmes de Herói em 2017
Os filmes de super Herói viraram um subgênero importante na indústria cinematográfica. Seja em bilheteria, dominando o topo das arrecadações, ou até ganhando Oscar (não esqueçam de Esquadrão Suicida em Maquiagem). Este ano tivemos 9 filmes nessa categoria de ” Herói “. E sim, tem coisa além da velha briga DC/Marvel.
Vale o comentário de que a análise está se restringindo aos filmes. Não leva em conta uma paixão prévia por esse ou aquele personagem, até porque eu não tenho uma preferência destacada por nenhum. Toda forma, a lista está aí para ser discutida. Coloquem a de vocês nos comentários 😀
9- GUARDIÕES:
Este poderia até entrar na categoria café com leite ou mesmo vergonha alheia de 2017. Não vou falar dos defeitos especiais, somente deu pena daquilo… A história é genérica e a tentativa de um Vingadores russo é pífia. As lutas, poses e diálogos lembram qualquer filme canastrão dos anos 80. O poder da amizade (é sério, tem isso) faz qualquer temporada do Digimon parecer filosofia de primeira e a união deles forma um megazord estranho. Sentido aqui não há (a dublagem americana, que algumas sessões nacionais tiveram, é qualquer coisa de patética)
Por falar em Megazord, taí uma série que atravessou temporadas e marcou uma galera. Normal ter mais um filme para aproveitar essa nostalgia. Esperar aqui um roteiro complexo seria tolice, mas parece que os roteiristas queria algo nessa linha, pois o tom sisudo de alguns momentos gera uma estranheza. A necessidade de dar uma profundidade temática atrapalha o ritmo e tem os temas abordados só na superfície. Parecia que eles estavam bem intencionados, mas temas como autismos, homossexualidade e fotos íntimas na internet ficam ali soltos. As lutas não tem emoção e os personagens não tem carisma. Os vilões são genéricos e caricatos, até para um nível Power Rangers…
Confira a nossa crítica completa de Power Rangers
Entramos no primeiro filme da briga Marvel/DC. Sim, dos grandes estúdios Thor: Ragnarok foi o que entregou o pior trabalho. Ainda com foco na aventura, mas tentando enveredar para o humor, temos uma trama familiar – no sentido de conhecida e de família mesmo. A briga entre irmãos ganha um elemento novo, a vilã Hela. Tão poderosa que o filme a afasta dos heróis em boa parte do tempo. O carisma dos atores e personagens é usado e abusado, Thor: Ragnarok vai pouco além disso, aliás. Um belo universo foi apresentado, mas o longa não dá conta de explorar e parece optar por uma personagem caindo de bêbada. Por todos esses motivos é que dos 17 filmes da Marvel este foi o pior.
Confira o nosso podcast onde DEBATEMOS o filme, sim debate de verdade, com visões distintas.
E veja esse especial onde analiso piada a piada e digo quais funcionam ou não.
Para os fãs de HQs talvez este seja o encontro mais esperado de muito tempo. O filme sabendo da “responsabilidade” resolve ir pelo caminho mais simples, por vezes beirando o simplório: uma trama direta, sem muitos floreios. O resultado foi cambaleante: por um lado algumas lutas empolgam e geram um fanservice honesto. Por outro, temos novamente um ar genérico e esquecível. O CGI está grotesco, principalmente do vilão, o corte final deixou algumas lacunas que provavelmente serão sanadas depois (azar do filme…). E o gosto agridoce fica martelando: “que legal ver esses super amigos lutando, que chato que já esqueci…”
Confira a crítica completa de Liga da Justiça
5- HOMEM ARANHA: DE VOLTA AO LAR:
Depois de ameças globais, nada melhor que uma coisa mais pé no chão para o amigo da vizinhança ser apresentado. Homem-Aranha de Volta ao Lar usa muito bem o humor adolescente e entrega, mesmo dentro da fórmula, um respiro. Porém ainda presta muita reverência ao universo Marvel com ligações tiram o tempo de tela, sim estamos falando de Homem-Ferro. O vilão ganha viço com um ator como Michael Keaton e tem um plot twist bem interessante, mas o plano dele e as cenas de ação deixam muito a desejar. Vale comentar da última cena pós-créditos que brinca de um jeito excelente com a metalinguagem.
Confira 5 pontos bons e ruins sobre o filme
E ouça o nosso podcast com outro debate (menos que em Thor, mas ainda assim com divergência)
4- GUARDIÕES DA GALÁXIA Vol 2:
Se Homem Aranha segue ainda a fórmula, Guardiões da Galáxia foge do tom e é, por enquanto, a única comédia assumida da Marvel – e o Vol 1, o melhor filme do estúdio. Com uma trupe de desajustados e uma trilha sonora com grande valor narrativo, a turma cativou a maioria que sequer sabia da existência deles. A sequência nem de longe é ruim, mas amarga o peso do antecessor tão bom. E de certo modo se apoia muito no sucesso daquele. Piadas autorreferentes, a divisão dos personagens em grupinhos, um excesso das cenas pós-créditos e a resolução dos problemas tornam o cool universo de Guardiões da Galáxia não tão bacanudo assim, mas com um saldo ainda positivo.
Veja com mais detalhes esses pontos que decepcionaram no filme
E, claro, ouça o nosso podcast
Diversão. A animação, uma das melhores do ano, serve para parodiar os fãs do morcegão. Entregando “dramas” muito engraçados e uma gama de vilões nunca antes vista. TODOS os vilões dos vários batmans estão presentes… é algo absurdo no melhor sentido. Mas o humor não se restringe ao homem morcego: os filmes anteriores da DC e até os outros vilões da Warner dão as caras aqui. O filme perde um pouco por não saber a hora de respirar e por ter alguma barriga. Só vi a versão dublada, que infelizmente prejudicou bem a experiência, ainda assim, vale o pódio nos filmes de Herói de 2017.
Leia a crítica completa de Lego: Batman
A grande heroína tardou para ter um filme próprio, mas entregou um material muito bom. Não à toa os mais apaixonados estão cogitando Oscar em algumas categorias, acho exagero, mas entendo que é possível dado o tom político-social da premiação. Na parte técnica só faço ressalvas quanto à computação gráfica, pois figurino, montagem, fotografia e trilha cumprem bem cada quesito. A atriz Gal Gadot e o parceiro Chris Pine têm química e ajudam a história a andar. Ela com uma presença marcante, que veio desde Batman v Superman e chegou no Liga da Justiça. História de origem bem corretinha, narrativamente bem contada e com um subtexto da guerra e outro envolvendo fé e ciência que cabem bem no filme. O melhor filme da nova fase da DC.
Confira os 5 grandes acertos do filme
E ouça o nosso cast destrinchando todo a obra
Disparado o mais bem realizado no nicho Super Herói em 2017. Logan traz um peso de um protagonista que passou por muita coisa e apanhou no passado (analogia com a própria franquia). Vemos esse drama na fotografia, direção de arte e trilha, mas principalmente nos atores: os veteranos Hugh Jackman e Patrick Stewart entregam belas atuações (outro exagero falar de Oscar aqui, mas foram excelentes), acompanhados da jovem talentosa Dafne Keen. O começo instigante, com um desenvolvimento intenso e o final emocionante coroa uma história pra lá de digna. Logan mexeu com os corações e entregou cinema de primeira, para além do Herói pelo Herói…
Na minha crítica completa eu até peguei mais pesado com o filme, mas hoje a nota seria maior.
E aqui o cast do melhor filme do subgênero de 2017