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Crítica: Copenhagen

Copenhagen foi uma grata surpresa encontrada entre “garimpos” na Netflix sobre amadurecimento (não confundir com o filme homônimo de 2002)

 

Copenhagen-03Ficha Técnica:
Direção e roteiro:  Mark Raso
Elenco:  Gethin Anthony, Frederikke Dahl Hansen, Sebastian Armesto
Nacionalidade e lançamento: Estados Unidos/Canadá/Dinamarca, 2014 (2016 no Brasil – diretamente em home video/streaming)

Sinopse: Após viajar pela Europa por algum tempo, o imaturo William, de 28 anos, se encontra em Copenhagen, cidade de nascimento do seu falecido pai, onde finalmente buscará encontrar o avô perdido. Ele conhece a jovial Effy, que passa a ajudá-lo a encontrar o que resta da família de William. A sabedoria e juventude de Effy encantam William. Enquanto o relacionamento dos dois se desenvolve de forma confusa, ele descobre coisas nada agradáveis sobre o passado de sua família.

 

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Em menos de cinco minutos de filme, já conseguimos identificar uma característica importante do protagonista de “Copenhagen”: ele é um idiota. Considerando que o melhor amigo do protagonista não aparenta ser uma pessoa tão carismática, é necessário um pouco de paciência até que a cativante Effy (Frederikke Dahl Hansen) surja para nutrir alguma empatia.

A boa notícia é que isso muda ao longo do tempo.

O filme do diretor americano Mark Raso conta a história de um rapaz que, apesar de não ser mais um adolescente, se comporta como um. Com sotaque americano e vivido pelo ator britânico Gethin Anthony (famoso pelo Renly Baratheon na série Game of Thrones), o protagonista busca por duas coisas que se antagonizam na capital dinamarquesa: o passado de sua família e o sexo fácil das garotas que encontra pela viagem.

Após se ver sem a presença do amigo, que o acompanhava na viagem, William conhece a garota Effy, que passa a ajudá-lo a descobrir mais sobre sua família, tornando-se não apenas uma guia turística confidente, mas uma amiga tradutora de dinamarquês.

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Ainda que tenha alguns diálogos expositivos no início, o desenrolar da trama é simples, e ganha justamente pela singeleza. Ao mesmo tempo em que realiza muito bem a reação do protagonista quanto à idade da garota, o longa parece não saber de que forma mostrar o real desenvolvimento de William rumo a uma maturidade bem-vinda. É claro que ela existe, mas há momentos em que ele parece alternar de maneira incongruente entre o “moleque rude” e o “adulto sensato”. É claro que não conseguimos entender plenamente como e por que a garota decide acompanhar as desventuras de William em busca de suas raízes, mas ao menos isso garante situações dramáticas curiosas e, algumas vezes, engraçadas, além de um drama convincente.

“Copenhagen” não é um filme que muda vidas, mas garante um pensamento contundente sobre a idade certa para crescer: ela não existe e pode vir por meio de qualquer pessoa com quem nos conectamos ao longo de nossa trajetória. Além disso, o longa deixa qualquer um com vontade de conhecer a cidade-título.

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3/5

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