Pornô: precisamos falar sobre isso
É, é isso mesmo o que você está lendo. Pornô. Filme adulto. É cinema? Não é? Que raios ele influencia nas nossas vidas? E na vida das mulheres? Influencia em alguma coisa? Tem filme feminista? É errado assistir?
Enfim, essas e outras perguntas eu me fiz várias vezes, até que conversei com a Iole Melo, que além de ser autora aqui no Cinem(ação), também é apresentadora junto comigo no podcast As Mathildas.
Iríamos gravar esta semana, mas por “obra do destino”, não conseguimos e remarcamos para a semana que vem. E aí, fiquei com a sensação de que esse tema deveria ser mais discutido, para trazer mais ideias. E sim, nossos planos estão tão grandes que acreditamos que esse assunto terá um especial de 2 episódios.
Pedido especial:
E o que eu queria, leitor e leitora que me lê neste momento, é levantar ideias. Sim, ideias. Porque veja bem: é um tabu falar de sexo, certo? Ninguém fala de como é o sexo no relacionamento porque teoricamente isso é errado (?). Aí, dependendo de como foi sua educação em casa, pouco você aprendeu sobre sexo com os pais. E aí, como é que você aprende o que é sexo? Aquilo que a gente vê na TV é real oficial? Tem que ter esperma na cara, gritar enlouquecidamente? E como é que isso afeta na autoestima? Temos que ser iguais às atrizes pornô? Lindas, siliconadas, sem celulite e depiladas full time?
Coisas bizarras:
Acredite, tudo isso veio à tona quando li recentemente uma matéria no Uol escrita por uma amiga falando sobre meninas (VIRGENS) que estão fazendo procedimentos cirúrgicos para “embelezar” a vagina. É, é isso mesmo. Triste, porém verdade.
E agora tem no mercado um creme que é “iluminador de vagina“, porque claramente, elas não tem brilho nenhum. Ah, e são feias.
E isso só me faz reforçar que algo de muito ruim está errado por aí. Porém, tem uma diretora feminista de filme pornô que está cada vez mais chamando a atenção da mulherada. Seu nome? Erika Lust. Já ouviu falar? Ah, e tem a Sasha Grey (da foto, ex-atriz pornô), que vem mudando o cenário ultimamente ao se dizer uma mulher pós-feminista.
Bora problematizar tudo isso e deixar um belo de um comentário aqui embaixo? Diga aí qual é sua relação com o pornô e se tudo isso que eu disse acima faz – ou não – sentido. Ou mande um e-mail para [email protected]. Vai ser um prazer conversar com você! 🙂
p.s.:* seu comentário pode entrar no Feedback das Mathildas, no nosso podcast. Comenta, vai!
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