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Crítica: Voo 7500

Eu sempre fico apreensiva em filmes de terror ou suspense que se passam durante um voo. Não digo isso devido a acidentes aéreos que podem ocorrer. Mas se algo acontecer lá em cima, não há para onde fugir. Os personagens estão presos naquela situação assustadora ou paranormal, e o máximo que podem fazer é esperar o voo chegar ao destino programado (isso se conseguir chegar). Então, antes mesmo de entrar na sala de cinema, eu já estava pensando no filme e acabei criando expectativas. Não devia ter me preocupado tanto.

“Voo 7500” (7500, 2014) foi dirigido por Takashi Shimizu, o mesmo diretor de “O Grito” (The Grudge, 2004), e escrito por Craig Rosenberg, e só chegou aos cinemas brasileiros neste ano. A história é sobre um voo que parte de Los Angeles para o Japão. Tudo está aparentemente normal, até que, após uma turbulência, um dos passageiros entra em pânico e morre em poucos minutos. Para manter a calma do resto dos passageiros, a tripulação decide deixar o corpo na área designada à primeira classe, que é levada para junto dos passageiros da classe econômica. A partir daí, eventos sobrenaturais começam a se desencadear, como o sumiço do corpo, até o final do filme.

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Se você espera ir ao cinema para levar alguns sustos, recomendo esse filme. Agora, se você espera um filme com um enredo brilhante e um final que surpreende, recomendo que você nem perca o seu tempo. Por ser um filme de baixo orçamento, talvez já fosse esperado que não fosse grande coisa. Porém, acho que esse é um momento e uma oportunidade onde diretores e roteiristas poderiam criar algo simples e inovador, que nos levasse a enxergar o quão bem feito e simples é o filme, ainda mais por ser de baixo orçamento. Mas não é o caso aqui.

A direção deixa a desejar, assim como o enredo e os atores. É incrível como não consegui me simpatizar com nenhum personagem, pois tudo é muito forçado. Até agora não consegui entender qual o objetivo do filme em si, e qual tipo de longa de horror o diretor e o roteirista se propuseram a criar.

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Uma das únicas qualidades do filme é o tempo. Por não ser um filme longo (80 minutos), o espectador não chega a ficar entediado ou cansado. Shimizu não cria cenas de enrolação, e a história do voo se passa rapidamente. Meu grande agradecimento!

Em resumo, “Voo 7500” é um filme ruim, que só garante alguns sustos e que não exige muito do nosso tempo. Os personagens são fracos e aparentemente não houve muito capricho por parte da direção e do roteiro. O mais surpreendente é que este filme tenha conseguido chegar aos cinemas brasileiros.

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