Sobrenatural (Insidious) – A Franquia
Esse texto contém spoilers!
No dia 30 de julho foi lançado o filme “Sobrenatural: A Origem” (Insidious: Chapter 3) nos cinemas. Ainda não tive a oportunidade de assistir, mas estou muito curiosa. Essa é uma das poucas franquias de filme de terror que realmente vale a pena assistir. A trama dos capítulos 1 e 2 se encaixam e se explicam, e a história não é ignorante.
Não poderíamos esperar menos da incrível direção de James Wan, que ficou famoso por dirigir o primeiro filme da franquia “Jogos Mortais”, sendo o responsável pela criação do amedrontador boneco Billy. Wan possui um estilo peculiar, e nos dois primeiros capítulos de Sobrenatural ele brincou com as câmeras de uma forma que não poderia ser melhor.
No primeiro capítulo, lançado em 2011, somos apresentados ao casal Lambert. Josh (Patrick Wilson) e Renai Lambert (Rose Byrne) possuem dois filhos e uma filha recém-nascida. O enredo começa a progredir quando o filho Dalton entra em um estado de coma inexplicável. Os médicos não conseguem acordá-lo, e muito menos encontram uma maneira de explicar o adormecimento da criança. Então, depois de meses, os pais podem levá-lo para casa e continuar o tratamento. Quando acontecimentos estranhos começam a se desenvolver, o casal decide mudar de casa, mas os eventos sobrenaturais não param. Renai pede ajuda a uma investigadora paranormal, Elise Rainier (Lin Shaye), e sua equipe. Elise sente a presença de algo demoníaco na casa, e explica logo de cara que Dalton não está em coma. O menino possui o poder de viajar mentalmente para o plano astral, e acabou perdido em um lugar chamado “The Further”, onde ficam as almas torturadas. Esse conceito é muito legal! Por isso o menino está em coma, já que sua mente não está no seu corpo. E através dele, as entidades do outro mundo conseguem entrar na casa.
Quando Elise tenta se comunicar com Dalton para guiá-lo para fora do outro mundo, a entidade demoníaca entra em ação. Nesse momento descobrimos que Josh, o pai do menino, já perambulou nesse plano astral e Elise que o guiou para fora. Josh passou essa habilidade para seu filho Dalton, e Elise decide que Josh deve entrar no “The Furhter” para salvar seu filho. Eles conseguem voltar ao mundo real, porém, Elise nota que Josh está diferente. Ela tenta tirar uma foto dele, mas ele a estrangula até a morte. E é assim que termina o capítulo 1, deixando no ar que Josh voltou possuído.
No capítulo 2, lançado em 2013, os mesmos atores estão de volta ao elenco. É apresentado um pouco do passado de Josh, na época em que a mãe dele chamou Elise para ajudá-lo. Renai está sendo interrogada a respeito da morte da Elise, e o casal decide mudar-se para a casa da mãe de Josh, Lorraine Lambert (Barbara Hershey). Lorraine nota que Josh está estranho, e suspeita que ele esteja possuído. Quem voltou para o mundo real não foi Josh, mas sim uma entidade. Josh continua perdido no plano astral. A equipe de Elise tenta um plano para trazê-lo de volta, pedindo ajuda a Carl, que estava junto com Elise quando ela tratou Josh pela primeira vez. Nesse capítulo há intercalações do mundo real com o mundo dos mortos. O verdadeiro Josh que está no mundo nos mortos, juntamente com Carl, parte em busca de Elise para ajudá-los. Aqui encontramos várias explicações para eventos sobrenaturais que aconteceram no primeiro filme. Passado e futuro também caminham de mãos dadas, e os eventos vão se encaixando de uma forma surpreendente. No final, Dalton ajuda Carl e Josh a voltarem ao mundo real.
Os dois capítulos são bem complexos, principalmente quando o espectador se dá conta do encaixe dos eventos. Não é uma franquia nada preguiçosa, e muito pelo contrário! Temos que pensar muito para entender o desenrolar da história, e essa é a maior vantagem em relação aos outros filmes de terror atuais. É diferente de todos que já vi até hoje.
Finalmente, no terceiro capítulo, Wan deixa a cadeira de direção para Leigh Whannell, que foi roteirista dos três primeiros filmes de “Jogos Mortais”. Não sei o que esperar do filme em relação à direção, mas estou animada para assistir. A história ocorre anos antes dos acontecimentos com a família Lambert. Eu espero que o padrão dos dois primeiros capítulos não seja desconstruído nessa continuação, pois é a melhor qualidade dessa franquia.