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Artigo

The Lizzie Borden Chronicles

“Lizzie Borden took an axe

And gave her mother forty whacks.

When she saw what she had done,

She gave her father forty-one.”

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The Lizzie Borden Chronicles” (2015) é uma minissérie norte americana baseada em fatos reais, e já pode ser encontrada no Netflix. É uma continuação do filme “A Arma de Lizzie Borden” (Lizzie Borden Took na Ax, 2014), que foi dirigido por Nick Gomez e pouquíssimo aceito pelo público. Entretanto, a série teve uma boa repercussão. Os oito episódios narram a história da jovem Lizzie Borden (interpretada por Christina Ricci), que foi acusada e absolvida de ter assassinado seu pai e sua madrasta com machadadas brutais em 1892. Após 4 meses de sua absolvição, ela e sua irmã Emma Borden (Clea DuVall) tentam viver uma vida normal, apesar da cidade inteira olhar Lizzie com outros olhos. Todavia, quando o detetive Charlie Siringo (Cole Hauser) passa a investigar o crime, a cidade de Fall River volta a vivenciar uma onda de crimes violentos.

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Mas antes de tudo, qual é a história real? Em 1892, Lizzie Borden alegou ter encontrado o pai e a madrasta mortos em sua casa, onde só estavam ela e a empregada da família. Os policiais nunca souberam exatamente a arma utilizada no crime, mas suspeitaram de um machado encontrado no porão. Seu pai levou em torno de 10-11 machadadas, enquanto sua madrasta levou 19. Embora Lizzie tenha sido absolvida da acusação, muitos acontecimentos estranhos rondam o mistério do crime até os dias de hoje. Alguns dias após o assassinato do casal, Lizzie queimou um de seus vestidos, justificando que havia derramado tinta nele. Além disso, Lizzie estava menstruada no dia do crime, a várias de suas roupas estavam sujas de sangue. Assim, a polícia não deu atenção à algumas provas que poderiam ter sido cruciais naquela época. A história de Lizzie Borden continua não esclarecida, e várias teorias foram elaboradas para solucionar o assassinato.

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Embora a minissérie seja baseada na história de Lizzie Borden, obviamente o desenrolar da trama é fictício. Particularmente, eu achei bem interessante a criação de alguns personagens e o desfecho que eles levaram. As cenas não são completamente imprevisíveis; afinal, logo entendemos que quem entra no caminho de Lizzie Borden acaba por levar um fim não muito agradável. Ainda assim, a trama consegue prender o espectador. A atuação de Ricci está impecável. Seu trabalho supera todas as expectativas, e acaba sendo o grande destaque da série. Arrisco-me a dizer que, sem Ricci no papel principal da temida Lizzie Borden, a série não possuiria uma boa recepção das críticas.

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A trilha sonora também acertou em cheio. As cenas de ação foram bem elaboradas e ajustadas com as músicas certas. O conjunto de todos os elementos cria um aspecto mórbido de uma cidade pequena que passa por uma onda de violência sem fim. Afinal, de qual lado está a polícia? O aspecto inocente e calmo de Lizzie Borden engana as autoridades ou controla seus atos por puro temor? É evidente o medo que as crianças sentem, mas e os adultos? A irmã de Lizzie, Emma, também possui um papel crucial na história. De início, não é possível saber se Emma de fato considera sua irmã inocente, ou se ela está cega. Além disso, a sede de justiça do detetive Charlie Siringo deixa tudo mais agitado. Sem esquecer que quem mexe com fogo, acaba se queimando.

A série não será renovada, e eu acho isso ótimo. Saber a hora certa de parar é essencial. Quantos seriados por aí que não souberam a hora de finalizar os trabalhos e acabaram se dando mal? Isso não acontece com “The Lizzie Borden Chronicles”. Recomendo a todos que gostam de mistério e ação, com uma trilha sonora perfeita.

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