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Crítica: Mente Criminosa

Mente Criminosa quer ser mais do que é. E falha terrivelmente como obra cinematográfica.

Ficha Técnica:
Direção: Ariel Vromen
Roteiro: Douglas Cook e David Weisberg
Elenco: Kevin Costner, Gary Oldman, Tommy Lee Jones,  Ryan Reynolds, Gal Gadot
Nacionalidade e lançamento: EUA, 2016 (14 de abril de 2016 no Brasil)

Sinopse: após a morte de um agente da inteligência, as memórias dele são implantadas em um imprevisível criminoso com o objetivo de desarticular uma trama que pode destruir o mundo.

Mente Criminosa

Pegue um elemento de ficção científica e coloque em um roteiro genérico e uma direção falha. Com um certo exagero eu poderia terminar a crítica aqui. Ah, eu teria também de falar do subaproveitamento de atores famosos e talentosos. Pronto, agora sim dá para finalizar a análise.

Por mais que eu tenha uma sincera vontade de fazê-lo, tentarei extrair as nuances do confuso, chato e esquecível longa Mente Criminosa.

A cena inicial se desenrola em uma situação onde não sabemos quem é quem. Ele não perde tempo com explicações e já te coloca na ação. Encarei isso como algo promissor e como eu sabia qual era o elenco do filme fiquei ainda mais empolgado. Cinema é também a arte de nos enganar, infelizmente aqui no mau sentido.

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O roteiro tem um texto ruim, com alguns diálogos que faz o público revirar os olhos (o final é o exemplo máximo disso). A curiosa sacada de implantar memórias de um agente recentemente morto em outra pessoa até tem potencial para ser um filme de super heroi, mas aqui foi completamente mal desenvolvida. Mesmo com o material fraco nas mãos, o diretor poderia desempenhar um bom trabalho. Não é o caso. Parece que eles esqueceram que cinema é a arte de contar uma história.

Os atores estão no automático. Passa a sensação que estão ali pelo cachê ou por uma questão contratual. Há várias mortes no longa e não nos importamos com nenhuma delas. Verdade seja dita, Kevin Costner está bem. Ele incrivelmente consegue passar o carisma necessário e desperta o nosso interesse. Quando ele assume o filme e está em tela, a obra ganha consideravelmente. Felizmente, Costner lembrou que cinema é arte de interpretar.

Mente Criminosa

Há os longas que focam no drama. Desenvolve os personagens, a história e geram um envolvimento emocional com quem assiste, alguns até levam às lágrimas. Há, também,  muitos filmes de ação que servem só para o público comer pipoca e matar aquelas 2 horas. Neste caso as cenas de ação tem que ser divertidas, tensas e bem filmadas. Mente Criminosa tenta ser os dois. Tenta. A ação é mais genérica que o usual e não empolga, nunca vi uma sala ficar tão apática em um filme do gênero. Cinema também é a arte de entreter.

Mente Criminosa não deve ficar marcado, muito menos ganhar um Oscar. Pode ser que faça algum sucesso nas bilheterias, mas recomendo: diversos outros longas estão em cartaz então escolha com sabedoria o que vai assistir. Cinema é arte, Mente Criminosa não.

https://www.youtube.com/watch?v=6VjdIQA0jDE&ab_channel=Trailersnosferahcorp

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